Educação e a crise do capitalismo real.

4913 palavras 20 páginas
Síntese do livro: FRIGOTTO, Gaudêncio. Educação e a crise do capitalismo real. 6 ed, São Paulo: Cortez, 2010.

A obra “Educação e a crise do capitalismo real” do autor Gaudêncio Frigotto está dividida em quatro capítulos, que são:
I- A educação como campo social de disputa hegemônica.
II- Natureza, especificidade e custos humanos da crise dos anos 1970-1990.
III- O fim da sociedade do trabalho e a não centralidade do trabalho na vida humana.
IV- Educação e formação humana: ajuste neoconservador e alternativa democrática.
Nesses capítulos o autor demarca a concepção de educação como prática social que se define na articulação com os interesses econômicos, políticos e culturais dos grupos ou classes sociais e que acontece não somente
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O resgate das concepções marxistas de formação humana politécnica ou omnilateral emerge do terreno das contradições do capitalismo neste final de século.
A análise da educação no Brasil, segundo o autor, nos traça um quadro de extrema perversidade, que se dá de várias maneiras. Primeiramente, pelo fato de sermos uma sociedade que definiu sua independência pelas mãos do colonizador, herdando, portanto, uma matriz cultural bastante peculiar e até hoje continuamos a ser colonizados mediante a integração subordinada ao grande capital; a Revolução de 1930, embora explicite mudanças e reformas significativas, não constituiu efetivamente uma ruptura com as velhas oligarquias; no plano econômico, o Estado tem se constituído no grande fiador de uma burguesia oligárquica, protegendo latifúndios improdutivos, terra como mercado de reserva, subsídios sem retorno e especulação financeira; no plano político, há um pequeno avanço por meio de novos atores sociais (sindicatos, movimentos sociais urbanos, do campo e de minorias), que redefinem a relação Estado-sociedade e no plano educacional, as propostas de reformas localizadas e de caráter mais liberal na década de 1920 tiveram ferrenha resistência, especialmente da Igreja.
Para completar o quadro de perversidade, a partir dos anos 1930 foi montado um eficiente e amplo sistema de comunicação de massa. A princípio com a radiofusão e, mais tarde, as redes de televisão,

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