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Elaboração de um jornal educativo no 5º ano do ensino fundamental: uma aplicação do computador na escola (página 2)


Durante as atividades realizadas na Escola de Ensino Fundamental Major José Tenório percebe-se, por parte de alguns professores, uma certa preferência em desenvolver atividades desta natureza envolvendo os alunos das séries finais do Ensino Fundamental dada a possível maior maturidade apresentada por estes em realizar tais atividades. Assim, o fato de oferecer a oportunidade para que as séries iniciais realizassem tal tarefa se tornou um desafio, sendo um momento desses alunos mostrarem que são capazes de contribuir como cidadãos participantes para melhoria da sociedade, mostrando opinião, senso crítico e, principalmente, interesse pela informação.

O desejo de construir o projeto do jornal escolar com alunos do 5º ano iniciou com a ideia de inovar os métodos educacionais no setor de informática de nossa escola, sendo esta tendência educacional um importante aliado para auxiliar no processo de ensino/aprendizagem. A decisão favoreceu também a melhoria da auto estima dos alunos e provocou mudanças positivas no comportamento dos mesmos, tornando-os mais perceptivos quanto aos conceitos sociais como respeito, espaço e opinião. Além de trazer os alunos para o mundo da leitura e ambientação com os meios de comunicação escrita, em especial o uso do computador.

Por essa razão, entende-se que um Jornal Escolar criado e editado pelos próprios alunos, seria uma forma de aplicar a Informática de maneira educativa, pois, eles utilizarão o computador para criar as notícias que formarão o jornal, com a ajuda dos professores para tirar dúvidas ou pedir sugestões. Mas é na sala de informática, com o professor, que todas as edições serão montadas e o produto final ficará pronto. Contudo, por se tratar de uma atividade inovadora e atraente, o educador tem o dever de conduzi-los de tal forma que não interfira de maneira negativa no rendimento escolar dos alunos, mas que seja um incentivo a mais ao crescimento e desenvolvimento cultural.

3 O MOMENTO DOS ALUNOS

É importante frisar que ao findar as séries iniciais, os alunos preparam-se para uma nova etapa da sua vida escolar, totalmente diferente como é o caso da entrada para o 6º ano, nesse momento tudo é novo e aparentemente difícil. Na Escola Major José Tenório os alunos do 5º ano já possuem três professores, que trabalham o "Sistema de Rodízio", onde dividem as disciplinas e trabalham em determinados dias com turmas distintas com o objetivo de acostumar os alunos na troca de professores que vão encontrar no ano posterior. É importante essa preocupação, pois, o aluno não terá um grande impacto emocional ou cognitivo, podendo sentir-se seguro para continuar sua vida escolar.

Considera-se importante a produção do jornal escolar para tais alunos, no sentido de serem da zona rural, a maioria adolescentes, que não tem contato com esse tipo de recurso, além de proporcionar ao professor uma metodologia pedagógica que oferece recursos de pesquisa, do trabalho coletivo e interdisciplinar, ajudando a firmar a identidade dos alunos.

4 INFORMÁTICA & CURRÍCULO

4.1 O papel educativo do computador

O computador pode ser considerada uma fonte de renovação de práticas pedagógicas e a tecnologia pode mudar o modo de ensinar. O foco central dessa mudança são os processos mentais envolvidos no ato de aprender e não na máquina.

Segundo Veiga (2001):

A escola ao introduzir o computador como um meio de aprendizagem não deve deixar que este se torne um artigo de luxo, criando assim adultos egoístas e anti-sociais. Ela deve buscar neste, um meio de desenvolver cidadãos mais críticos, sociais e independentes, repensando assim o seu papel frente a novas tecnologias. Entender o binômio "Computador e Educação" é ter em vista o fato de que o computador se tornou um instrumento, uma ferramenta para aprendizagem, desenvolvendo habilidades intelectuais e cognitivas, levando o indivíduo ao desabrochar das suas potencialidades, de sua criatividade, de sua inventividade. O produto final desse processo é a formação de indivíduos autônomos, que aprendem por si mesmo, porque aprenderam a aprender, através da busca, da investigação, da descoberta e da invenção.

