Conhecimentos das adolescentes relativamente às implicações da gravidez na área de Bengo - Angola

Enviado por Eduardo Valentim


  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Desígnio e finalidade do estudo
  4. Metodologia
  5. Resultados
  6. Conclusões
  7. Recomendações
  8. Limitações do estudo
  9. Referências bibliográficas

RESUMO

A presente tese consiste de um estudo descritivo com um delineamento quantitativo, não-experimental e contextual, que tem' por objectivo descrever os conhecimentos das adolescentes sobre as implicações da gravidez. O estudo foi realizado na província do Bengo, mais concretamente na escola do Bairro da Açucareira, e a amostra foi constituída por 100 adolescentes, do género feminino, na faixa etária dos 13 aos 19 anos de idade. Para a selecção da amostra foi usada uma abordagem aleatória simples. Para a recolha de dados foi usado um questionário estruturado com perguntas fechadas. Os dados obtidos levam a pesquisadora à seguinte conclusão: há necessidade de se elaborarem programas de formação sobre as consequências da gravidez, não só para as adolescentes, mas também para os professores e pais, uma vez que as respondentes indicaram que os professores eos pais seriam as pessoas ideais para este tipo de conversa; por outro lado, e de extrema importância, há necessidade de atendimento específico para adolescentes nos centros de saúde e hospitais da província. A falta de diversão para os adolescentes na província também é um aspecto que merece atenção por parte do governo da Província do Bengo.

TERMOS CHAVE: Adolescência. Adolescente. Conhecimentos. Gravidez na adolescência.

1 INTRODUÇAO

1.1 Considerações gerais

Segundo um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) das Nações Unidas, preparado em Fevereiro de 2004, com dados do ano 2000, a mulher africana em idade reprodutiva tem 175 vezes mais probabilidade de morrer durante o parto do que as mulheres dos países desenvolvidos. Com efeito, segundo o mesmo relatório, 95% das 529.000 mortes de mães durante o parto registadas no ano de 2000 ocorreram na África e na Ásia. No mesmo ano, a taxa de mortalidade entre as mães da África Subsariana foi de 920 para cada 100.000. Nos países desenvolvidos foi de apenas 20, e na América Latina e no Caribe de 190 (http://www.216.109.124.987search/ cache?ei= UTF -8&fr).

A directora executiva da UNICEF, Carol Bellamy, afirma no mesmo relatório que muitas mortes durante o parto ocorrem devido ao atraso em reconhecer que há um problema, pelas dificuldades da mãe em chegar a uma instituição hospitalar ou em receber um atendimento de qualidade. O dierctor da OMS, Lee Jong-Wook, afirma ainda no mesmo relatório que "muitas mulheres tem seus filhos sozinhas ou com membros da família e sem assistência de profissionais qualificados que tenham condioçoes de lidar com complicações no parto. "(http://www.216.109.124.987search/cache?ei=UTF-8&fr,14.09.206).

As elevadas taxas de mortalidade registadas na África Subsariana, além de serem uma tragédia para a própria mulher, constituem também uma tragédia para a família e para a comunidade, pois a mulher que morre durante o parto, geralmente deixa pelo menos dois filhos órfãos. Por este motivo, torna-se necessário e urgente que se tomem medidas que visem não só a redução da morbimortalidade materna, mas que visem também a conscientização das adolescentes no que concerne a sexualidade segura.

Sarmento (1990) (em http://www.virtualpsy.org/infantil/gravidez.html.) reforça que a vivência da maternidade durante a adolescência torna-se mais complicada, pois as exigências que aparecem na busca da identidade da adolescente, acrescentam-se a grande exigência do "tornar-se mãe". Este quadro pode ser mais grave quando ocorre num ambiente menos favorável, onde a adolescente se defronta com outras condições. Por exemplo, uma adolescente de classe baixa que engravida, encontra maiores dificuldades devido as suas condições socioeconômicas precárias e, muitas vezes, a falta de apoio da própria família e do parceiro.

Nas zonas rurais, as jovens na realidade, não tem uma verdadeira infância e muito menos uma verdadeira adolescência. Devem começar a trabalhar muito cedo para que elas e suas famílias possam sobreviver (Halbe et ai em http://www.drcarlos.med.br/ sa?de adol.html).

É do conhecimento geral que o número de adolescentes que engravidam está a aumentar progressivamente e em idades cada vez mais precoces, pois a idade da menarca tem-se adiantado por volta de quatro meses por década do século XX, sendo que a idade média para que ocorra é de 12,5 a 13,5 anos, expondo a adolescente a engravidar cada vez mais cedo (http://www.virtualpsy.org/infantil/gravidez.html).

As lições em sexualidade são primeiro ensinadas pelos pais que tem a responsabilidade primária de providenciar educação sexual aos seus filhos (Synovitch et ai 2002:163-173).


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