ANÁLISE DO CONTO A TERCEIRA MARGEM DO RIO.pdf

2716 palavras 11 páginas
ANÁLISE DO CONTO: A TERCEIRA
MARGEM DO RIO DE JOÃO
GUIMARÃES ROSA
“... amo os grandes rios, pois são profundos como a alma do homem. Na superfície são muito vivazes e claros, mas nas profundezas são tranquilos e escuros como os sofrimentos dos homens. Amo ainda mais uma coisa de nossos grandes rios: a eternidade. Sim, rio é uma palavra mágica para conjugar a eternidade.”
Guimarães Rosa

RESUMO: Este artigo tem como finalidade fazer uma análise do conto “A terceira margem do
Rio de João Guimarães Rosa”, que faz parte do livro Primeiras Estórias de 1962 e compreende o período do pós-modernismo. A terceira margem do rio é tido como o mais famoso conto de
Guimarães Rosa, provocando as mais diversas interpretações, devido a seu teor enigmático presente na história de um homem que se afasta do convívio familiar e a da sociedade, preferindo a solidão de um rio, no qual navega em uma canoa construída com um propósito: de servir como um mecanismo na busca de respostas para seus questionamentos existenciais. A terceira margem parece com a busca de todo ser humano por suas origens, sonhos e realizações. Perante todo esse contexto, podemos perceber nesse obra um cunho teológico, apontando para uma direção que nos leve para a salvação e bem universal que será conhecer a Deus. Segundo esse viés podemos compará-lo ao que encontramos nas
Escrituras, dessa forma é possível navegar com segurança ao encontro da verdade, sendo o barco esta ligação entre o real e o

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