O acendedor de lampiões

5087 palavras 21 páginas

O ACENDEDOR DE LAMPIÕES: CONTEÚDO E EXPRESSÃO SOB O OLHAR DA SEMIÓTICA DO TEXTO
Katya Queiroz Alencar[1]

(...) Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra, e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave?
(Procura da Poesia( Carlos Drummond de Andrade)

RESUMO: Este artigo procura apresentar sucintamente, numa perspectiva conceitual e histórica, os fundamentos da teoria da Semiótica, especificamente os da Semiótica do Texto, desenvolvidos por Algirdas Julien Greimas, privilegiando aqueles apresentados no Livro Teoria da …exibir mais conteúdo…

Em 1964 Thomas Sebeok publicou uma coletânea chamada Approaches to semiotics, dando à palavra a forma plural que, no inglês, caracteriza a denominação de uma ciência. Outro filósofo que postulou sobre a semiótica foi Johann Heinrich Lambert (1728-1777) que, em 1764, foi um dos primeiros a escrever um tratado específico intitulado Semiotik." (...) A semiótica se diferencia da semiologia, porque esta é conhecida como a ciência da linguagem verbal e a semiótica como a ciência de toda e qualquer linguagem. A Semiótica é usado para se referir à tradição filosófica da teoria dos signos desde Peirce, enquanto que a semiologia se refere à tradição lingüística desde Saussure. (...) A ciência chamada Semiótica, ou teoria geral e da produção dos signos, teve sua origem em três lugares distintos: Rússia, Europa Ocidental e na América. (NÖTH, 1995, p.14-18) Na América, conforme Nöth (1995, p.14-19), a semiótica teve seu expoente inicial com o cientista-lógico-filósofo Charles Sanders Peirce (1839-1914), que privilegiou a universalidade epistemológica e metafísica. Além de Peirce, foram adeptos dessa corrente Umberto Eco e Thomas Sebeok. A semiótica surgiu como uma "filosofia científica da linguagem" – apoiou-se, como o semeîon platônico e o aristotélico, num esquema triádico: (o

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