Para Entender o Poder_Noam Chomsky_Resenha Crítica

2427 palavras 10 páginas
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Resenha Crítica de Livro – 10 Mar 14

Autor da resenha: JOSÉ PLACÍDIO MATIAS DOS SANTOS
CHOMSKY, Noam. Para entender o poder: o melhor de Noam Chomsky. 1a edição. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 2005. 546 p.
1 INTRODUÇÃO
A obra é uma tradução de “Understanding Power – the indispensable” Chomsky e consiste em uma série de entrevistas dadas pelo autor, entre 1989 e 1999, compiladas e organizadas por Peter R. Mitchell e John Schoeffel.
Noam Chomsky é professor e ativista político. Nasceu na Filadélfia, EUA, em 7 Dez
1928. Foi pesquisador na Universidade de Harvard, onde realizou suas pesquisas de linguística, entre
1951 e 1955. Na Universidade da Pensilvânia, tornou-se Ph.D. ao publicar tese sobre uma teoria que
revolucionou
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No capítulo 3, Noam Chomsky aborda a existência do complexo industrial militar americano, que fomenta a corrida armamentista. Critica as enormes quantias de dinheiro empregadas no setor militar, em detrimento de benefícios diretos para a população.
Volta a abordar o terrorismo, questionando o bombardeio americano à Trípoli, em 1986, que teria sido realizado com base em provas forjadas, o que tornaria ilegítima a ação dos EUA.
Enfoca, também, a Guerra do Vietnã e do Camboja, dizendo que os americanos devastaram aqueles países, matando cerca de um milhão de pessoas, mais do que o ditador cambojano Pol Pot matara.
No capítulo 4, Noam afirma que mesmo numa democracia como a dos EUA os profissionais da mídia estão doutrinados, desde a escola, a dizerem o que o governo quer que digam.
Também nesse capítulo, o autor aborda as questões dos conflitos do oriente médio, posicionando-se a favor dos palestinos, acusando Israel de opressor, desde que se apossou da
Cisjordânia, da Faixa de Gaza e das Colinas de Golan, na guerra dos seis dias, em 1967.
Na sua visão, há dois grandes opositores à paz no Oriente Médio: EUA e Israel, recebendo apoio militar e econômico americano. Ironicamente, acredita que a história legitimará o território de
Israel, assim como legitimou os Estados-Nações que aí estão e, a rigor, são ilegítimos, pois dizimaram populações inteiras de nativos para se estabelecerem.

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O capítulo 5 traz considerações sobre o sistema econômico

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