Língua e Literatura

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    • A Síndrome de Otelo – quando o ciúme se torna patológico

      Dentre as mais diferenciadas emoções humanas, o ciúme é uma emoção extremamente comum (Kingham & Gordon, 2004). Uma das definições mais aceitas para o entendimento desse tema é a de que ele é um "complexo de pensamentos, sentimentos e ações que se seguem ás ameaças para a existência ou a qualidade de um relacionamento, enquanto estas ameaças são geradas pela percepção de uma real ou potencial atração entre um parceiro e um (talvez imaginário) rival" (White, 1981c, p.129). Todos nós cultivamos certo grau de ciúme (Almeida, 2007). Afinal, quem ama cuida. Mas, como este desvelo pode variar na interpretação de uma pessoa para a outra, de forma análoga, o ciúme também o variará. Portanto, desenvolve-se quando sentimos que nosso parceiro não está tão estreitamente conectado conosco como gostaríamos (Rosset, 2004). Dessa forma, o ciúme surge quando um relacionamento diádico valorizado é ameaçado devido á interferência de um rival e pode envolver sentimentos como medo, suspeição, desconfiança, angústia, ansiedade, raiva, rejeição, indignação, constrangimento e solidão, dentre outras, dependendo de cada pessoa (Daly & Wilson, 1983; Haslam & Bornstein, 1996; Knobloch, Solomon, Haunani & Michael, 2001; Parrott, 2001). Assim, segundo Ramos (2000) é possível se ter ciúme até mesmo em relacionamentos platônicos, em que se há um amor unilateral não correspondido.

      (Adicionado: 3ªf Out 28 2008 | Visitas: 106 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • A tradução e o problema da referência

      Com a presente comunicação procurar-se-á articular o problema da referência sob o fundo da problemática filosófica da tradução. Em particular, tratar-se-á de mostrar como a distinção entre sentido e referência se repercute sob várias perspectivas nessa problemática: desde logo, na prática da tradução, quando ao tradutor se impõe optar entre a letra e o espírito; também na descrição, do ponto de vista teórico, do processo de tradução; e, finalmente, no que designaria por ontologia do objecto da tradução.

      (Adicionado: 3ªf Out 28 2008 | Visitas: 93 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • Análise do livro “Una pedagogía de la Comunicación”, de Mário Kaplun

      Leia o livro "Una pedagogia de la Comunicación", de Mário Kaplun. Analise os diferentes modelos comunicativos que apresenta este autor. Reflexione e faça deduções sobre aquele que predomina em seu ambiente profissional. Proponha a maneira de melhorar a prática de comunicação deste ambiente. Em seu livro "Una pedagogia de la Comunicación", Kaplun (1) propõe que, para começar, deve-se falar de educação e não de comunicação. Afinal, quando fazemos comunicação educativa, estamos buscando de alguma maneira um resultado formativo. Isto fica claro ao explicitarmos que estamos produzindo nossas mensagens "para que os destinatários tomem consciência de sua realidade", ou "para provocar uma reflexão", ou ainda "para gerar uma discussão". Propõe, também, que se possa falar de tipos de educação, já que para cada tipo de educação corresponde uma determinada concepção e uma determinada prática de comunicação. Nesta linha de raciocínio, e, utilizando-se de categorias propostas por Días Bordenave, Kaplun insiste em que pode-se visualizar dois diferentes modelos: o modelo exógeno e o modelo endógeno. O modelo exógeno, compreende duas modalidades: a educação que enfatiza os conteúdos e a educação que enfatiza os resultados. Já o modelo endógeno, coloca ênfase no processo. Examinemos cada um deles, de forma separada, tomando como referencial alguns dos indicadores contidos em quadro demonstrativo elaborado de forma sintética pelo autor (conforme mencionado na página 56).

