ELSTER, Jon; Ulisses Liberto cap. 1

834 palavras 4 páginas
I.1 Introdução: Teoria da Restrição
Jon Elster faz uma análise do motivo pelo qual indivíduos podem querer restringir sua liberdade de escolha e comoalcançam esse objetivo. Para o autor, pode ser uma tentativa de se proteger contra as paixões, as mudanças depreferência e inconsistência temporal. Isso pode ser explicado porque existem benefícios em seter menosoportunidades do que em se ter mais. No livro, é muito discutida a idéia de que mais é melhor é inválida. Elsterexplica que restrições muitas vezes podem ser benéficas. Existem aquelas que beneficiam o agente que as sofre, masque não são escolhidas por ele por causa desses benefícios (incidentais) e outras que um agente impõe a si mesmoem nome de algum benefício esperado para si próprio (essenciais), essas merecem destaque. O filósofo afirma queesse desejo de um agente de criar obstáculos para a escolha futura de uma ou mais opções determinadas representauma racionalidade ao longo do tempo. Nas bases desse mecanismo encontra-se o pré-compromisso, que podeajudar a superar o problema da inconsistência temporal, seja devido ao desconto hiperbólico ou à interaçãoestratégica. É importante salientar também que a paixão pode ser usada como estratégia de superação de nossatendência de agir de acordo com interesses imediatos quando isso não corresponde aos nossos interesses de longoprazo.
I.2 A paixão como motivo para a auto-restrição
Para não desviarmos de nosso plano tradicional a auto-restrição encarrega-se de

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