Questões Ambientais da Carcinicultura de Águas Interiores: o Caso da Bacia do Baixo Jaguaribe, CE



Apresentação

O paradigma ambiental construiu uma nova ética para a exploração de recursos naturais, os quais passam a ser vistos como patrimônio de toda a humanidade, devendo ser regulamentado o seu uso, além de se garantir qualidade ambiental para as gerações futuras.

A carcinicultura de águas interiores, como atividade emergente no País, merece assumir responsabilidade ambiental. A pesquisa vem ocupar seu espaço no suporte à elaboração de políticas públicas e tomada de decisão na regulamentação da atividade, assim como sinalizar e desenvolver inovações necessárias que confiram maior sustentabilidade.

O mercado consumidor, cada vez mais exigente, passa a dar atenção não só ao produto, mas também ao processo pelo qual foi obtido. A carcinicultura de águas interiores surge como uma importante atividade econômica e merece dar atenção às oportunidades de melhoria de seu processo produtivo de forma que atenda aos anseios do consumidor final e confira competitividade.

Esperamos que esse esforço agregue sustentabilidade à cadeia produtiva do camarão.

Vitor Hugo de Oliveira
Chefe-Adjunto de Comunicação e Negócios
Embrapa Agroindústria Tropical

Introdução

A crescente demanda do mercado internacional por camarão cultivado, a especulação imobiliária no litoral, o adensamento das fazendas de camarão nos estuários, comprometendo a qualidade da água necessária ao cultivo e à adaptação da espécie L. vannamei a águas com baixa salinidade (0,5 a 28,3 ›), têm instigado o desen volvimento da carcinicultura em águas interiores, em Países como Estados Unidos (Arizona, Texas, Alabama e Flórida), Equador, Panamá e Brasil.

Não existem dados publicados sobre o quantidade de fazendas já instaladas em águas interiores no Brasil. Entretanto, sabe-se que nos últimos anos, muitas fazendas, a maioria de porte pequeno e médio, vêm se instalando em ambientes de baixa salinidade no Ceará e Rio Grande do Norte, Estados responsáveis por cerca de 65% da produção brasileira em 2004 (Associação Brasileira de Criadores de Camarão - ABCC, 2005).

Essa atividade traz conseqüências socioeconômicas, políticas, tecnológicas e ambientais que precisam ser adequadamente acompanhadas pela pesquisa agropecuária para que possa ser sustentável em médio e longo prazos. Entretanto, o cultivo do camarão marinho em água de baixa salinidade vem ocorrendo espontaneamente sem uma política orientativa e disciplinadora dessa nova atividade no Semi-Árido nordestino.

 

 

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Maria Cléa Brito de Figueirêdo
clea[arroba]cnpat.embrapa.br

Morsyleide de Freitas Rosa
morsy[arroba]cnpat.embrapa.br

Rubens Sonsol Gondim
rubens[arroba]cnpat.embrapa.br

Lúcia de Fátima P. Araújo
lucifat[arroba]secrel.com.br

Raimundo Bemvindo Gomes
Bemvindo[arroba]cefet-ce.br

Walt Disney Paulino
disney[arroba]cogerh.com.br

Luís José de Almeida Correia
Lúcia de Fátima Sabóia


 
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