A especialização funcional na região centro (Portugal)

Enviado por José Alberto Afonso Alexandre - jaaalexandre[arroba]gmail.com


Partes: 1, 2, 3
  1. Introdução
  2. Metodologia
  3. Caracterização geral da região centro
  4. Caracterização da especialização dos dois grupos de profissões
  5. Conclusão
  6. Referências bibliográficas
  7. Apêndice

INTRODUÇÃO

O presente trabalho insere-se no âmbito da parte prática da disciplina de Geografia Regional, tendo como objectivo estudar a diferenciação territorial da Região Centro, ao nível dos concelhos no que respeita à especialização funcional de dois grupos de profissões, grupo de profissões intelectuais e cientificas (CITP-2) e grupo dos trabalhadores da produção industrial e artesãos (CITP-7), representando o primeiro grupo a parte superior do sector terciário, se assim se pode considerar, e o segundo grupo o sector secundário em sentido lato.

O processo utilizado neste estudo foi o indice de Nelson, discriminando-se de seguida a metodologia utilizada e a análise dos resultados obtidos, mas como é uma caracterização muito restritiva, a bibliografia existente sobre este assunto é práticamente nula, por isso o trabalho consiste somente na análise dos valores obtidos a partir dos censos de 1991, e numa caracterização geral da Região Centro no que respeita a aspectos que vão desde a geomorfologia até ao desenvolvimento económico.

METODOLOGIA

A técnica mais utilizada na determinação da especialização funcional que caracteriza as diferentes unidades espaciais em que se pode dividir um sistema territorial é o índice elaborado por H. J. Nelson em 1955 com o objectivo de classificar as cidades norte-americanas.

Tomando como base no recenseamento geral da população de 1991, e tendo em conta os valores da população residente com mais de 12 anos, nos 78 concelhos da Região Centro, empregada nos 2º e 7º grupos do CITP (CITP-2: Profissões Intelectuais e Cientificas; CITP-7: Trabalhadores da Produção Industrial e Artesãos), calcularam-se as médias respectivas em cada um desses dois grupos, assim como o valor dos respectivos desvios padrões (Apêndice I).

Todos os concelhos que superem num determinado grupo de profissões a média de emprego mais o valor do desvio padrão considerar-se-ão especializados nessa actividade ou grupo de profissões. Com o objectivo de precisar a descrição, distinguem-se até três graus ou níveis de especialização assim, se o concelho ultrapassa o valor médio do conjunto num desvio padrão é especializado, em dois desvios padrões é muito especializado ou três desvios padrões é polarizado nesse grupo de profissões.

Os concelhos que apresentam valores de emprego similares correspondentes ao conjunto do sistema, sem nunca os superar no valor de um desvio padrão, qualificam-se em diversificados.

O coeficiente de variação é um indicador, que pode precisar a análise do fenómeno. Este coeficiente relaciona as duas variáveis quanto ao grau de selectividade, ou seja se uma actividade é mais rara e localizada do que outra.

Se em vez de expor os resultados qualitativamente, os expusermos quantitativamente, ou seja substituir os termos anteriores por algarismos de tal forma que, o algarismo 3 corresponda a concelhos polarizados numa determinada actividade, o algarismo 2 a concelhos muito especializados, o algarismo 1 a concelhos especializados e, o algarismo 0 a concelhos onde o quantitativo de emprego num determinado grupo de profissões ultrapassa a média aritmética, mas não chega ao nível de especialização, ou seja à soma da média com o desvio padrão, podemos apresentar os dados através dum quadro de leitura fácil, como o Quadro I.

A partir deste quadro podemos traduzir os resultados por uma simbologia própria, utilizando tramas diferentes e fazer a sua representação cartográfica. Assim numa primeira representação, cartografa-se a especialização funcional dos concelhos quanto à monoespecialização num determinado grupo, quanto à multifuncionalidade se é especializado nos dois grupos, ou se não é especializado em nenhum destes dois grupos de profissões. Nas restantes representações cartográficas, utilizando um mapa de coropletas, representa-se o grau de especialização para cada grupo separadamente.

Contudo, ao utilizar-se este índice corre-se o risco de levar a várias limitações e falsear os resultados, pois é um índice que não tem em conta a área e a densidade, pois há unidades espaciais de reduzida dimensão, onde um determinado fenómeno está bem representado, mas através deste índice que tem como base os efectivos totais, aparece com um resultado errado ou afastado da realidade.

Partes: 1, 2, 3

Página seguinte 



As opiniões expressas em todos os documentos publicados aqui neste site são de responsabilidade exclusiva dos autores e não de Monografias.com. O objetivo de Monografias.com é disponibilizar o conhecimento para toda a sua comunidade. É de responsabilidade de cada leitor o eventual uso que venha a fazer desta informação. Em qualquer caso é obrigatória a citação bibliográfica completa, incluindo o autor e o site Monografias.com.