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Contrastes e semelhanças nos processos de industrialização da China e do Japão (página 2)

Marcelo Pinto da Rocha

A EVOLUÇÃO JAPONESA

No início do seu período de industrialização o Japão contava com mão de obra abundante, o que permitiu um crescimento acelerado. Com problemas sérios de recursos naturais, cerca de setenta e cinco por cento de sua superfície é montanhosa, o país lança uma política expansionista em busca matérias primas e mercados consumidores para seus produtos. O país envolveu-se em vários conflitos regionais em busca do aumento de sua área de influência.  Nesse primeiro momento, o país é fornecedor de produtos de baixo padrão de qualidade, já que ainda está incorporando as técnicas ocidentais. Um dos grandes esforços é a busca da alfabetização do povo e a intensificação da publicação de livros e jornais, escolas são construídas por toda parte e o curso primário torna-se obrigatório. Foram instaladas também universidades e estudantes enviados a outras partes do mundo em busca de novas tecnologias. A rápida transição de economia rural para industrializada trouxe problemas sérios de infra-estrutura e inchaço nas suas cidades, este problema foi resolvido através da emigração de excedentes populacionais para outras partes do mundo, inclusive o Brasil.

A partir de 1926 tem início á era Shôwa, com a ascensão do imperador Hirohito, que esteve no poder até 1989, ano de seu falecimento. No início desta era, o país estava em crise, o que piorou com a grande depressão de 1929, os índices de desemprego era assustadores. Cresce a influência dos militares no poder, diminui a liberdade de expressão e os opositores são reprimidos. O Japão alia-se á Alemanha e Itália, lançando-se na segunda guerra mundial, contra os aliados, entre eles Estados Unidos e Inglaterra. Apesar de períodos vitoriosos durante o conflito, alcançando controle de extensas áreas no pacífico, o país é derrotado e sofre os horrores da bomba atômica, em 1945 sua economia encontra-se arruinada.

Após a segunda grande guerra tem início o período da segunda industrialização Japonesa. Sob ocupação Norte-Americana, são feitas reformas sociais e os direitos individuais garantidos, as principais Holding"s, as Zaibatsu, foram dissolvidas. O país assina o tratado de paz com os Estados Unidos em 1951, passa a ter o apoio das economias ocidentais, nova constituição é promulgada em 1946.  As idéias bélico-imperialistas são abandonadas e o país volta a viver sob um regime democrático. A guerra da Coréia em 1953 beneficiou sua economia e já no início da década de 1960 o país mostrava sinais de recuperação. Uns dos problemas sérios eram quanto á qualidade de seus produtos, os próprios Japoneses reconheciam-nos como baratos e ruins. O povo Japonês assimilou bem os conhecimentos de melhoria de qualidade e aumento de produtividade, trazidos pelos Estados Unidos. Hoje a situação inverteu-se, eles são uma das grandes economias mundiais e passaram a ameaçar os Norte-Americanos na primazia do domínio tecnológico, seus produtos viraram sinônimos de qualidade.

O Japão investiu maciçamente no conceito de produzir com qualidade, como também em educação do seu povo.  Os Japoneses acreditavam que o método de inspeção de qualidade era ineficiente e onerava o custo de produção. Desenvolveram métodos e ferramentas que visavam eliminar a peças defeituosas, objetivando o defeito zero.  Hoje grande parte das ferramentas de qualidade utilizadas são de origem Japonesa ou aprimoradas por eles, como os círculos de controle de qualidade (CCQ), Diagrama de Ishikawa, Controle da qualidade total (TQC), manutenção produtiva total (TPM), 5S, JIT (just in time), etc. (13).

Os Japoneses descobriram que os modelos Fordista e Taylorista não atendiam os seus anseios e precisam desenvolver seus próprios métodos. Na década de 1970, Taiichi Ohno, o principal engenheiro de produção da Toyota, percebeu que era preciso aplicar um novo método de produção. Ohno inaugurou o modelo de produção enxuto e deu início ao que se chama de Toyotismo. Combatia-se o desperdício, como o da superprodução, material esperando no processo, desperdício no transporte, desperdício na movimentação de operações, entre outros. As metas do programa eram zero defeito, tempo zero de preparação, estoque zero, movimentação zero, quebra zero, lote unitário, entre outros. As principais técnicas utilizadas para se alcançar o resultado foram o mapa de fluxo de valor, mapeamento das atividades, layout enxuto, formação de células, sistema Kanban de controle de produção e os cinco elementos da manufatura enxuta. O sucesso da metodologia fica claro quando analisamos que hoje o Japão é um dos principais exportadores de veículos do mundo em detrimento com a década de 1960, onde o país não conseguia exportar um único automóvel para o ocidente. Outro fato que deixa claro o sucesso Japonês, é o fato da imigração inversa nos dias de hoje, com o retorno de descendente de Japoneses, os Nikkeis, do Brasil, do Peru e de outras partes da América do Sul, conhecidos como Dekassegui.

