Educação ambiental como educação científica no processo educativo escolar



Ao experimentar a solidariedade para com todo universo,
libertamo-nos do hábito crônico de pensar
que somos apenas fragmentos desconexos.
(BRIGGS; PEAT, 2000).

 

 

RESUMO

Este artigo propõe que uma das dimensões da Educação Ambiental seja a educação científica e que o ensino de ciências no processo educativo escolar mantenha um vínculo com a aprendizagem de nosso ambiente natural.

Palavras-chave: Educação ambiental, educação científica, aprendizagem em ciências.

 

ABSTRACT

This article proposes that one of the dimensions of the Environmental Education is the scientifically education of sciences in the process educational scholar maintains a link with the learning of our natural environment.

Key-words: Environmental education, scientifically education, learning in sciences.

 

Introdução

Acredito que, na escola, ocorre o mesmo processo que sofremos socialmente: o esvaziamento das condutas mais nobres de convivência, da vida pública e a sobrevalorização das dimensões privadas.

Os heróis cotidianos de nossas crianças e jovens são artistas, cantores mirins, apresentadoras de televisão de programas educativos de qualidade cultural duvidosa. Minha hipótese é a de que há uma sobreposição da vida privada, veiculada pela mídia, sobre a memória de outros heróis, homens e mulheres cientistas compromissados com as conquistas mais altas da pouca evolução humana no planeta Terra. Estou falando da memória de heróis como Lineu, Darwin, Einstein, Pasteur, Galileu e Giordano Bruno, uma vasta galeria de cientistas e filósofos que teceram conhecimentos sobre a vida e a existência humana.

São aqueles que compreenderam que o homem sempre viveu submetido a toda sorte de trocas em sua vida: nascimento, crescimento, morte, saúde, enfermidade, sempre circundado em um entorno natural ora ameaçador ora o mais belo e mais inspirador. É comovente a história de Lineu tentando classificar o mundo natural, nomeando, inclusive, as plantas, aproximando-as ao modo humano de estar no planeta. Ou para falar de Giordano Bruno que se deu "conta" de um outro universo. De Pasteur e sua convicção em germes invisíveis em uma época em que as bactérias não eram parte do mundo da ciência. Por que não falar de Ticho Brahe, arquiteto de novo universo ou do trabalho solitário do monge Mendel?

Onde estão os heróis brasileiros da ciência? Por que um país que se comprometeu com a educação ambiental não faz jus aos seus cientistas e das ciências no processo educativo escolar?

Neste artigo defenderei a idéia de que um bom avanço da educação ambiental pode ser feito a partir da retomada, na escola e no cotidiano extraescolar, do vínculo perdido com as ciências. Tentarei, assim, responder a pergunta:

Por que educação ambiental como educação científica no processo educativo escolar? Para tal empreitada descreverei como vejo o ensino de ciências no processo educativo escolar, como as ciências poderiam ampliar seu caminho e qual a relação da educação ambiental e científica que defendo para crianças e jovens.

 


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