Análise da obra "o fetichismo na música e a regressão da audição (1938)”

2328 palavras 10 páginas
Jamille Almeida da Silva
Estudante de Comunicação
2012/2

Pelo seu estudo em Composição Musical, Theodor Adorno escreveu o ensaio “A Situação Social da Música” que deu origem a outros estudos nessa linha, como o texto que será discutido aqui: “O fetichismo na música e a regressão da audição (1938)”, levando em consideração os objetos comunicacionais produzidos no século XXI.
Sabe-se que o contexto econômico em que Adorno estava inserido causou grande influência no pessimismo de seu texto. O sistema global estava mudando e, com ele, o estilo de vida da sociedade, as influências e os padrões também sofreram esse impacto. A realidade estava ganhando uma “aparência” ainda não vista/vivida por Adorno; ele que era socialista, desenvolveu
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(ADORNO, 1996, p.79)

Essas críticas abordadas por Adorno, dentro do contexto da indústria cultural, tornaram-se clara no seu texto sobre a contestação dos caminhos que a música clássica e a música ligeira estavam seguindo. A industrialização das composições e, principalmente, dos artistas desagradava o membro da Escola de Frankfurt, que traçou argumentos ferrenhos contra o que denominou fetichismo da música.
A popularização da música nos veículos de massa foi vista por Adorno como algo catastrófico, uma consequência da indústria cultural. Mas a sua crítica já estava recaindo na música clássica, a qual, segundo ele, não poderia ter o mesmo destino de massificação que estava ocorrendo com a música rápida (aqui, o jazz). Pelo contexto social, econômico e cultural, em que o texto foi escrito, entende-se as dificuldades que o mundo estava passando, principalmente o continente europeu; o jazz, pois, foi um ritmo musical que quebrou regras, pelo viés dos jovens, que ao ser incorporado ao rádio alcançou parcela significativa da população. Pela aliança do estilo popular com a maior mídia massiva na divulgação dos sons da época, Adorno determinou ao rádio “a tarefa de, por um lado, propiciar entretenimento e distração aos ouvintes, e por outro, a de incentivar e promover os chamados valores culturais, como se ainda pudesse haver bom entretenimento e como se os bens da cultura não se

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