      (Adicionado: 3ªf Out 28 2008 | Visitas: 102 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • A Produção de Identidades Alfabetizandas Sul-Rio-Grandeses na Intersecção de Influências Européias e

      Neste trabalho, analiso a produtividade de livros destinados à alfabetização na construção de identidades alfabetizandas ao final do século XIX e nas três primeiras décadas do século XX, no Estado do Rio Grande do Sul, com a instalação da Primeira República no Brasil. Tendo por referência os Estudos Culturais, inicialmente apresento a Cartilha maternal, cujo método do autor João de Deus foi adotado oficialmente no nosso Estado através de contrafação produzida pela Editora Selbach da obra lusa. Em seguida, apresento o primeiro livro Queres ler?, obra didática adaptada de obra original uruguaia. Este primeiro livro passou a ser adotado na Instrução Pública ao final da Primeira República. Após, apresento a trajetória da arte da escrita através das discussões e orientações que circulavam à época quanto ao uso da escrita inclinada ou da escrita direita, visibilizando-as nas duas obras didáticas examinadas. Concluo observando que interpretações circulantes à época sobre métodos de ensino da leitura e da escrita e deslocamentos nessas significações podem ser reconhecidos nas obras didáticas examinadas, sendo que tais discursos e as identidades alfabetizandas que constituem são marcados por uma interpretação moderna da infância, da leitura e da escrita.

      (Adicionado: 2ªf Out 27 2008 | Visitas: 99 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • Butterfly. A metáfora como abertura

      Quando na actualidade publicitária a retórica passa de um nível linguístico para um nível imagético, a metáfora constituise como uma possibilidade ao serviço desta. Isto acontece porque o discurso publicitário não se limita a exibir um sentido literal, e por este motivo terá interesse discernir a utilização da metáfora neste tipo de linguagem. Assumindo a importância da conexão entre retórica e publicidade no campo linguístico a nossa análise centra-se, no plano teórico, na explicitação de duas teorias acerca da metáfora: a concepção da metáfora de Paul Ricouer e a de Georges Lakoff. No campo prático, a nossa análise incidirá no spot televisivo “Butterfly”, em que a metáfora surge como uma possibilidade de abertura do mundo.

      (Adicionado: 2ªf Out 27 2008 | Visitas: 85 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • Macabéa, ou Pedro, ou João, ou Maria, ou Graziela, não interessa

      A Hora da Estrela de Clarice Lispector, é um "romance" diferente de todos os já lidos, isso se deve ao fato de a escritora fazer um jogo de personagens, tentando até mesmo se excluir como narradora, mas que por fim, acaba por se contradizer mostrando realmente quem era, além de narradora, também personagem na figura de Rodrigo (narrador-personagem criado por Clarice); Rodrigo que também as vezes se confundia com Macabéa, personagem criada por ele (e consequentemente por Clarice), já que essa (Macabéa) é criada e levada a morte por essa descrição, descrição marcada com uma linguagem que a desfigura e a constrói ao mesmo tempo. Na verdade, a expressão "romance" supra citada, foi propositadamente posta entre aspas, pelo motivo de que a própria autora, não sabia, ou melhor, não queria, classificar sua obra como romance, ou como novela, enfim, pois para Clarice, não mais importava essa questão de classificação em gêneros, para ela o texto apenas existia, seu encaixe em determinado gênero não iria mudar nada, o que está escrito, está escrito e pronto, cada leitor é que deveria tirar suas próprias conclusões.

      (Adicionado: 2ªf Out 27 2008 | Visitas: 80 | Colocação: 9.00 | Votos: 1) Avaliar
    • Distúrbios da linguagem escrita: dislexia

      A dislexia no campo dos estudos lingüísticos. O que pensam os lingüistas sobre a dislexia. Dislexia e os estágios cognitivos de Piaget. Dislexia numa perspectiva cognitiva: o enfoque modular. Casos de relatos de dislexia e de outras disfunções da linguagem escrita. A questão da escolarização dos disléxicos: O GT - Transtornos Funcionais Específicos (SEESP/SEB). O atendimento educacional para os disléxicos a partir do Decreto nº 6.571, de 17 de setembro de 2008. Bibliografia Básica na área dislexiológica. Sondagem dos transtornos funcionais específicos.

