REGIANE SIMÃO DIAS PINZAN

CARÁTER EXLORATÓRIO DA ESCRAVIDÃO MODERNA NO BRASIL NO SÉCULO XV, E RESGATE DA IDENTIDADE NEGRA

Professor: Augusto

FAFIPA
PARANAVAÍ-PR

Novembro– 2006

Resumo

A escravidão negra no Brasil ocorreu com sua colonização, imposta pelo sistema capitalista vigente na época moderna na Europa Ocidental. A escravidão, instituição justificada pelo direito do mais forte, ocorreu em vários períodos e sociedades, no entanto, a escravidão moderna foi um fenômeno historicamente novo, desde sua origem fundamentos e significado. O escravo, no caso o negro africano, foi caracterizado como um objeto, uma mercadoria que poderia ser comprada barato e vendida caro. Nesse contexto, a …exibir mais conteúdo…

“Em vez de brotar, como a escravidão do mundo antigo, de todo o conjunto da vida social, material e moral, ela nada mais será que um recurso de oportunidade de que lançarão mão os países da Europa a fim de explorar comercialmente os vastos territórios e riquezas do Novo Mundo”. (Caio Prado Júnior, 1942:278). No Brasil, até a colonização havia casos raros de cativos feitos depois de lutas entre tribos, de modo que não afetavam na forma de produção das tribos vencedoras, portanto, não existiam relações escravistas nas sociedades indígenas. No início da colonização os portugueses escravizavam os índios, porém estes não se adequaram ao trabalho, por isso ocorreu à busca pela mão-de-obra negra. Assim, na mesma proporção em que a produção colonial demonstrava rentabilidade, aumentava o comércio negreiro. Os escravos geralmente eram conseguidos através de guerras entre tribos africanas, mas não representavam trabalho sem custo, apesar de que o preço pago pelos europeus ao comprá-los, mesmo sendo juntado todos os gastos, representaria uma pequena fração do preço final de mercado. “Na verdade o negro foi trazido para preencher o papel de força de trabalho compulsório numa estrutura que se organizava em função disso... A presença do escravo negro está vinculada à forma de organização de produção na grande lavoura de exportação”. (Jaime Pinsky, 1991) Nesse