Sermão Santo António aos Peixes

2325 palavras 10 páginas
Capítulo I
Nas linhas 27-55 António Vieira elogia Santo António como modelo a seguir. O Sermão de Santo António aos peixes porte da lenda medieval segundo a qual o Santo numa das suas pregações em que não consegue ser ouvidos pelos homens lança a sua palavra na praia deserta para os peixes, que levantam a cabeça à superfície das águas como sinal da força da sua palavra. O sermão desenvolve-se como uma alegoria, também o padre António Vieira se dirige aos peixes pretendendo nas suas considerações atingir os homens. O orador inicia o seu discurso citando Cristo para conferir autoridade ás suas palavras, pois as palavras de Cristo são uma garantia da verdade da
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Em termos de conteúdo, esta divisão vai permitir-lhes alcançar os dois objetivos pelos quais todos os sermões se devem pautar: louvar o bem e repreender o mal.
Louvores do peixes - São bons ouvintes; - Foram os primeiros seres criados por Deus; - São os seres em maior quantidade do mundo; - São melhores que os homens, em semelhança ao Padre António Vieira; - Afastam-se dos homens, pois desconfiam deles.
Virtudes dos peixes - O orador evidencia a obediência e a atenção dos peixes aos chamamento do pregador Santo António; - Não se deixam domesticar; - O orador destaca a singularidade desta virtude nomeando animais terrestes e aves que se deixaram domesticar pelo Homem. Procura mostrar que, de facto, a vida junto dos homens pode trazer algumas cortesias mas trás, por outro lado, uma consequência: a falta de liberdade.
O orador elogia esta virtude porque considera sensato manter a distância em relação aos homens. Para justificar esta opinião apresenta dois argumentos pelo exemplo, o primeiro é o da salvação de todos os peixes a quando do diluvio e o segundo é o da vida isolada de santo António.
Conclusão
Do louvor aos peixes resulta a repreensão aos homens. O orador destaca pela negativa os homens ao elogiar uma atitude observada nos peixes mas não nos homens, ou seja, a obediência e a atenção demonstrada pelos peixes ao ouvir Santo António. Esta virtude dos peixes é, por oposição, uma metáfora a um defeito do Homem:

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