O homem, na sua dimensão sócio-política, na civitas de tomás de aquino autor: sávio laet de barros campos. bacharel-licenciado e pós-graduando em filosofia pela universidade federal de mato grosso.

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No presente texto buscar-se-á dar algumas razões de ordem filosófica que justifiquem a dimensão sócio-política do homem. Segundo tese esposada por Tomás de Aquino, a sociabilidade e a politicidade, no homem, não são dimensões acidentais, isto é, não nos associamos aos nossos semelhantes por mera convenção.
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A sociedade, entre os homens, não provém do pecado; não é uma consequência dele. Tomás chega a dizer que, mesmo que não houvessem pecado os nossos primeiros pais – portanto, ainda no estado de inocência – seria necessário ao homem viver em sociedade e sob
2 uma autoridade, a fim de que, consortes, tivessem êxito na persecução do bem comum. Por conseguinte, a sociabilidade, longe de nos alienar da nossa
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Conclui Tomás: TOMÁS DE AQUINO. Suma Teológica. Trad. Aimom-Marie Roguet et. al. São Paulo: Loyola, 2001. v. II, IV. I, 96, 4, C: “E haveria tal domínio do homem sobre o homem no estado de inocência por dois motivos. Primeiro, porque o homem é naturalmente um animal social: portanto, os homens viveriam socialmente no estado de inocência. Não poderia haver uma vida social de muitos a não ser que alguém presidisse, tendo a intenção do bem comum.”
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Moraes. São Paulo: PAULUS, 1980. p. 164.
MONDIN, Battista. O Homem: Quem é Ele? 10a ed. Trad. R. Leal Ferreira e M.A.S. Ferrari. Rev. Danilo
O homem é essencialmente sociável: por si só não pode satisfazer suas necessidades nem realizar suas aspirações; somente pode obter isto em companhia dos outros. Com efeito, é a própria natureza humana que induz o indivíduo a associar-se com outros indivíduos e a organizar-se
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Assim, é evidente que a sociedade entre os homens não pode ser um fenômeno contingente e instável, mas pétreo e estável, porque dela depende, afinal, a felicidade dos homens e a sobrevivência da espécie. Ora, dar estabilidade e fundamento sólido a estes vínculos que unem os homens é a função peremptória do Estado e de todo o aparato que o constitui. Com outras palavras, o Estado nasce das exigências precípuas da natureza humana. É seu dever facilitar e promover a vida em comum, e, assim, afiançar a consecução da felicidade entre os homens:
O motivo pelo qual

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