A poesia metafísica de antero de quental e florbela espanca

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A poesia metafísica de Antero de Quental e Florbela Espanca
“Tu és o Poeta, o grande Assinalado Que povoas o mundo despovoado, De belezas eternas, pouco a pouco”. (O assinalado. Cruz e Souza)

A poesia do cotidiano, segundo Massaud Moisés, contrapõe-se a uma tendência poética dirigida para a resposta às indagações que a consciência do homem formula, um tipo de poesia que nasce do encontro do poeta e do filósofo. Esta tendência poética seria a poesia metafísica, e de acordo com os pressupostos do autor, em Portugal, ela nasceria sempre como uma via de escape à angustia geográfica, histórica, e cultural que vive o homem português. Dentre os poetas portugueses, os poetas metafísicos representariam o melhor da poesia portuguesa em sua
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Essa angústia, que remete ao paradoxismo, é explicitada, em ambos os poemas, através da dualidade do “o ser e o não ser”, ou por assim dizer, o que se gostaria de ser em oposição ao que se é. Nessa ambivalência presente nas duas composições poéticas, o “ser” é assinalado por qualquer artifício que contenha em si a idéia de realização do eu (felicidade, ilusão, alegria, sonho). Já o “não-ser” é caracterizado por qualquer

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