A educação então não pode estar alheia a essa mudança, deixando que ela aconteça apenas fora dos muros da escola, não permitindo que essa tecnologia seja vista como um auxílio no processo de educar. Nossos alunos já se encontram dentro dessas mudanças, não é incomum vermos celulares, mp3 ou outro tipo de tecnologia sendo utilizada naturalmente pelos alunos, a questão aqui levantada é que isso seja visto pela escola como inapropriado para aquele momento, ou seja, a escola ainda não se deu conta que pode estar usando tais ferramentas para trazer a atenção do aluno de volta para as aulas, cumprindo seu papel de formar cidadãos críticos, conscientes e sujeitos de sua própria história.

Por isso não se espera da escola apenas o papel de transmitir conhecimentos. Além disso, ela deve ser uma difusora de novas tecnologias, a fim de permitir que seus alunos tenham chances reais de ingressar no mercado de trabalho cada vez mais competitivo e cada vez mais fazendo uso dessas tecnologias. Portanto, o uso das novas tecnologias é uma necessidade que se mostra cada vez mais evidente e pode ser utilizado como uma estratégia eficaz contra o desinteresse por determinados assuntos abordados no ambiente escolar.

O avanço da tecnologia está acontecendo de forma bastante acelerada no mundo atual, e o computador é um dos meios de comunicação mais utilizado pelas pessoas na atualidade. Em razão disto, é de fundamental importância que alunos da referida escola tenham um direcionamento educativo na utilização da informática e que esse direcionamento possa ir além das aulas da grade curricular.

4.2 O professor e a informática

Quando se fala em mudança educacional, a primeira figura que vem à mente é o professor. Ele é um dos principais agentes responsáveis por tais mudanças de maneira positiva, não adianta o sistema mudar, o aluno querer, a escola se atualizar, se o professor não fizer parte desse processo. Sabe-se que a maioria dos profissionais é da época em que computador era tido como "coisa de rico" e só se via na televisão, porém, o professor é um eterno estudante e esse medo da máquina precisa ser dominado para que as salas de informática em nossas escolas não se resumam a serviço de técnicos e trabalhos burocráticos.

Ver o computador como um aliado no processo ensino-aprendizagem e não como um inimigo é o primeiro passo para que o professor comece a repensar sua prática e conseguir a atenção desse novo aluno "digitalmente informatizado". Segundo CORRÊA (2004):

No Brasil, a utilização da informática como recurso pedagógico iniciou-se nas universidades, enfatizando a utilização da tecnologia a serviço da educação. Mediante esta realidade, estendeu-se sua utilização às escolas e também os professores sentiram a necessidade de rever os conceitos e posturas adotadas em sua prática pedagógica.

A informática tem a função de redimensionar o papel do professor, tornando-o um profissional imbuído do poder de mediação referente a um conhecimento realmente aplicável aos dias atuais, como também na formação de cidadãos participantes e atuantes de uma sociedade cada vez mais competitiva.

Desta forma, a inclusão digital dos profissionais da educação, assim como a inserção dos alunos nesta realidade torna-se de fundamental importância para que, na medida do possível modifique-se o panorama educacional e conquiste-se as mudanças necessárias, objetivando adquirir conhecimentos realmente aplicáveis e condizentes com a realidade em questão.

Carvas e Cotes (2004) questionam sobre esse momento de revolucionar o ensino por meio da inserção da informática nas escolas:

Com erros e acertos, tanto o ensino privado quanto o público estão se adaptando. Alguns professores ainda assistem à transição com medo. Os que não se deixam apavorar colocam sua sede de conhecimento à disposição da novidade. Crianças e jovens por sua vez, desvendam novos mundos e desenvolvem o raciocínio como nunca. [...] O professor deixa de ser informador para ser formador. Por isso, equipar o laboratório sem mudar o estilo das aulas não basta.

A figura humana nunca pode ser deixada de lado, assim, como o professor não pode ser substituído no processo educacional, mas sim se adaptar as novas mudanças, mudanças essas que podem melhorar o ensino e não devem ser ignoradas pelo professor. Convém ressaltar a afirmação de Hammes (2010): "Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias e deve se portar como tal", pois, essa mudança começa com e pelo professor que precisa estar disposto a se capacitar para melhorar sua prática docente frente a essas tecnologias.