A CHINA

PRECEDENTES DA INDUSTRIALIZAÇÃO CHINESA

No início do século XX, apesar da China manter governo próprio, passava por sérias dificuldades impostas pelos acordos comerciais que foi forçada a assinar. As grandes potências da época controlavam algumas áreas do país e isto gerava sérias rebeliões e descontentamento popular. Em 1911 o partido Nacionalista Chinês promoveu o fim monarquia, contudo não conseguiu devolver a autonomia desejada, devido a presença de forças estrangeiras em seu território. Devido a interesses na Coréia, ainda no século XIX, entrou em guerra com o Japão, tendo sido derrotada, cedendo também á ilha de Formosa e obrigada a pagar pesada indenização á esta nação, cedeu também quatro portos no continente. Esse conflito expôs a fragilidade militar do império Chinês, na época.  

A pressão internacional continuou sobre o território Chinês, gerando revoltas, o partido Nacionalista não conseguia estabilizar o país politicamente. Em 1920, sob influência da revolução socialista Russa, é fundado o partido Comunista Chinês, com participação de Mao Tsé-tung. Em 1925, Chiang Kai-shek assumiu o controle das tropas do partido Nacionalista, iniciando assim a perseguição aos comunistas. Diante das dificuldades, os comunistas se retiram para o campo, em 1931 fundam a República Soviética da China. Em 1934 os nacionalistas lançam uma grande ofensiva, forçando as tropas, lideradas por Mao Tsé-tung, a percorrerem mais de 10.000 quilômetros a pé, fato que ficou conhecido como a Grande Marcha, dos 100.000 soldados que iniciaram, sobraram apenas 9.000, depois de um ano e meio.

Para agravar mais o quadro Chinês, o Japão invade a Manchúria em 1931, estabelecendo o estado fantoche de Manchukuo. O governo Nacionalista enfrentava agora dois problemas, os comunistas e os Japoneses. Diante do agravamento da invasão, em 1937 os nacionalistas e os comunistas fizeram uma aliança, que durou até o final da segunda guerra. Este acordo deu controle de parte do exército Chinês aos comunistas, com o final do conflito inicia-se a guerra civil, em 1949 as tropas lideradas pelo partido Comunista Chinês entram vitoriosas em Pequim. Chiang Kai-shek se refugia em Formosa (Taiwan), onde instalaram o governo da China Nacionalista.

A EVOLUÇÃO CHINESA

Sendo um país comunista, a China adotou o modelo de economia planificada, esteve muito ligada á extinta União Soviética até a década de 1960. Na época a economia voltava-se para o desenvolvimento industrial, mas com o rompimento ideológico entre os partidos Comunistas de ambos os países, passou-se a focar novamente a agricultura.

Mao Tsé-tung lança o programa "grande salto para frente", em 1958, que visava dotar o país de um sistema industrial completo, mas este projeto entrou em colapso já no ano de 1961. Em 1966 acontece um período de grande instabilidade política, a revolução cultural. Esta época foi marcada pela perseguição política, com uma tentativa de depuração do partido Comunista e transformação ideológica. Este programa que durou até 1976, quase arruinou a nação, todos os opositores eram caçados e a cultura milenar do povo Chinês desrespeitada. Líderes comunistas do período pós-revolução cultural também foram perseguidos, como Li Chao-chi e Deng Xiaoping, este inclusive teve um de seus filhos aleijado em uma ação de invasão de domicílio, por parte das autoridades na época. Com a morte de Mao Tsé-tung, em 1976 inicia-se a "desmaoização" do país, com um novo plano de reorganização política e econômica para a China, nova constituição foi aprovada.

A partir da década de 1980 o país entrou em uma fase de grande crescimento econômico. Com a chegada de Deng Xiaoping ao poder houve a abertura do país ao capital estrangeiro e incentivos para atraí-lo. As fábricas abandonaram o antigo sistema de produção em cota e passaram a levar em conta a necessidade do mercado e a lei da oferta e procura. O turismo passou a ser incentivado, a iniciativa privada passou a ser admitida na economia chinesa. Os investimentos estrangeiros começaram a chegar, atraídos principalmente pelos baixos salários pagos aos operáriose também pelo imenso mercado potencial de consumo. Outra fonte importante de investimento no país são os recursos provenientes de cidadãos Chineses que vivem em outras partes do mundo, são cerca de 55 milhões de pessoas com capacidade de investimento.

Apesar do governo comunista, a desigualdade é um grande problema da China, a maioria do país continua pobre, o advento capitalista acontece apenas em algumas áreas e o governo tenta controlar a migração interna. A economia de mercado gera conflitos entre o trabalho manual de baixa remuneração e o trabalho intelectual, mais valorizado. O governo tenta manter a abertura econômica e ao mesmo tempo o fechamento político, especialistas perguntam por quanto tempo eles conseguirão manter isso. Os investimentos em educação são maciços, em 2006 o governo investiu 87 bilhões de dólares, 3,01% do produto interno bruto, a China forma cerca de 1 milhão de engenheiros, 800 mil médicos e 500 mil físicos, por ano, 92% da população são alfabetizados. Apesar de investir em educação, o governo Chinês mantém forte censura nos meios de comunicação e também na internet, filmes com fortes cenas de sexo, livro políticos e shows de rock são proibidos. Apesar dos problemas eles conseguiram tirar mais de 400 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 20 anos, praticamente duas vezes a população do Brasil.

