Análise do conto buquê de línguas de tereza albues

1886 palavras 8 páginas
INTRODUÇÃO

Tereza Albues romancista e contista mato-grossense, nascida em Várzea Grande, residiam em Nova York desde a década de 80, onde começou a dedicar-se a produzir seus primeiros livros. Formada em Direito, Letras e Jornalismo, Tereza apesar de escrever no exterior, sua raiz mato-grossense foi fundamental para a construção do seu universo literário. Tereza faleceu no ano de 2005, nos deixando uma grandiosa herança cultural da nossa literatura.
Suas obras representam uma mistura entre a rica experiência vivida no Brasil e a progressiva incorporação de outras culturas em sua vida. Situações que condizem com a realidade do século XXI.
No ano de 1999, Tereza concluiu o livro Buquê de Línguas, que reúne 14 contos que caracterizam a
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P. 15) Em meio à confusão a narradora procura alguma forma de conter o pânico dentro do metrô, fazendo com que as pessoas consigam se controlar emocionalmente até que o problema seja resolvido. “E se pudéssemos conversar sobre qualquer outra coisa que não fosse a explosão? Conversar o quê? Qualquer coisa, cômica, trágica, ridícula, passional, o que fosse. Usar a língua.”( ALBUES, 2008, p. 15) Quando finalmente o trem começa a andar, percebemos o desfecho da narrativa, onde os passageiros exaltam sua felicidade por estarem se salvando de um possível acidente, como vemos no trecho a seguir:
Estamos salvos! Estamos salvos! Exclamações em todas as entonações, línguas, dialetos. Lágrimas alegres. E a bomba? Não houve nenhuma bomba. Houve. Não houve. Então o que foi? Curto circuito, defeito mecânico, falha humana? Não se sabe exatamente. Na plataforma, Polícia, Corpo de Bombeiros, CIA, FBI, como de praxe, nada confirmariam. (ALBUES, 2008, p. 22)
Outra característica importante em sua estrutura são as descrições que a narradora faz em relação ao espaço, desenvolvendo uma ambientação reflexiva, que para Lins refere-se: “as coisas, sem engano possível, são percebidas através da personagem (LINS, p. 82)”. Tereza Albues desenvolve a narrativa em primeira pessoa, através de um narrador autodiegético, que na concepção de Gérrard Genette significa ser um

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