LUDICIDADE E SAÚDE EMOCIONAL DO IDOSO
Manoel Risomar Figueiredo Viega ⃰

RESUMO
O presente trabalho teve como base para a sua construção as peculiaridades observadas dos idosos, durante as atividades lúdicas realizadas com os mesmos no Centro de Referência e Assistência Social, CRAS, da cidade de Tailândia, Pará. A reação daquele grupo, de mais ou menos 30 idosos, antes, durante e depois das dinâmicas realizadas tinham conotações diferentes. Durante a espera para o início das atividades, a turma se mostrava tímida, dividida, distante. Durante as atividades já se observava uma maior descontração e envolvimento que terminava em abraços, sorrisos largos e sentimento de satisfação: era a ludicidade despertando as emoções mais profundas em …exibir mais conteúdo…

São duas fases distintas, mas com algumas características em comum. Por exemplo, ambos possuem estruturas físicas que precisam de amparo. Ambos precisam de cuidados especiais. Ambos precisam de carinho, de atenção. A diferença é que um pode ser carregado no colo, enquanto que o outro, quando há possibilidade, pode ser amparado por uma muleta ou por uma cadeira de rodas. O primeiro precisa ser valorizado e bem estimulado para ser um cidadão capaz, atuante dentro do seu contexto social; enquanto que o outro, o idoso, precisa ser valorizado para viver o resto dos seus dias com dignidade.
O propósito deste trabalho não é fazer um estudo comparativo entre as características do homem em suas etapas de desenvolvimento, mas tentar mostrar a importância da ludicidade, instrumento muito utilizado para a construção pessoal do homem, principalmente quando na fase da infância, na estruturação emocional do idoso, uma vez que as atividades lúdicas, os jogos, as brincadeiras, que segundo Antunes (2003, p. 19) “não tem função apenas de dar prazer à criança, mas de libertá-la de frustrações, canalizar sua energia, dar motivo a sua ação, explorar sua criatividade e imaginação”, podem ser os mesmos recursos que se pode utilizar para proporcionar mais prazer e alegria á vida de idosos, que vivem em situação de verdadeiro abandono por parte de familiares e dos segmentos sociais instituídos, em suas necessidades e problemáticas existenciais.
Se analisarmos bem o