Fichamento: A síndrome da adolescência normal – Arminda Aberastury e Mauricio Knobel

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Fichamento: A síndrome da adolescência normal – Arminda Aberastury e Mauricio Knobel

Normalidade e Patologia na Adolescência Segundo Knobel (1981), quando se estabelece critérios diferenciais de caráter social, sociocultural, econômico, etc., como predominantes no estudo da adolescência, se está desviando, pelo menos em parte, o problema básico fundamental da circunstância evolutiva que significa esta etapa, com toda a sua bagagem biológica individualmente. Este período da vida, como qualquer outro fenômeno humano, tem sua exteriorização característica dentro do marco cultural-social no qual se desenvolve. Não há dúvidas de que o elemento sociocultural influi nas manifestações da adolescência, porém, temos de considerar que atrás
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Na busca da identidade, o adolescente recorre às situações que se apresentam como mais favoráveis no momento. Uma delas é a da uniformidade, que proporciona segurança e estima pessoal. Onde ocorre um processo de dupla identificação em massa, onde todos se identificam com cada um, e que explica o processo grupal. Em algumas situações, a única solução pode ser a de procurar uma identidade negativa, baseada em identificações com figuras negativas, mas reais. Onde se prefere ser alguém perverso, indesejável, do que não ser nada, ninguém. Há também a possibilidade de desconformidade com a personalidade adquirida e o desejo de conseguir outra por meio da identificação projetiva. Esta sendo mobilizada pela inveja, um dos sentimentos mais importantes que entram em jogo nas relações de objeto. Este é um sentimento negativo, já que procura se apoderar do objeto e danificá-lo. Impede-se assim a divisão do mesmo em bom e mau e criam-se situações confusas. Tudo isso pode levar ao adolescente a adquirir diversas identidades, como por exemplo, as identidades transitórias, que são adotadas durante certo tempo; as identidades ocasionais que são as que se dão frente à situações novas; e as identidades circunstanciais que são as que conduzem a identificações parciais transitórias, confundindo o adulto. Estes tipos de identidade são adotados sucessivamente ou simultaneamente pelos adolescentes conforme as circunstancias.

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