RESENHA “CULTURA, MERCADO E BENS SIMBÓLICOS: NOTAS PARA UMA INTERPRETAÇÃO ANTROPOLÓGICA DO CONSUMO”

950 palavras 4 páginas
Resenha de “ROCHA, Everardo e BARROS, Carla. Cultura, mercado e bens simbólicos: notas para uma interpretação antropológica do consumo. IN:Travancas, Isabel e Farias, Patrícia. Antropologia e Comunicação. Rio de Janeiro: Garamond, 2003”.
Everaldo Rocha graduou-se em Comunicação Social pela PUC-Rio, é doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ, mestre em Comunicação pela Escola de Comunicação da UFRJ e Mestre em Antropologia Social pelo Museu Nacional da UFRJ. Atua na área de Comunicação, com ênfase no estudo da Narrativa Publicitária e das relações entre Cultura e Consumo, atualmente é Professor-Associado do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio.
Carla Barros possui graduação em Ciências Sociais pela UFRJ e
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Tal ideia é complementada pela obra de Lévi-Strauss, Totemismo hoje, onde o ato de articular diferenças e semelhanças entre natureza e cultura é denominado totemismo, um reflexo do desejo humano de querer classificar e listar tudo a sua volta, inclusive a si mesmo.
Sahlins ainda aplica utiliza os termos de Lévi-Strauss no “totemismo burguês”, onde o totemismo, atribuindo significado a símbolos de interação social, é utilizado pelo capitalista para a alimentação do consumismo feroz.
À mídia e publicidade é atribuída a característica totêmica, uma vez que é ela quem atribui valores e significados aos meios de produção, elas constituem então uma peça fundamental no âmbito social do consumismo, pois uma vez que não há dimensão simbólica atribuída, não há a necessidade de consumo além da utilitária.
Os autores então mostram a aplicação prática dos estudos antropológicos dentro do consumismo. Os marketing, procurando saber como aumentar o escopo do consumo, procura meios de conhecer o grupo que quer alcançar para criar identificações com o mesmo. Para isso é utilizada a etnografia.
A etnografia é um estudo investigativo, que procura saber o motivo da realidade vivenciada por um grupo. O marketing utiliza dessas técnicas para traçar um mapa do “comportamento do consumidor”, potencializando o consumo naquele grupo, isso acaba distorcendo os resultados etnográficos, atribuindo a eles um significado quantitativo e superficial, ao passo que a etnografia se propões a fazer

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