Apesar da falta de liberdade e da imensa máquina burocrática do governo, os Chineses parecem felizes, pelos menos os das áreas industrializadas, no final do mês sobra dinheiro, a vida para eles já foi bem pior. O país começa a ter os seus primeiros bilionários e o povo parece gostar do que está acontecendo, a China cresce cerca de 10% ao ano. Ainda assim os desafios são grandes, eles precisam melhorar ainda a vida de cerca de 800 milhões de pessoas.

A China praticamente já é a segunda economia mundial, lidera o mais espetacular ciclo de crescimento da história, exporta cerca de 800 bilhões de dólares ao ano e recebeu cerca de 72 bilhões de dólares em investimentos em 2007. Entre os principais itens produzidos temos desde matérias primas até produtos acabados, como: sapatos, brinquedos e eletrônicos; alimentos processados; equipamentos de transporte incluindo automóveis, vagões de trens e locomotivas, navios e aviação; equipamentos de telecomunicação, veículos espaciais e satélites. Um dos problemas enfrentados pelos seus produtos é o conceito de baixo padrão de qualidade, para muitas pessoas o "made in China" atualmente é sinônimo de má qualidade. Outro problema que o país enfrenta é a pirataria, segundo algumas pessoas no ocidente, ela corre livremente neste país, a grande queixa é sobre o respeito a propriedade industrial. Segundo autoridades chinesas, está se fazendo grandes esforços para supervisionar a qualidade dos produtos industrializados e os fabricantes devem ser responsáveis pela retirada imediata dos itens que apresentarem problemas.

CONCLUSÃO

O surto de industrialização nos dois países apresentados se deu com forte intervenção do estado, claro que no caso Chinês não poderia ser de outra forma, visto que este país vive sob ditadura comunista. O Japão iniciou o seu processo praticamente 100 anos antes que os Chineses, no caso da China podemos dizer que a industrialização ocorreu somente no final da década de 1970, sendo um processo recente, com cerca de 30 anos. Em ambos os casos, as duas nações estavam sob regimes totalitários quando os processos se iniciaram. Analisando os fatos, podemos dizer que no século XIX os dirigentes do Japão enxergaram mais longe do que os Chineses. A China, com a falta de visão de seus governantes, sofreu um grande atraso tecnológico, na atualidade está se recuperando, mas vale á pena lembrar que no período da revolução cultural tentou andar na contramão da história.

O período da segunda guerra mundial foi decisivo na história e rumo dessas duas nações, ambas tiveram suas economias e sofreram horrores, uma por livre escolha e outra por imposição. O povo Japonês deixa claro o seu poder de reorganização, pois não se deixa abater pelos problemas e corre sempre em direção ás soluções inteligentes.

Analisando os fatos, o processo de industrialização Chinês está apenas com 30 anos, podemos relacioná-lo com o Japão do início do século XX. Os Japoneses, nesta época, tinham graves problemas de tecnologia de produção e qualidade em seus produtos, que conseguiu resolver na década de 1970.  Considerando isto, podemos dizer que a China está bem adiantada em relação ao assunto qualidade, lembrando que a teoria de processos evoluiu bastante, com forte contribuição dos Japoneses. Claro que seria necessário investigar como a tecnologia industrial foi transferida a estes países, pois pode não ser feita de maneira correta, causando todos os problemas abordados no que se refere ao fator qualidade. Em um primeiro momento a China foi prejudicada por ter um processo de industrialização tardio, mas beneficiada por receber uma tecnologia bem mais desenvolvida e pronta para utilização em relação aos Japoneses em sua época inicial. O Japão teve que desenvolver grande parte de sua evolução tecnológica, inclusive com forte trabalho na área de processos.

A educação é fator primordial no desenvolvimento tecnológico e econômico de uma nação. Os fatos apresentados deixam claro que o sucesso desses dois países está ligado aos programas educacionais desenvolvidos por seus governos.

Se a China repetir a história Japonesa, poderá mudar o conceito de baixo padrão de qualidade de seus produtos, visto que no Japão isso também já foi realidade. O grande contraste da China em relação ao Japão é no campo da liberdade individual, que é o seu ponto fraco. Com a melhoria do nível de vida de seus cidadãos, a sociedade Chinesa buscará maior liberdade de expressão ou se contentará somente com o conforto material produzido pela tecnologia? Somente o tempo poderá responder essa pergunta.

REFERÊNCIAS

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Autor:

Marcelo Pinto da Rocha

diskmr[arroba]uol.com.br

Acadêmico do 5º período do

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Comercial Elétrica

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Curitiba-Pr



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