Segundo Bandeira (2010):

Nas últimas décadas, novas ferramentas tecnológicas e mídias foram introduzidas em nosso cotidiano numa velocidade quase delirante.[...] Numa era em que especializações técnicas começam a ganhar mais terreno do que as próprias relações humanas, a educação precisa afincar suas estacas, mostrar que acompanha a alucinante revolução da informação. E os programas de formação para domínio da informática estão aí para isso.

O ponto central é a disponibilidade do professor em se preparar para essa nova realidade. Não ter o domínio da tecnologia não significa que seja um mau professor. A situação é que os alunos mudaram, são da geração em que a informática faz parte de seu cotidiano praticamente desde que nasceram: em casa, no supermercado ou no banco; eles se familiarizam com ela de maneira tão natural que intimida o professor. Convém se adaptar para melhor atender aos alunos, tendo o cuidado de utilizar essas ferramentas sociais a favor de um processo pedagógico que chame a atenção deles, pois, "os jovens têm muitas informações que chegam dessas mídias e, se nós conseguirmos explorá-las em salas de aula estaremos, como se fala, unindo o útil ao agradável". (BANDEIRA, 2010).

Assim, o educador tem que conscientizar-se de sua importância no momento da educação, entendendo que ele pode usar o computador para potencializar sua prática pedagógica, considerando que o domínio da máquina não é tão importante quanto saber usá-la no processo educacional. Os alunos, com certeza possuem mais familiaridade com o computador e não pode-se negar esse fato, porém, a presença do professor é imprescindível para direcionar essa predisposição do aluno, dando conteúdo correto para ele trabalhar melhor.

O professor Nogueira (2010) enfatiza:

Como é possível perceber, não é a ferramenta tecnológica sozinha que irá resolver as questões da aprendizagem, mas sim o quê e como trabalhamos com ela. Se a metodologia não for alterada, não há milagre tecnológico que possa dar conta de todos os problemas educacionais.

Muitos são os professores que estão receosos a adaptarem sua prática, talvez porque ainda não tiveram contato com as novas tecnologias. Considera-se que os computadores não irão 'roubar' os lugares dos professores, mas sim irão alterar significativamente o modo de transmissão do conhecimento, tornando-o mais interessante para os alunos, assim a escola ideal seria aquela que a aprendizagem ocorre com e não a partir dos computadores, mas lembrando-se que para essa escola ser tão ideal, a tecnologia deve apoiar o professor, não tornando o seu trabalho mais difícil, oferecendo assim uma maior flexibilidade pedagógica.

5 O PAPEL EDUCATIVO DO JORNAL

O jornal como meio de comunicação de massa é fruto do resultado de vários fatores históricos dentre os quais pode-se citar o surgimento do papel, da tipografia, dos correios, da carta, do livro e da gazeta manuscrita. Tais eventos marcavam, historicamente, o processo evolutivo, das técnicas de comunicação humana e de trocas de mercadorias. Inicialmente, portanto, o jornal não tinha papel educativo nenhum. Sua função era apenas a de transmissão informações através de um meio impresso. Ao longo do tempo, os meios impressos de comunicação, mais como uma estratégia de vendas do que outra coisa, foram se dando conta da importância de estimular os professores a utilizarem esses meios como forma de apoio didático-pedagógico.

Segundo Rodrigues (2005): "É pensando no material de análise e discussão de textos e na transdisciplinaridade que o jornal produz, reproduz e contextualiza e que achamos ser necessário levar este veículo de comunicação para o âmbito da sala de aula". Fazendo do aluno um verdadeiro participante de sua realidade, interagindo na construção da mesma.

Acredita-se que é de fundamental importância aos educadores um mínimo de informação, além daquela obtida na academia, como a que obtemos pelos meios de comunicação. Segundo nos afirma Rodrigues (2005): "Hoje, é possível supor a existência de profissionais sem um nível considerável de informação. E entre estes profissionais, podemos colocar os professores". Por isso, os professores precisam se assumir como interlocutores capazes de fomentar seus alunos nas relações de ensino-aprendizagem.

Assim, o jornal entra como um instrumento importante, pois, nele o professor encontrará assuntos do cotidiano, podendo se transformar num instrumento, uma ponte entre seus materiais didáticos e o mundo a sua volta. Mas para que isso aconteça o professor precisa ter o cuidado de fazer com que o jornal seja usado como um instrumento interessante para os alunos e não para si.