      (Adicionado: 3ªf Out 21 2008 | Visitas: 95 | Colocação: 10.00 | Votos: 2) Avaliar
    • Leitura e formação do espírito crítico

      A meta do presente artigo é trazer à lembrança um assunto relacionado com a leitura e que já foi desenvolvido há alguns anos atrás. Há uma tentativa de recuperar e reforçar alguns pontos importantes tais como: o desenvolvimento do espírito crítico através da leitura e a constatação da realidade de que está muito difícil desenvolver um trabalho de aprendizado e de verdadeira cidadania no Ensino Superior porque os acadêmicos não sabem, não gostam e não querem ler.

      (Adicionado: 3ªf Out 21 2008 | Visitas: 101 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • O ensino de língua materna: variações, oralidade e escrita

      O fenômeno lingüístico, por ser um elemento cultural característico de qualquer grupo humano, permitiu a elaboração de estudos a partir desta prática tão peculiar a nós: a arte de simbolizar. Assim, lingüistas, antropólogos, sociólogos, historiadores, dedicados a uma problemática comum, esforçam-se para sistematizar estudos que envolvem sociedade, cultura e linguagem. Nesse sentido, a Sociolingüística revela o papel ativo da língua na formação do grupo social e das identidades individuais. Ela indica também de que forma os fenômenos lingüísticos são realidades sociais, o resultado de mudanças sociais que ambos refletem e moldam. (Joyce, 1993:209) Essas observações preliminares direcionam o caminho deste ensaio. Pretendemos, a partir dos estudos da Sociolingüística, mostrar os vínculos que as variedades lingüísticas devem ter com o ensino da língua materna. Assim, no primeiro momento, abordaremos a diversidade lingüística, mais precisamente, os tipos de variação que a linguagem sofre. Ou seja, sob o ponto de vista sincrônico, as variações geográficas, social e estilística; e, posteriormente, a variação diacrônica que caracteriza o fenômeno da mudança.

      (Adicionado: 3ªf Out 21 2008 | Visitas: 95 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • Estrangeirismos: por que proibi-los?

      Há muito vem se discutindo o uso dos estrangeirismos no Brasil, principalmente após o deputado Aldo Rebelo ter criado o projeto de lei nº 1676/99, que proíbe o uso de qualquer expressão ou palavra de origem estrangeira, tendo como argumentos à promoção, a defesa e o uso da língua portuguesa, querendo dessa forma reforçar que os brasileiros possuem uma língua pura e única, e que esta seria a representante da "nossa" identidade nacional. A cada dia, várias análises têm sido feitas por estudiosos da língua, e cada vez mais se percebe os diversos equívocos cometidos pelo redator do referido projeto, que por sua vez é baseado apenas no senso comum. Assim, essas e outras questões serão abordadas ao longo deste artigo que visa esclarecer alguns mitos que giram em torno do uso de estrangeirismos no Brasil.

      (Adicionado: 2ªf Out 20 2008 | Visitas: 94 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) Avaliar
    • Formação discursiva: um breve retorno

      Abordar o conceito de formação discursiva requer, primeiramente, o reconhecimento de que se fala de um espaço cuja origem é creditada a dois teóricos. Segundo R. Baronas, "[...] tal conceito tem pelo menos uma paternidade partilhada [...]" (2004, p. 47). Os teóricos dos quais se fala são Michel Pêcheux e Michel Foucault; dois nomes que contribuíram decisivamente para os estudos sobre o discurso, sendo atribuído ao primeiro o mérito de iniciar a Escola Francesa de Análise do Discurso. As observações acima apontam para um quadro instável em torno da noção de formação discursiva. Neste ensaio, no entanto, não se discutirá de quem procede tal conceito. O que se pretende é evidenciar, de modo sucinto, como cada autor o caracteriza, para, posteriormente, fazer uma aproximação do conceito foucaultiano elaborado em "A Arqueologia do Saber" (1969) com a mesma noção em "A Ordem do Discurso" (1970).

