Resenha rosavallon

3062 palavras 13 páginas
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FOR A
Instituto de Ciências Humanas
DEPARTAMENTO DE HUMANIDADES
Bacharelado Interdisciplinar

Resenha

O LIBERALISMO ECONÔMICO: HISTÓRIA DA IDÉIA DE MERCADO
Pierre Rosanvallon

Astrid Sarmento Cosac - 200831052
Raquel Almeida Moreira - 200831050

2012

Esta resenha irá apresentar os principais conceitos do fragmento do livro “O Liberalismo Econômico: história da idéia de Mercado”, de Pierre Rosanvallon, onde a afirmação do liberalismo econômico traduz a aspiração ao advento de uma sociedade civil, sem mediações, auto regulada. Essa perspectiva, apolítica no sentido preciso do termo faz da sociedade de mercado um novo
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al como passível de existir unicamente como ciência das leis da natureza humana, modificando consideravelmente a situação da política, que uma vez concebida como instituição do social, já não podia mais ser considerada como parte do domínio da moral, num contexto em que a noção de “regular” e “moderar” as paixões - como foi abordado por Hirschman em “As paixões e os interesses” - dá lugar à uma concepção diferenciada, como nos demonstra Rosanvallon, pois à partir do século XVII

“começa a se afirmar a idéia de que é a partir das paixões do homem e não apesar delas que é preciso pensar a instituição e o funcionamento da sociedade.”(ROSANVALLON, p.25)

A política passa a ser percebida, portanto nesse contexto como uma arte combinatória das paixões, que as comporia de modo à levar a sociedade ao seu bom funcionamento, em uma “aritmética das paixões” - para lançar mão de outro termo utilizado pelo autor, que evidencia o enfoque científico em ascensão no pensamento social da época - que busca um fundamento sólido ao ideal do bem comum; firma a noção de que “a instituição social só pode ser o resultado de um modo de composição necessária de paixões”(p.25), que segundo Rosanvallon nos levaria a conceber todos os diferentes aspectos da modernidade como oriundos da busca por uma resposta à essa questão da instituição do social, à qual se ativeram Hobbes, Rosseau, Mandeville, Smith, Helvetius entre muitos outros, quer seja em busca de uma resposta política

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