Avaliação de diferentes métodos de conservação esplênica para tratar lesão cortante do baço em cão



RESUMO

OBJETIVO: A morbimortalidade do tratamento conservador do baço após trauma desse órgão depende da extensão da lesão e da experiência da equipe cirúrgica com trauma esplênico. O objetivo deste trabalho é avaliar experimentalmente a recuperação esplênica após lesão cortante tratada conservadoramente.

MÉTODO: Foram utilizados 20 cães machos, mestiços, com peso variando entre 7kg e 12kg. Sob anestesia com pentabarbitúrico sódico endovenoso, provocou-se uma lesão cortante longitudinal no baço, em uma extensão de 5 cm e profundidade de 3 cm. Em seguida, os animais foram distribuídos aleatoriamente, de acordo com a conduta com a ferida esplênica, em três grupos: Grupo 1 (n=10) – sem reparo cirúrgico; Grupo 2 (n=5) – sutura esplênica contínua com fio de categute cromado 5-0; Grupo 3 (n=5) - introdução de um segmento de omento maior na ferida esplênica e sutura contínua do baço com o omento, utilizando fio categute cromado 5-0. Os cães foram acompanhados durante cinco (Grupo 1A) ou 28 (Grupo 1B, 2 e 3) dias.

RESULTADOS: Todos os animais sobreviveram ao pós-operatório e não foram percebidas adversidades decorrentes da operação durante esse período. Não foi encontrada diferença no aspecto macroscópico dos baços retirados de todos os grupos. À microscopia, percebeu-se fragmento de omento dentro da cicatriz esplênica nos animais do Grupo 3.

CONCLUSÕES: A lesão cortante de baço canino pode ser tratada pelos métodos conservadores. Caso se opte pelo tratamento cirúrgico, a sutura com e sem auxílio do omento são eficazes.

Descritores: Baço/Leões; Esplenectomia; Esplenectomia/métodos; Ferimentos e Lesões.

ABSTRACT

BACKGROUND: The treatment morbimortality of splenic trauma is related to the size of the lesion and to the surgeon experience. Our purpose was to verify the splenic recovery after conservative methods of treating incisional splenic lesions in dog.

METHODS: Twenty male mongrel dogs weighing between 7 and 12 kg were submitted to a 3 cm deep and 5 cm long longitudinal incisions of the spleen under sodium pentabarbital anesthesia. The dogs were randomly divided into three groups: Group 1 (n = 10) – without repair (control); Group 2 (n = 5) – only splenic suture; Group 3 (n = 5) – splenic suture and omentoplasty. Repairs were performed by using running suture with 5-0 chromic catgut thread. The animals of Group 1 were followed during five (n = 5) and 28 (n = 5) days. The dogs of groups 2 and 3 were followed during 28 days.

RESULTS: All animals survived uneventfully during the follow-up period, even those without treatment. The macroscopic splenic aspect did not differ among the groups. The microscopic assessment showed remnant omental tissue inside the splenic healing in Group 3.

CONCLUSION: Severe incisional splenic wound in the dog may be treated conservatively. In case of operation, wound suture with or without omentoplasty is enough.

Key words: Spleen/injuries; Splenectomy; Splenectomy/methods; Wounds and injuries.

 


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