Resenha do livro os moleques de bogotá

1873 palavras 8 páginas
Ao dar início a leitura do livro “Os moleques de Bogotá”, o leitor deparar-se-á com a sensação de iniciar a leitura de um romance. Sensação essa inevitável pois é no maior estilo romancista que o autor inicia o 1° capítulo do livro “Bogotá é uma ilha” onde nos é apresentado o histórico da capital da Colômbia. Informações como; 270 quilômetros quadrados, 4.500.000 de habitantes e 2.600 metros de altitude são intercaladas com as impressões do autor, que não poupa críticas à cidade de Bogotá.

A fim de dar vida as más impressões sobre Bogotá, o autor personifica a cidade atribuindo a ela a capacidade de não se lembrar,cortar,erguer-se...É em meio a todas essas atribuições que autor nos deixa a par de como essa cidade foi nomeada,fundada
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Ao lermos as diversas descrições sobre com e que são os Gaminos,é comum que ,ao menos nós brasileiros, nos familiarizemos com eles. Seria comum que nós comparecemos os Gaminos com os nossos abundantes meninos de rua, afinal de contas é comum que em nossas vidas citadinas nós nos deparemos com um “pequeno vagabundo, um ladrãozinho ou um vadio, uma criança abandonada que vive de biscates , uma criança rebelde, um inadaptado na escola,uma criança que dorme e vive nas ruas” e se torna viável a nossa mente se associar a essa comparação e tomar essa leitura como nada reveladora e como se estivesse a contar a história dos meninos de rua das cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, aliás em outros contextos socioeconômicos também fomos/somos , assim como Bogotá, Colônia de exploração,americanos e índios. Todavia atribuo a esse pensamento e a essa comparação um tanto quanto simplista. Nossos meninos de rua não compartilham os mesmos contextos sociais dos Gaminos, é comum que os meninos de rua daqui sejam da rua somente ao dia pois à noite ,a maioria ,retorna para seus barracos nos topos das favelas onde prestam contas de seus anho e/ou roubos as suas famílias. Sua mãe é uma espécie de “reprodutora para lucrar” , diferente do Gamino que é uma criança cujos laços de família se degradaram ou se romperam e na falta de amparo e educação sua “preferência”

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