      (Adicionado: 2ªf Out 20 2008 | Visitas: 124 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • O Império dos Significantes

      Com esta epígrafe, Roland Barthes (1915-1980) inicia o livro O Império dos signos, lançado em língua portuguesa no mês passado pela Editora Martins Fontes e traduzido pela professora e ex-aluna, Leila Perrone-Moisés (USP). Neste livro, imaginado a partir de uma viagem de quinze dias ao Japão em 1970, Barthes cria um sistema de signos ao qual, a partir de um olhar semiológico, chama "Japão" e o descreve (através de lexias), considerando algumas manifestações típicas daquele país.

      (Adicionado: 3ªf Set 23 2008 | Visitas: 96 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) Avaliar
    • O jogo especular do duplo

      No jogo, apenas ganha a regra. Deus obedece a suas próprias regras, mas é, segundo Einstein, sutil, jamais trapaceiro. Satã falseia o jogo. Só Deus pode ser levado a sério: as criaturas humanas são suas marionetes (Platão). Fundador da estética moderna, Kant postula, na Crítica do juízo , ser a arte jogo, porque “atividade desinteressada” ou “uma finalidade sem fim”. Semi-deus, o ser humano só é, conforme Schiller, ele mesmo quando joga, exercitando seu “impulso para o jogo”, origem, por exemplo, das artes plásticas. Don Juan trapaceia. Madame Bovary enreda-se no jogo. Mas un coup de dés jamais n'abolira le hasard (Mallarmé). Os jogos literários estruturam uma civilização. O herói picaresco finge o jogo do pateta. No romance de formação, aprendem-se as regras: o herói luta por seu território e o jogo implica uma estratégia. Eu era rei, e sou louco (Lear).

      (Adicionado: 3ªf Set 23 2008 | Visitas: 90 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • O voo suspenso do tempo: estudo sobre o conceito de imagem dialéctica na obra de Walter Benjamin

      Elas, as imagens, podem convocar os nossos sentidos, a nossa imaginação ou o nosso pensamento. Muitas vezes, convertem-se no próprio alimento do pensamento, tal a sua pregnância. Isso não faz delas personagens secundárias, mas antes e pelo contrário, são personagens centrais, aglutinadoras do sentido, concentrando em si a potência do pensamento. Por vezes enigmáticas, ambíguas, mas também podem ser metáforas luminosas, guiando-nos através da obscuridade da razão. No caso de Walter Benjamin, a imagem desempenha um papel fundamental, um fio condutor e tem inúmeras repercussões nas mais diversas áreas, desde a fotografia ao cinema e à pintura, da questão da linguagem até à concepção da história, do tempo e da modernidade.

      (Adicionado: 3ªf Set 23 2008 | Visitas: 89 | Colocação: 0.00 | Votos: 0) Avaliar
    • Roland Barthes e a retórica do amor

      Aos estilhaços, intertextualidades e vozes, como em O Prazer do texto, o livro Fragmentos de um discurso amoroso (1977), de Roland Barthes oferece-se à leitura distraída do amor. O leitor, ao folheá-lo, escolhe múltiplas formas para caminhar entre os aforismos, entre os fragmentos, entre “as rajadas de linguagem, que lhe brotam graças a circunstâncias íntimas, aleatórias” (FDA, p.12) Nessa rede de “dis-cursos” ou vozes romanescas tudo, no livro, surge como “algo que se leu, ouviu, experimentou”. (FDA, p.12). “Pouco importa, no fundo, que a dispersão no texto seja rica aqui e pobre ali: há tempos mortos, muitas figuras modificam-se; algumas, sendo hipóstases de todo o discurso de amor, possuem a própria raridade - a pobreza - das essências: que dizer da Languidez, da Imagem, da Carta de Amor, uma vez que é todo o discurso de amor que está tecido de desejo, de imaginário e de declarações?” (FDA, p.12-13).

      (Adicionado: 2ªf Set 22 2008 | Visitas: 88 | Colocação: 10.00 | Votos: 1) Avaliar
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