O Surgimento da História como Disciplina flag content
Fonseca (2003) nos relata que “As mudanças operadas no ensino da história nas últimas décadas do século XX ocorreram articuladas às transformações sociais, política e educacionais de uma forma mais ampla, bem como àquelas ocorridas no interior dos espaços acadêmicos, escolares e na indústria cultural” (p. 15).
Portanto, ao discutirmos o ensino de história na atualidade, não podemos deixar de pensar nos processos formativos que se desenvolvem nos espaços, nas fontes e formas de educar cidadãos, bem como em uma “sociedade complexa marcada por diferenças e desigualdades” (idem). “Até se tornar uma ‘matéria de pleno direito’, a História foi um simples …exibir mais conteúdo…
O método de ensino da História, nesta perspectiva, caracterizava-se pela recitação de conteúdos pelo professor “e na memorização e repetição oral de textos escritos pelos alunos. O material didático por excelência era o manual escolar. Os livros didáticos eram, em geral, traduzidos do francês e organizavam-se segundo o modelo do catecismo, com perguntas e respostas (BATISTA NETO, 2000, p. 19). Surge então, a chamada "pedagogia do questionário", presente em muitas aulas de História nos ensinos fundamental e médio das escolas contemporâneas.
Com a chegada da República, a História Sagrada perdeu força, sendo substituída pela História civil e política das civilizações, com exceção das escolas confessionais “onde a resistência foi facilitada pelo incipiente controle estatal sobre o ensino, os programas e os professores” (BATISTA NETO, 2000, p. 19). Adotou-se o modelo francês de ensino da disciplina, o que aprofundou dois elementos que acompanharam a História escolar desde então: o eurocentrismo e a seleção de temas históricos que viessem a contribuir com a afirmação dos ideais nacionais e republicanos. Este novo regime tratou então, de constituir o arquivo de heróis nacionais, dando pano para as mangas ao desenvolvimento de biografias. “O estudo da vida de brasileiros notáveis indicava a opção