Namoro virtual
O verbo namorar pode ser usado como sinônimo de conquista. “Fitar alguma coisa de maneira insistente e com vontade de possuí-la”, é o que diz o dicionário E tem mais, ele pode ser explicado como “inspirar amor a alguém, cativar, atrair, seduzir...”. Mas como explicar quando isso tudo acontece no escuro?
Estamos falando do ‘namoro virtual’, um processo de enamoramento onde não se sabe nada sobre o outro, não com certeza, onde tudo é possível. Um encontro com o desconhecido e um mergulho que precisa de coragem e confiança para obter sucesso. Uma novidade para os mais velhos, uma rotina no dia-a-dia dos mais jovens.
Segundo o psicólogo paulista Antonio Carlos Araújo, que realizou em 2004 uma pesquisa a respeito das conseqüências do namoro virtual, é possível definir as principais características desse atual tipo de relacionamento, a busca do encontro afetivo na Internet. A principal delas é a aceleração das etapas de desenvolvimento do processo amoroso, sendo que as relações geradas por essa modalidade conduzem quase sempre a relações descartáveis de afetividade. É como se fosse o “ficar”, só que transportado para o mundo virtual.
Ainda segundo a pesquisa, é possível identificar que a solidão de nossa era acaba sendo absorvida pelo setor da informática. Problemas de relação de cunho essencialmente humanos como o diálogo, por exemplo, acabam repassados para uma esfera totalmente oposta. Para Antonio Carlos, o ponto central