Resenha critica do livro “globalização: as conseqüências humanas” de zygmunt bauman

2684 palavras 11 páginas
Zygmunt Bauman, nascido em 19 de novembro de 1925, é um sociólogo polonês, professor emérito da Universidade de Leeds e Varsóvia. Inicialmente, Bauman participou da corrente ortodoxa da doutrina marxista. Devido a influência de Antonio Gramsci, ele se tornou um crítico feroz do partido comunista que comandava a Polônia. Assim, uma campanha anti-semita liderada por este partido culminou na expulsão do filósofo de sua terra natal. Bauman então tornou-se professor na Universidade de Tel Aviv e logo após, em Leeds, na Inglaterra. Foi a partir de então que começou a escrever em inglês e sua relevância foi crescendo exponencialmente. De fato, a partir de 1990, Bauman exerceu uma influência considerável sobre o movimento anti-globalização.
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O espaço físico antes era medido com base no corpo humano. Cada comunidade tinha seus próprios meio de medida. Esses meios eram, portanto, ininteligíveis para quem fosse de fora. A modernização que trouxe a superposição da administração estatal sobre a vida comunitária impôs medidas padrões, de forma a neutralizar o impacto da variedade. Assim, o espaço físico é delineado e delimitado como condição necessária para que o mundo torne-se transparente e legível para os poderes administrativos. Desta forma, há uma guerra travada em nome da reorganização do espaço e seu objetivo é adequar o espaço social a um mapa oficialmente aprovado pelo Estado. Assim, se antes, o mapa refletia as particularidades do território, hoje, o território que tornou-se reflexo do mapa.
Bauman fala sobre o modelo Panóptico concebido por Michel Foucalt, em que este fala sobre a criação de um espaço artificial com o objetivo de monitorar os indivíduos e manipular as relações sociais e a relação de poder. Como esse modelo não é realizável, a arquitetura moderna, com seus princípios de uniformidade e regularidade concretizam o modelo de Foucalt. Localidades todas iguais entre si, com planejamento prévio, de linhas planas e regulares, e uniformidade e homogeneidade dos elementos espaciais da cidade. A conseqüência dessa uniformização é à desintegração dos laços humanos, abandono, solidão e vazio interior. Com cidades que são réplicas umas das outras, os cidadãos não têm com o que se

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