Estudo in vivo de um sistema de liberação de drogas constituído por hidroxiapatita e cisplatina



RESUMO

Um sistema de liberação constituído por hidroxiapatita e cisplatina foi testado em ratos para avaliação da liberação local e sistêmica do antineoplásico cisplatina. Os animais que receberam os implantes com a droga desenvolveram efeitos colaterais ao tratamento, sendo os mais comuns: anorexia, diarréia, epistaxe e necrose cutânea no sítio de implantação; cerca de 45% deste animais morreram, indicando intoxicação. Amostras de sangue e dos tecidos hepático, renal e muscular de todos os animais pertencentes ao experimento foram submetidas à detecção das concentrações de cisplatina, revelando a cinética de liberação da droga pelo sistema proposto.

Descritores: Cisplatina. Hidroxiapatita. Ratos.

ABSTRACT

The drug release system constituted by hydroxyapatite and cisplatin was tested in rats for local and systemic drug release. The side effects to treatment were: anorexia, diarrhea, epistaxe e cutaneous necrose in the implantation bed; 45% animals of test group died by treatment intoxication. Serum, renal, hepatic and muscular tissues samples were collected for cisplatin analysis of all animals that received implants, showing system's kinetics.

Key words: Cisplatin. Hydroxyapatite. Rats.

INTRODUÇÃO

A cisplatina é um agente citotóxico que contém o metal pesado platina; é muito utilizada no tratamento de carcinomas de células escamosas, tumores de bexiga, mesoteliomas1 e como quimioterapia adjuvante do osteossarcoma canino2. Os efeitos adversos do tratamento incluem náuseas, vômito, alterações gastrointestinais, hematológicas e auditivas1. A administração intravenosa é a via mais utilizada em pacientes humanos e caninos, outras vias como a intraarterial1 intramedular3 e intracavitária4,5 também foram descritas.

Segundo alguns autores, a liberação lenta e constante da cisplatina, por meio de implantes4,5,6,7 proporciona efeitos colaterais menos graves.

MÉTODOS

Foram utilizados 120 ratos Wistar machos adultos de peso médio 257 gramas, divididos em grupo teste (n=60) e grupo controle (n=60). Os animais foram subdivididos em subgrupos de cinco animais e dispostos em caixas na sala do biotério do Hospital Veterinário da FCAV-Jaboticabal provida de temperatura e luminosidade controladas. Ração e água eram oferecidas diariamente em quantidade e volume conhecidos.

Cada animal recebeu um implante, teste ou controle, por meio de implantação cirúrgica na face caudal da coxa do membro posterior direito (Figuras 1 e 2). O procedimento era realizado mediante anestesia em uma câmara saturada com éter etílico.

 


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