Platão e as faces do amor

2531 palavras 11 páginas
PLATÃO E AS FACES DO AMOR

Este artigo tem por objetivo abordar a problemática acerca do Amor na filosofia de Platão, tendo por base as obras: O Banquete, Lísis e Fedro ou da Beleza. Tal tema suscita grande inquietação visto que, ao acenar para ele, Platão demonstra através dos diálogos de Sócrates com seus discípulos um grande conhecimento do comportamento humano, de sua alma, seus desejos e acima de tudo, do funcionamento do pensamento do homem grego.
A obra O Banquete se inicia como sendo apenas mais um dos diálogos platônicos, no entanto, no decorrer da obra mostra-se o pilar da filosofia platônica, pois alcança todos os eixos de sua filosofia interligando-os em um único objetivo: chegar ao conhecimento, à verdade das coisas. A
…exibir mais conteúdo…

“Assim é o amor, seja qual for, contém em conjunto um poder múltiplo, imenso, digamos universal; mas aquele que se realiza no que é bom, com moderação e justiça, assim entre nós como entre os deuses, este possui o máximo poder, aparelha-nos toda felicidade e faculta-nos relações e amizade de uns para com os outros e para com os nossos superiores, os deuses”. ( Ibidem. p.57.)
Aristófanes coloca o amor como o encontro de duas partes há muito separadas pelo tempo. Cria um ser andrógino e multiforme para exemplificar seu discurso, traduzindo o homem como sendo uma meia-senha humana que durante sua vida passa procurando a metade que por causa da ambição de poder perdeu diante dos deuses. O desejo não tem um objetivo simplesmente carnal ou mesmo em virtude de admirar-se a alma do amado e vice-versa, seria um desejo acima de qualquer coisa de união irrestrita, o término de uma dolorosa privação que através dos tempos faria o homem buscar incansavelmente o seu par, independentemente do sexo de ambos.

“Ouvindo esta proposta, sabemos, nenhum a rejeitaria nem mostraria nutrir desejo diferente, mas simplesmente creria ter ouvido aquilo a que há muito aspirava, isto é, encontrar-se e fundir-se com o amado, tornando-se um, de dois que eram. A razão disso é que nosso físico primitivo era o sobredito e estávamos inteiros; portanto, é ao desejo e a procura da integração que se dá o nome de amor”. ( Ibidem. p.62.)

Agatão tem em sua fala

Relacionados

  • Platão e academia antiga-cap vi reale vol 1
    2395 palavras | 10 páginas
  • O Banquete, Platão, Resumo e Discussões
    1161 palavras | 5 páginas
  • Filosofia
    3643 palavras | 15 páginas
  • Platão/ Aristóteles/ Utopia
    2248 palavras | 10 páginas
  • Resumo - resposta a pergunta o que é esclarecimento.
    954 palavras | 4 páginas
  • Resumo do livro o banquete de platão
    1565 palavras | 7 páginas
  • A busca humana por valores universais
    12781 palavras | 52 páginas
  • Doutrina de deus
    1723 palavras | 7 páginas
  • A sociedade perfeita na visão de platão
    7996 palavras | 32 páginas
  • Filosofia e Matrix
    2189 palavras | 9 páginas