UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MATO GROSSO DO SUL
UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE GLÓRIA DE DOURADOS
CURSO DE GEOGRAFIA

ADRIANE PEREIRA LIMA RODRIGUES

A VIDA DA POPULAÇÃO AFRO-DESCENDENTE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO

GLÓRIA DE DOURADOS – MS
2012
A VIDA DA POPULAÇÃO AFRO-DESCENDENTE NO TERRITÓRIO BRASILEIRO
Quando os portugueses começaram a colonizar o Brasil, utilizaram o trabalho indígena, primeiro por meio de escambo, depois pela escravidão. Mas, diante dos obstáculos que encontravam para conseguir escravos índios, começaram a comprar escravos trazidos da África.
Desde os primeiros tempos da expansão portuguesa pelo litoral africano, século XV, os escravos negros estavam entre as mercadorias mais lucrativas. No início, os próprios …exibir mais conteúdo…

A luta contra os negros de Palmares durou por volta de cinco anos; contudo, apesar de todo o empenho e determinação dos negros chefiados por Zumbi, eles, por fim, foram derrotados.
Os quilombos representaram uma das formas de resistência e combate à escravidão. Rejeitando a cruel forma de vida, os negros buscavam a liberdade e uma vida com dignidade, resgatando a cultura e a forma de viver que deixaram na África e contribuindo para a formação da cultura afro-brasileira.
Muitos quilombos, por estarem em locais afastados, permaneceram ativos mesmo após a abolição da escravatura. Eles deram origens às atuais comunidades quilombolas, em 2006 foram registradas 2.842 comunidades. Segundo Anjos: “Os Estados com maior concentração de comunidades quilombolas são: Maranhão com 527 comunidades, distribuídas em 134 municípios; Minas Gerais com 435, Pará com 401 e Bahia com 396 comunidades quilombolas”. Poucas destas comunidades possuem títulos de posse das terras.
Durante a escravatura os negros também viviam nas ruas de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo Rolnik: “a maior parte desses escravos era encarregada do serviço doméstico e habitava as casas senhoriais, em sobrados contíguos nos centros das cidades. Nestas regiões de serviço, animais e escravos localizavam-se fora do edifício principal,