Análise crítica - livros sapienza, b. t. conversa sobre terapia. são paulo: educ, 2004. e heidegger, m. in coleção os pensadores. são paulo: abril cultural, 1983.

1490 palavras 6 páginas
Análise Crítica: Conversa Sobre Terapia

INTRODUÇÃO A realização desse trabalho teve como base central a obra da autora Bilê Tatit Sapienza, intitulada “Conversa sobre terapia”, articulada diretamente com as idéias centrais do filósofo alemão Martin Heidegger à luz da fenomenologia e da Daseinsanalyse.
Heidegger esteve por grande parte de sua vida obcecado pela possibilidade da existência de um sentido básico do verbo "ser", que iria muito além de sua variedade de usos. Suas concepções quanto ao que existe, é uma Ontologia (o estudo do que é, do que existe: a questão do Ser) dependente dos filósofos antes de Sócrates, da filosofia de Platão e de Aristóteles, e dos Gnósticos. Foi influenciado ainda por diversos filósofos do século
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Ele é um ser-com, a presença constituída na existência; o ser-no-mundo.
Outra característica que dá base ao Dasein é a pré-ocupação (preocupação). Estamos sempre ocupados com as coisas, cuidando das coisas. Quando estamos cuidando, estamos pré-ocupados. Cuidamos para alguma coisa. É o que se percebe nessa passagem trazida por Sapienza (2004): “O cuidado, parece que é algo mais amplo, que inclui muito mais, tanto que se fala no “cuidado” que se consiste em pensar o ser; no “cuidado” como preocupação com as coisas; no “cuidado” que se refere à própria existência; no “cuidado” que, em seu modo privativo, pode ser maltratar o outro; no “cuidado” como o caráter principal, essencial do Dasein.” (pg. 104). A existência é o modo de ser do homem, ser-no-mundo ou estar no mundo. Ser-no-mundo é no mundo mesmo, nesse mundo que está-aí, que nós acreditamos e que vivemos com as coisas e com os outros. Mundo que para Heidegger não significa o universo físico dos astrônomos, mas o conjunto de condições geográficas, históricas, sociais e econômicas, em que cada pessoa está imersa. Para Heidegger, o ser humano está sempre procurando algo além de si mesmo; seu verdadeiro ser consiste em objetivar aquilo que ainda não é. O homem seria, assim, um ser que se projeta para fora de si mesmo, mas jamais pode sair das fronteiras do mundo em que se encontra submerso. Trata-se de uma projeção no mundo, do mundo e com o mundo, de tal forma que o eu e o mundo são totalmente

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