Comparação entre a unidade de biofeedback pressórico e o esfigmomanômetro modificado na mensuração da ativação do músculo transverso abdominal

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Neurociências • Volume 7 • Nº 2 • abril/junho de 2011

Artigo original

Comparação entre a unidade de biofeedback pressórico e o esfigmomanômetro modificado na mensuração da ativação do músculo transverso abdominal
Comparison between the pressure biofeedback unit and the modified sphygmomanometer on measurement of transversus abdominis muscle activation
Geisa Fernandes Carvalho*, Marival de Sousa Brito*,
Carlos Renato dos Santos**, Fuad Ahmad Hazime***

Resumo
Objetivo: Verificar a reprodutibilidade do esfigmomanômetro modificado (EM) para mensuração da ativação do músculo transverso abdominal (TrA) quando comparado com a unidade de biofeedback pressórico
(UBP). Métodos: 43 voluntários saudáveis foram submetidos à
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A eletromiografia, por se tratar de um método invasivo, ainda apresenta o inconveniente de ser um procedimento doloroso e com potencial risco para infecções [1,2].
Em decorrência de um número elevado de desordens musculoesqueléticas, estimativas precisas e confiáveis da força muscular são essenciais para guiar os clínicos em avaliar os efeitos de um tratamento [3]. A dor lombopélvica é uma das causas mais frequentes de

atendimento médico e a segunda de afastamento do trabalho [4]. Estima-se que em algum momento da vida, 60 a
90% da população será acometida por pelo menos um episódio de dor lombar, sendo que dentre as pessoas que apresentarem dor aguda, 30% evoluirão para uma lombalgia crônica [5].
Muitos estudos têm demonstrado que a alteração do controle neuromuscular é fator contribuinte para o desenvolvimento de dor lombopélvica crônica [6-9].
Dentre os principais músculos acometidos, especial atenção tem sido dada ao transverso abdominal (TrA). Estudos eletromigráficos (EMG) e de ultra-som
(US) demonstraram que o TrA é o primeiro músculo a se contrair quando uma extremidade é movimentada [7,10,11], entretanto, na presença de uma disfunção na coluna lombar a ativação do TrA apresenta-se alterada [4,7,11-13]. A mensuração dessas alterações, cada vez

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mais precisas, permite

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