ANÁLISE DO LIVRO: A SOLIDÃO DOS MORIBUNDOS DE NORBERT ELIAS

3454 palavras 14 páginas
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
ANÁLISE DO LIVRO: A SOLIDÃO DOS MORIBUNDOS DE NORBERT ELIAS
CURSO: Bacharelado em História
PERÍODO: 2012.1
IDADE MODERNA E O PROCESSO CIVILIZADOR
Prof. Severino Vicente da Silva.
ALUNA: Ana Renata de Farias Santos.
Recife, 2012.
INTRODUÇÃO
No mundo, os homens e mulheres estão de passagem, na certeza de que a morte cedo ou tarde chegará.
A Solidão dos Moribundos seguido de “Envelhecer e Morrer”, obra de Norbert Elias constitui dois ensaios referente à morte e o tratamento para com os moribundos.
O primeiro ensaio; Elias aborda o processo civilizatório da sociedade e dos indivíduos e os modos através dos quais se instalam, em cada um, os sentimento de
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Elias considera que somos hoje muito mais sensíveis ao sofrimento e a exposição da morte do que na Antiguidade ou na Idade Média. Pois, a existência de um espaço de identificação social maior que noutros tempos históricos é, para Norbert, a explicação desta partilha do sofrimento alheio.
Elias aponta que todos os grupos sociais e sociedades criaram ideias/imagens específicas e rituais correspondentes sobre a morte, que se tornam um dos aspectos do processo de socialização, pois ideias e ritos comuns unem pessoas e grupos. Sendo assim, a morte, seus significados e o tratamento dado a aqueles que estão à beira da morte constituem parte de uma problemática relacionada à estrutura dos grupos e do tipo específico de coerção a que os indivíduos estão exposto.
“A morte é um problema dos vivos. Os mortos não tem problemas. Entre as muitas criaturas que morrem na terra, a morte constitui um problema só para os humanos.” (…) (ELIAS,1982:p-10).
A morte é o destino certo de toda criatura viva, porém a colocamos dentro de um dos aspectos da condição humana, porque é o único ente que, ao pensá-la, percebe-a como um problema. Pois, como disse Norbert Elias: “Na verdade não é a morte, mas o conhecimento da morte que cria problemas para os seres humanos.” (ELIAS,1982:p-11).
A consciência que o ser humano tem da sua finitude, correspondeu à atitude de proteção contra o aniquilamento tomada durante milênios

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