Prudencia em aristóteles

1820 palavras 8 páginas
Em Aristóteles toda a atividade do homem tem uma finalidade, todas as suas ações pretendem um fim. Esse fim é sempre um bem, então todas as atuações tendem ao bem, e nesse caso o bem é algo supremo do homem e, consequentemente, será também o seu bem supremo. Esse bem supremo é sinônimo de felicidade, então todo ser humano busca a felicidade como causa final e todo homem concorda com isso. Porém não há concordância de quais são os meios de se alcançar essa finalidade ultima. Diz haver três tipos de vida: a vida de prazeres, a vida política e a vida contemplativa. E em cada uma delas os meios que trazem a felicidade são distintos. Para Aristóteles o melhor meio de vida é o terceiro, o de contemplação. Pois nela o homem sábio deve procurar …exibir mais conteúdo…

Pois ela trata de escolher os caminhos pelos quais devemos percorrer para conseguir chegar à finalidade, analisando nesses caminhos seus possíveis atalhos ou emboscadas. Portanto com ela pode-se desfrutar mais e sofrer menos durante o caminho para alcançar tal fim, sem deixar de levar em consideração o que o real possa vir a impor. E é por isso que ela condiciona as outras virtudes, é insubstituível; nenhuma, sem ela, saberia o que fazer, seriam virtudes cegas ou indeterminadas. E por isso diz-se que a prudência não reina, mas governa, pois ela é que dá as ordens.

Como já foi dito, prudência é a virtude da boa deliberação, e é por isso que ela pertence ao pensamento. Entretanto, não é qualquer espécie de pensamento, já que a boa deliberação é um tipo de deliberação correta e segundo o próprio Aristóteles: “a boa deliberação é correção que reflete o que é benéfico, sobre a coisa certa, de forma correta e no tempo certo” (ARISTÓTELES apud MARQUES RAMIRO, 1995, p.136). Porém só se pode deliberar sobre os meios e nunca sobre seus fins. Escolhe-se certo fim, por meio da alma racional e delibera-se sobre os meios mais eficazes para se chegar a tal fim. E só deliberamos sobre coisas que estão ao nosso alcance, coisas que podemos fazer.

Ele ainda alega haver relação entre prudência e inteligência, se ter deliberado bem é próprio de uma pessoa inteligente, a boa

Relacionados

  • A obra juridica por aristoteles
    1938 palavras | 8 páginas
  • kikiju
    883 palavras | 4 páginas
  • FORMAS DE GOVERNO E A EDUCAÇÃO DE PLATÃO E DE ARISTÓTELES
    1655 palavras | 7 páginas
  • EDUCAR PARA A VIDA OU PARA O TRABALHO ADRIANA
    983 palavras | 4 páginas
  • A ética e a política nos pensamentos de aristóteles e maquiavel
    7841 palavras | 32 páginas
  • VIRTUDES PROFISSIONAIS
    1270 palavras | 6 páginas
  • Trabalhos escolares
    2623 palavras | 11 páginas
  • Resenha livro 1 cap.13 - ética a nicômaco (aristóteles)
    895 palavras | 4 páginas
  • Theodor viehweg
    908 palavras | 4 páginas
  • Ética na Idade Média
    1090 palavras | 5 páginas