Introdução A coqueluche é uma doença do trato respiratório, altamente contagiosa, tem como agente etiológico principalmente o cocobacilo Gram negativo aeróbio denominado Bordetella pertussis. A síndrome se caracteriza por tosse progressiva e ofegante de rápida transmissão, chegando a infectar 80 a 90% dos indivíduos susceptíveis que tem contato com a bactéria. Sendo o ser humano o único reservatório conhecido da doença. O período de incubação dura em média, cinco a dez dias, podendo variar de uma a três semanas. (MS/SVS, 2009) A transmissão ocorre através do contato direto com material de nasofaringe de pessoas infectadas. O agente sobrevive pouco tempo fora do hospedeiro, sendo assim incomum sua transmissibilidade através do conato …exibir mais conteúdo…

No Brasil a DTPa é indicada pelo programa oficial de vacinação apenas às crianças até sete anos de idade, com fatores de risco específicos ou que apresentam reação vacinal grave ao componente anticoqueluche DTP (CVE, 2006).
Novas formulações da vacina tríplice bacteriana acelular, com menor quantidade dos componentes antidiftérico e antipertússis acelular, a dTpa, tem sido desenvolvidas para o uso em maiores de 7 anos de idade, visando à diminuição de efeitos adversos nesse grupo (Edwards e Decker, 2004).
Quanto a eficácia existem estudos com diferentes formulações de DPT que estimam a variabilidade de eficácia entre 74 a 98%, as vacinas acelulares DTPa também possuem boa eficácia, variando de 65 a 92%, a depender da formulação e da definição de caso utilizadas. A dTpa é uma vacina com bom perfil de segurança e eficácia estimada de 92% (Edwards e Decker, 2004).

Epidemiologia no mundo No ano de 2008 Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 16 milhões casos ocorreram em todo o mundo, com cerca de 195.000 mil óbitos de crianças, sendo 95% em países subdesenvolvidos (OMS, 2010). Com o início da vacinação, contra coqueluche, em larga escalava entre os anos de 1950 e 1960, houve uma redução maior que 90% na incidência e na mortalidade pela coqueluche no mundo (Figura 1) (OMS, 2010). Figura 1: Gráfico