O Guia do Jornal Escolar (2010), publicado pelo Ministério da Educação nos distingue três tipos de jornais que acabam por se confundir com jornal escolar e seu verdadeiro valor pedagógico: o primeiro é o JORNAL DA ESCOLA, cujo objetivo principal é a comunicação institucional, ou seja, informando e valorizando o trabalho de determinada instituição, nessa produção a divulgação dos trabalhos dos alunos é subordinada aos interesses da escola; segundo, temos os JORNAIS ESTUDANTIS que são produzidos por estudantes, organizados em Grêmios, Clube ou Grupos culturais, ele, em contrapartida, prescinde da participação dos professores, pois, o poder de escolha dos conteúdos fica nas mãos dos adolescentes; Já os JORNAIS ESCOLARES não têm os mesmos objetivos dos demais, pois, têm sua diretriz no projeto político-pedagógico da escola, sendo um instrumento da mesma, com seu foco na aprendizagem do aluno e precisam da mediação de um educador.

Na elaboração do Jornal Escolar é preciso estar atento para não cometer o erro de produzir um Jornal da Escola ou Estudantil, o que não significa que o Jornal Escolar não possa publicar notícias da escola, a questão é que esse não pode ser seu foco central, que deve ser a produção de um processo de aprendizagem dos estudantes.

O educador pode fazer no momento da escolha do texto que irá para o jornal excelente oportunidade de debate. Ribeiro (1997) afirma que "participando da elaboração de um jornal, a criança estará mais apta a compreender o que este significa, percebendo a si mesma e a comunidade como agentes de sua história". Mesmo antes de escrever a criança já fala sobre os assuntos cotidianos de seu interesse, participando da vida pública na qualidade de sujeito sem perder a condição infantil, tendo consciência do papel formador da opinião, respeitando o trabalho em grupo que fomenta nos alunos o hábito de troca de conhecimentos. Para Raviolo (2004): "Cidadania deixa de ser palavra já desgastada de tanto mau uso e passa a reluzir de tanta vitalidade". Os resultados do jornal escolar dependem da coerência pedagógica com que for conduzido. A fidelidade dos educadores aos princípios da educação libertadora e a visão crítica em relação às práticas são condições necessárias para o sucesso da proposta. Daí, voltando ao questionamento inicial, a necessidade de um pensamento orientador.

5.1 O jornal como ferramenta metodológica na educação

O educador francês Celestin Baptistin Freinet (1896-1966) é considerado como o precursor do jornal na sala de aula, embora não tenham sido o primeiro a fazer uso do recurso, porém, foi com Freinet que o jornal foi valorizado como recurso pedagógico, por isso, ele constitui a principal referência teórica para quem trabalha com jornal escolar. Para Freinet, o jornal escolar é um exemplo vivo da potência da nova perspectiva pedagógica.

A primeira experiência de Freinet foi em 1924, quando levou o jornal aos alunos de Bar-Sur-Lomp, com a intenção de encontrar um novo caminho para o ensino, pois, acreditava ser possível mudar a realidade da escola, através de ações como a criação de um diário de bordo dos alunos, que se transformou no primeiro "projeto" de jornal na sala de aula. Seus alunos passaram a produzir textos compostos por eles mesmos que foram enviados a outras escolas, dentro de um processo chamado intercâmbio de produções.

Freinet compara o trabalho do professor com jornal escolar a de outros profissionais:

O camponês mostra-nos com orgulho o campo rico de erva ou de espigas abundantes (...) o artesão conserva na sua oficina as obras-primas que constituem títulos de nobreza. O professor nada tem na aula que possa testemunhar a sua ciência e devoção. (...) A página da vida e o jornal escolar constituem exatamente essas obras-primas quotidianas. (FREINET, 1967 apud RAVIOLO, 2010)

Na perspectiva de Freinet, o jornal expressa sempre os resultados de um processo de aprendizagem, assim como a vivência dos alunos na sua produção, que produz mídia testando e ampliando os limites de conhecimento, com a ajuda do educador, alertando para o fato que o jornal escolar nunca poderá substituir ou ser parecido com o jornal convencional.

