Resenha crítica: estado, classe e movimento social

989 palavras 4 páginas
1. Crise na consciência de classe do trabalhador
- A substituição da classe pela “identidade” e da exploração pela “exclusão”

Os trabalhadores sofrem com os impactos objetivos da crise: desemprego, precarização do trabalho, dos salários e dos sistemas de proteção. Além disso, estão sofrendo também no plano ideológico: a veneração de um subjetivismo e um ideário fragmentador que faz apologia ao individualismo exacerbado contra as formas de solidariedade e atuação coletiva e social.
A fragmentação, ou seja, essa dissensão atua na prática organizativa das classes trabalhadoras e cria, especialmente, numa crise, institucionalização corporativa da organização e a exclusão de grande número de trabalhadores da representação sindical. Ainda
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Neste movimento das classes trabalhadores, os interesses dos trabalhadores são cada vez mais diferenciados até opostos rompendo com a tendência da bipolarização que ocorreu até o séc XIX. Na verdade agora ocorre a “pulverização” e a maioria dos trabalhadores fica oculta nesse cenário.
Dessa forma, como consequência, o poder político das organizações cai significamente, por que:
- a diminuição do espaço fabril leva à redução de número de pessoas no sindicato;
- a subcontratação, a informalização do trabalho e a heterogeneização (diferenciação) dos setores trabalhadores excluem amplos segmentos da organização sindical fundamentalmente composta por trabalhadores assalariados;
- o ocultamento das lutas de classes e o desprestígio do movimento operário têm, por outro lado, uma expansão social a fim de tornar a ideia da luta dos trabalhadores antiquada e antipopular, substituindo as “lutas de classes” e a “exploração” pela noção de “ação social” e “exclusão social”;
- a transformação da organização sindical: inexiste uma forte organização internacional, e os sindicatos nacionais passam a ser sindicatos por indústria, como no Japão, em que há organizações sindicais por empresa, o que ratifica e enfatiza a perda do poder de luta dos trabalhadores. Dessa forma, ocorre a “ramificação” e setorialização das medidas de lutas: cada vez mais greves e negociação por ramo e categoria e até acordo direto entre patrão

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