Na expressão “Quando um não quer, dois não brigam” não é imperativo que se tenha que anular ou omitir a opinião de um em detrimento do outro, pelo contrário, é uma sugestão de que se uma das partes estiver o firme propósito de, apesar de discordar, não abrir mão da paz a outra não terá poder de abalá-la, por mais que deseje. Nesse contexto, tendo um mediador ao seu lado certamente haverá êxito da parte em sua busca. Ou seja, por mais que não concorde em determiado ponto, a postura de não partir para agressões, desacatos, acusações grosseiras impulsionadas pela emoção facilita para o profissional mediador a solução do conflito, pois, uma vez que, um lado age com tal lucidez, o alcance da solução da negociação se torna facilitada.
A busca pela paz social é a finalidade geral de diversas políticas e serviços de segurança pública. Para tanto, faz-se necessário a atuação policial de forma preventiva às brigas e outras respostas indesejadas ao conflito, já que o conflito por si só trás benefícios a sociedade, como melhoria da capacidade de decisão, aumento da produção criativa e outros. Portanto, o objetivo é evitar brigas visando prever a desordem social. Para tanto, em momentos de divergência de interesses há de se considerar a importância da habilidade do profissional em mediar a situação. A capacidade de intermediar discussões, visando solucionar o conflito é um desafio constante do policial, que envolve a forma de se comunicar, de perceber, de orientar as partes. Este