Resenha capítulos 8, 9 e 10 do livro Justiça - o que é fazer a coisa certa. Michael Sandel

2914 palavras 12 páginas
No livro Justiça - O que é fazer a coisa certa, Michael Sandel, valendo-se das teorias filosóficas de pensadores antigos e modernos, como Aristóteles, Jeremy Bentham, Stuart Mill, Immanuel Kant e John Rawls, procura possíveis soluções para situações-problema que geram conflitos morais na atualidade, analisando três concepções de justiça: a utilitarista, a concepção liberal na visão libertária e na visão igualitária liberal e a concepção de justiça associada à virtude.
Após discorrer sobre as duas primeiras concepções de justiça nos capítulos anteriores, no capítulo 8o − Quem merece o quê? − Sandel analisa a última concepção, que associa a justiça à virtude, e que tem como percussor Aristóteles.
Para Aristóteles, se as pessoas não são iguais, não poderão ter coisas iguais. Na sua concepção, justiça significa dar às pessoas o que elas merecem. Mas o que elas merecem? Depende do que está sendo distribuído. Para definir quem tem direito a alguma coisa, ou quem merece receber uma determinada honraria, deve-se primeiro saber qual é o telos, ou seja, qual é a finalidade ou o propósito daquilo que está sendo distribuído. A partir daí, será possível saber quais as virtudes/qualidades devem ser honradas e recompensadas. Este é o fundamento teleológico da justiça de Aristóteles.
Sandel exemplifica a teoria aristotélica de justiça com dois casos concretos: o de Callie Smartt, portadora de paralisia cerebral que foi expulsa da torcida organizada de sua escola, e o de Casey

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