Correlação entre pesquisa de espermatozóides e análise qualitativa do antígeno prostático específico (psa) como ferramenta na prática forense

2633 palavras 11 páginas
CORRELAÇÃO ENTRE PESQUISA DE ESPERMATOZÓIDES E ANÁLISE QUALITATIVA DO ANTÍGENO PROSTÁTICO ESPECÍFICO (PSA) COMO FERRAMENTA NA PRÁTICA FORENSE

Ian Marques Cândido[1]
Fernanda do Carmo Rodrigues Alves[2]
Keiti Machado de Borba[3]
Luciano Figueiredo de Souza[4]

RESUMO

O número de exames forenses relacionados a vítimas de casos de estupro está aumentando constantemente. A identificação do sêmen é de extrema importância na investigação destes casos e outros crimes sexuais. O procedimento mais comum, utilizado para identificação de sêmen, é a detecção citológica do espermatozóide. O Antígeno Prostático Específico (PSA) é uma glicoproteína produzida pelo tecido da próstata e secretada no plasma seminal. O PSA é utilizado como um
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A concentração do PSA no esperma varia de 0,2 até 5,5 x 106 ng/mL e é um milhão de vezes maior que no soro de homens normais (SAWAYA & ROLIM, 2003). Os níveis de PSA aumentam no soro de indivíduos com patologia prostática e têm sido utilizados na detecção precoce de progressão ou recorrência de neoplasia da próstata e também no acompanhamento de pacientes após terapia sistêmica, cirúrgica ou radioterápica (SHARIAT et al., 2004; THOMPSON et al., 2007) Wang et al., (1982), Graves et al., (1990), Sensabaugh & Blake, (1990) e Johnson & Kotowski (1993) sugeriram que o PSA era bioquimicamente idêntico à p30. O PSA (ou p30) faz parte da família das calicreínas, proteases do soro com diversas funções fisiológicas. A denominação PSA refletia a idéia inicial de que a expressão da proteína era restrita à próstata, mas sua presença no líquido seminal em altas concentrações, quando comparada ao soro humano, o caracterizou como um importante marcador na prática forense, permitindo a identificação e caracterização do fluído seminal em evidências criminais deixadas por indivíduos vasectomizados, azoospérmicos ou oligospérmicos, casos onde pode não ser possível detectar a presença de espermatozóides por avaliação microscópica. (SENSABAUGH, 1978; KOTOWSKI, 1993;

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