Resenha Critica A Sociedade contra o Estado -Pierre Clastres

2027 palavras 9 páginas
RESENHA CRÍTICA
CLASTRES, P. A sociedade contra o estado. São Paulo: Cosac & Naify. 2003. 280 p.

1 CREDENCIAL DO AUTOR Pierre Clastres nasceu em Paris em1934. Formou-se em filosofia no ano de 1957 na Sorbone, em 1963 vive sua primeira experiência de campo entre os Guayaki ao lado de sua esposa Hélèn Clastres no Paraguai. Em1965 defende sua tese de doutorado na Sorbone e leciona no antigo Departamento de Ciências Sociais da USP. Nos anos seguintes realiza pesquisas mais curtas na América do Sul que resultam na maior parte dos escritos reunidos em A sociedade contra o Estado. Nos anos 70 volta a campo e seus estudos são publicados postumamente, na França é paralelamente diretor de pesquisa no Centre National de la Recherche
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Continua relatando a maneira negativa que as sociedades arcaicas são citadas pela ausência de escrita, Estado e história por exemplo e ausência do mercado. Clastres diz que todo meio ocupado por um grupo é dominado pela força e quando não consegue dominar o meio desaparece ou muda de território. Diz também que a eficácia tecnológica das ferramentas é medida pela satisfação das necessidades da sociedades. As sociedades primitivas não continuam na economia de subsistência por falta de habilidades técnicas, e o preconceito das sociedades primitivas produzirem somente o necessário para subsistir. São considerados dois axiomas no desenvolvimento das sociedades ocidentais: a necessidade de trabalhar e o desenvolvimento pela sombra do Estado. São mencionadas as poucas horas de trabalho executado por adultos em sociedades primitivas muitas com pesquisas comprovando e sendo assim dispunham de tempo para aumentar a produção de bens materiais. O conceito de economia de subsistência por sugestão do autor passa a ter uma recusa do excesso inútil de força, produzindo somente o necessário, com o desprezo do trabalho por essas sociedades, a antropologia deixa de ser econômica e a economia passa a ser politica. Os indivíduos não viam necessidade de produzir mais que o consumo diário e o excedente para festas, quando o tempo empregado com trabalho era dedicado ao ócio, a guerra, a pesca e caça que são consideradas diversão.

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