Analise dos pacientes portadores de sindrome de abstinencia alcoolica submetidos a desintoxicaçao ambulatorial por enfermeiras

Enviado por Ronaldo Laranjeira


RESUMO:

A intenção deste estudo é avaliar a prevalencia dos principais sinais e sintomas dos pacientes abstinentes submetidos a desintoxicação alcóolica ambulatorial realizada por enfermeiras. Foi estudada a prevalencia dos sinais a sintomas em 114 pacientes, de ambos os sexos, oriundos em sua maioria do Pronto Socorro de Psiquiatria dessa instituição, portadores de Sindrome de Abstinencia Alcoolica (SAA), após cessarem a ingestao alcóolica, estando os mesmos em varias fases de evolução. Foram avaliados através da história clinica, exames fisico a escala CIWAA (Clinical Institute Withdrawal Assesment for Alcohol), ressaltando os dados principals a quantificados. A seguir, os pacientes foram submetidos ao Programa de Desintoxicação Alcóolica Ambulatorial realizado por enfermeiras da UNIAD (Unidade de Pesquisa em Alcool a Drogas). A desintoxicação ocorre em torno de 7 dias, o Programa consiste de orientações relativas a SAA, cuidados gerais, medicação especifica quando necessaria, prescrita pelo psiquiatra. Grande pane dos pacientes atendidos apresentou abstinencia de grau leve no primeiro dia de desintoxicação e os sintomas mais frequentes foram: agitação, ansiedade, nausea, tremor a sudorese nas maos. A aderencia ao tratamento foi de 73%, ao final de 7 dias. Reavaliados no 72 apresentavam ainda sudorese nas maos. A criação do programa de desintoxicação alcoolica ambulatorial realizada por enfermeiras, alem de promover a abertura de novas perspectivas no campo de atuação da enfermeira, propoe um metodo alternativo a inovador no tratamento da sindrome de abstinencia, solidifica a necessidade de re- definição do papel da enfermeira enquanto classe no contexto da estrutura de atendimento aos pacientes em nivel de ambulatdrio.

UNITERMOS: Sindrome de Abstinencia. Alcool. Desintoxicação. Ambulatorio. Enfermeira.

INTRODUÇÃO

O use abusivo do alcool a detectado na história da humanidade desde os tempos biblicos, no entanto, o conceito do beber excessivo como uma condição clinica bem definida, somente passou a figurar em literatura no final do seculo XVIII e inicio do XIX.

A justificativa deste achado inclui a participagao concomitante de varios fatores envolvidos direta ou indiretamente, dificultando a quantificarção do papel de cada um isoladamente, entretanto, destacamos a influência da Revolução Industrial, determinando o aumento populacional nos grander centros, facilitando a observagao clfnica destes pacientes, assim como o aprimoramento da tecnologia na fabricação do a1cool resultando no barateamento da droga em conseqiiencia da maior oferta do produto. Nos ultimos seculos, estudiosos tem observado um constante aumento nas taxas referentes ao consumo de bebidas alcdolicas, resultando num custo social muito elevado para todos os paises envolvidos neste processo.

Em 1991, RICE e col., demonstraram que este custo nos EUA é da ordem de 100 bilhões de de dólares anuais.

Ha alguns anos, atenta a esta situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar o padrao de ingesta alcóolica excessiva numa dada população, como sendo um problema de saúde publica, embasada na variedade dos problemas sociais e assistenciais resultantes do seu use abusivo. Assim sendo, a de fundamental importancia que os profissionais de sadde que prestam assistencia a estes pacientes, adquiram pleno conhecimento dos diversos mecanismos que regem tal comportamento, bem como suas interrelagóes, visando aprimorar o tratamento oferecido.

A ausencia de um padrao tipico de problemas sociais,fisicos ou mentais relacionados ao uso abusivo de alcool, baseia-se na diversidade das populações atingidas por problemas tambem diversos, tornando assim, a identificação destes pacientes cautelosa.

Neste sentido, LARANJEIRA (1996) demonstrou a necessidade de se criar uma politica diversificada e flexivel, visando contemplar os pacientes de forma individualizada, atingindo pelo menos uma fragao destes problemas.

O conceito de beber excessivo adotado pela OMS, denominado Sindrome de Dependencia Alcoolica (SDA), foi proposto por Griifth Edwards e Milton Gross em 1976 (LARANJEIRA,1996). A dependencia significa uma relação alterada entre o paciente e o modo de beber, situação comportamental esta que pode se auto-perpetuar, assim como, variar em grau de severidade ao longo de um continuum de severidade. Um individuo pode ser pouco, moderado ou muito dependente (EDWARDS,1987).

Todavia, tendo por base a existencia de varios graus de abstinencia, nao faz sentido instituir uma conduta uniformizada para todos os pacientes. Ha um pequeno número de pacientes que nao necessitarao de nenhum apoio medicamentoso, co-existindo com a grande maioria dos casos, cujo tratamento poderdá ser realizado em nivel ambulatorial, auxiliado por minima cobertura medicamentosa. Em geral, quando avaliados de forma adequada, poucos Sao os casos que necessitarao de internação hospitalar. Portanto, a grande questao não a identificar o paciente alcoolatra, mas sim, estabelecer o grau de severidade da dependencia,visando propiciar adequado tratamento para cada caso (EDWARDS,1987).

 


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