Seis passeios pelo bosque da ficção - Eco, Umberto

1924 palavras 8 páginas
Seis passeios pelos bosques da ficção
Umberto Eco
1 – Entrando no Bosque
- A importância do leitor na história
- Qualquer narrativa de ficção é necessária e fatalmente rápida porque, ao construir um mundo que inclui uma multiplicidade acontecimentos e de personagens, não pode dizer tudo sobre esse mundo. (o leitor deve preencher certas lacunas).
- O texto é uma máquina preguiçosa que pede ao leitor que faça uma parte de seu trabalho.
- Uma história pode ser mais ou menos rápida (quer dizer elíptica), mas o que determina até que ponto ela pode ser elíptica é o tipo d eleitor a que se destina.
- “Bosque” é uma metáfora para texto narrativo, não só para os textos de contos de fada.
- Um bosque é um jardim com caminhos que se bifurcam
…exibir mais conteúdo…

- Demorar-se não quer dizer perder tempo: com freqüência a gente para a fim de refletir antes de tomar uma decisão.
- Uma das técnicas que um autor pode utilizar para demorar-se ou diminuir a velocidade é a que permite ao leitor dar “passeios inferenciais” (caminhadas fora do bosque a fim de prever o desenvolvimento de uma história, os leitores se voltam para sua própria experiência de vida ou seu conhecimento de outras histórias).
- O processo de fazer previsões constitui um aspecto emocional necessário da leitura que coloca em jogo esperanças e medos, bem como a tensão resultante de nossa identificação com o destino das personagens.
- Numa obra de ficção o tempo figura de 3 formas: o tempo da história, o tempo do discurso e o tempo de leitura.
- Tempo da história: faz parte do conteúdo da história. Se o texto diz que “mil anos se passam”, o tempo da história ainda são mil anos. Mas, no nível da expressão lingüística, ou no nível do discurso ficcional, o tempo de escrever (e ler) a frase é muito curto. Por isso que um tempo do discurso rápido pode exprimir um tempo da história bastante longo. O contrário também pode acontecer.
- No cinema temos uma correspondência precisa entre o tempo do discurso e o tempo da história – um bom exemplo de cena.
- A “esticadela” de um texto não depende do número de palavras, e sim do ritmo que o texto impõe ao leitor.
- O tempo do discurso é o resultado de uma estratégia textual que interage com a

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