VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS NORDESTINO: O preconceito e as alterações fonético-fonológica, semântico-lexical

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VARIAÇÃO LINGUÍSTICA NO PORTUGUÊS NORDESTINO: O preconceito e as alterações fonético-fonológica, semântico-lexical

Ana Paula Silva Batista Valentim1
RESUMO
O presente analisa de que forma se dá a variação linguística no português nordestino a partir das alterações fonético-fonológica e semântico-lexical, destacando o preconceito linguístico e cultural que norteiam esta região. Para isso partiu-se inicialmente do conceito de Sociolinguística e variação para compreender os métodos ou o caráter social dos fatos linguísticos, bem como sua variabilidade, priorizando, no entanto a variação linguística no português do Brasil, em especial àquele falado no Nordeste do país.
Concluindo com o preconceito nordestino analisado através
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Deve-se a Bright (1966) e a Fishman
(1972) o precursorismo do estudo da relação entre língua e sociedade, e da especificação do objeto de estudo da sociolinguística: a diversidade linguística.
Conforme Faraco, propor um conceito para Sociologia, também é possível:
Entende-se por Sociolingüística o estudo das correlações sistemáticas entre formas lingüísticas variantes (isto é, entre diferentes formas de dizer a mesma coisa) e determinados fatores sociais, tais como a classe de renda, o nível de escolaridade, o sexo, a etnia dos falantes. (FARACO, 2005, p. 184).

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As influências dos fatores linguísticos somente tiveram sucesso a partir dos trabalhos de Labov, ―que logo se tornou o representante mais conhecido da chamada teoria da Variação linguística.‖ (MONTEIRO, 2000, p.16)
Sob esta visão social está o papel da língua de constituir relações sociais e o posto de meio de transmissão de informações que caracteriza todo um contexto sociolinguístico. E assinala-se que os aspectos do ambiente físico, do ambiente social e dos valores sociais notadamente possuem efeitos sobre a língua. Como afirma Labov
(1972, apud Monteiro, 2000, p.16-17):
A função da língua de estabelecer contatos sociais e o papel social, por ela desempenhado de transmitir informações sobre o falante constitui uma prova
cabal

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