A ABERTURA ECONÔMICA BRASILEIRA NA DÉCADA DE 1990 E O MERCADO COMUM DO SUL - MERCOSUL: ASPECTOS RELEVANTES NA HISTÓRIA DE UM BRASIL EMERGENTE

Flávia Adriana Santos Rebello[1]
M. Sc. Mirta Maria Tessaro[2]

RESUMO

Entender os mecanismos que regem as relações internacionais entre as nações é ponto primordial para a compreensão das diretrizes governamentais acerca dos aspectos econômicos, sociais e de desenvolvimento tecnológico. O Brasil, por sua vez, vem conduzindo estas relações a partir de 1990, diante da abertura econômica, de modo a promover maior inserção do país nos mercados americano, asiático e europeu. Para tanto, faz parte do Mercado Comum do Sul – Mercosul que visa fortalecer as nações participantes criando …exibir mais conteúdo…

No entanto, a dificuldade de importar maquinário necessário para ampliação dos parques industriais ocasionou na não adequação da indústria nacional aos avanços tecnológicos do exterior. Posteriormente, a II Guerra Mundial trouxe um crescimento às exportações, com a demanda externa por produtos brasileiros por parte dos países que concentraram a produção interna em artigos de guerra. Entre os anos de 1945 e 1947 houve um aumento nas importações, tendo destaque as indústrias metalúrgica e mecânica. Em compensação, a balança comercial entrou em déficit, obrigando o governo a escolher entre desvalorizar a taxa de câmbio ou restringir as importações, mantendo a taxa sobrevalorizada. Conforme Bonini & Silva (2000):

[…] desvalorizar a taxa de câmbio encareceria todas as importações indistintamente, inclusive a de máquinas necessárias à montagem de novas fábricas. Além disso, reduzir os preços dos produtos brasileiros poderia não resultar em aumento das exportações para os Estados Unidos. Além de a demanda de café e produtos agrícolas ser inelástica ao preço, os capitais norte-americanos eram destinados à reconstrução da Europa. Como a desvalorização cambial não iria necessariamente contribuir para o aumento das exportações, a alternativa