6 APLICAÇAO PRÁTICA – MATERIAIS E MÉTODOS

A partir da observação com relação aos alunos do 5º ano do ensino fundamental e pela experiência em sala de aula, detectou-se que por mais inovadora que fosse a prática pedagógica não alcançaria-se os objetivos com relação à melhoria da leitura e escrita. Pensou-se, analisou-se e concluiu-se que a ideia de um jornal seria em parte a solução dos problemas, e que o lúdico inserido nas disciplinas seria um método mais fácil para auxiliar no processo de ensino–aprendizagem dos alunos como um todo. Após muita pesquisa e leitura adotou-se alguns passos que foram considerados importantes para o sucesso para criação de um jornal:

1º Passo: escolher série e turma que seria criado e elaborado o jornal. Em seguida, os alunos foram conhecer a sala de informática, recém-inaugurada, onde ficaram à vontade em contato com os computadores. Nesse momento houve apenas a observação para diagnosticar facilidades e dificuldades com o uso da ferramenta.

2º Passo: Os alunos retornaram a sala de informática para executarem atividades lúdicas com software educativo usando o Linux Educacional 3.0, software aberto e de domínio público, as atividades foram realizadas com direcionamento das professoras para auxílio na aprendizagem de alguns conteúdos trabalhados em sala de aula. Esse momento se repetiu por mais seis aulas. Nas últimas duas aulas apresentou-se aos alunos o editor de texto, quando eles descobriram as utilidades desse recurso para a escrita de textos e elaboração de trabalhos escolares, percebendo que o computador não é como um video-game que só serve para jogos de entretenimento. Essas atividades foram significativas, pois, foi quando os alunos começaram a perceber o valor educativo do computador e que ele pode ser um auxiliar na sua própria aprendizagem.

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Figura 1: Alunos manuseando o jornal convencional.

3º Passo: Na sala de aula, se fez uma sondagem entre os alunos sobre o que significava a palavra "Jornal" e obteve-se várias respostas, como: notícias, leitura, informação, conhecimento, educação, trabalho, cultura, fofoca, sabedoria, ciências e ensino. Em seguida, solicitou-se que eles citassem algum nome de jornal que eles já tinham ouvido falar ou visto. Foi perguntado se sabiam que tipo de informação há num jornal e a resposta foi: esporte, política, saúde, trabalho, denúncias, moda, casos, convite, entrevistas, acidentes, justiça, datas comemorativas, comentários e prostituição. Os alunos foram questionados sobre as notícias que mais lhe chamaram a atenção nos jornais e citaram: "O ônibus que caiu no trilho do trem", "Caso Wellington-o massacre na escola", "Terremoto no Japão e Haiti", "A volta do caso Nardoni", "Vulcão que entrou em erupção", "Babás que batem em bebês", "As enchentes", dentre outras. Assim, observou-se que os alunos já têm uma noção de jornal, pelo menos o veiculado pela televisão.

4º Passo: Foi apresentado aos alunos o jornal convencional. Eles o manusearam de forma que pudessem observar que aquele papel também era um jornal e constatar ainda que não só existia jornal televisionado (Ver Fig 1). Nesse momento, questionou-se quantos deles já tinham visto ou tido contato com aquele tipo de material, 71% já tinham tido contato e 29% nunca tinham visto. Foi aberto debate sobre a novidade do momento (Jornal) e o que mais tinha lhe chamado a atenção. Os comentários foram variados, comprovando a eficácia do jornal no desenvolvimento da oralidade, pois, os alunos não mostraram desinteresse em falar sobre o que leram e os comentários foram muito ricos e proveitosos.

5º Passo: A aula seguinte teve como tema: "Ética", um tema transversal que deveria sempre estar presente nas aulas deste a educação infantil. Os alunos foram informados que um jornal deve cobrar ética de quem coleta informação e de quem escreve, devendo ser democrático, crítico e que não faz promoção pessoal ou partidária, que respeita as diversidades, que no caso de denúncia ou de acusação, os jornais dão chances de defesa, ouvindo os dois lados, um jornal nunca deve caluniar pessoas sem provas, nem utilizar palavras pejorativas ou inconvenientes.

6º passo: Foi informado aos alunos que eles, sob a orientação das professoras, participariam da elaboração de um Jornal Escolar trimestral. Após, toda essa sondagem e discussões o primeiro passo foi a escolha de um nome para o jornal, os nomes citados foram sugeridos pelos alunos, como: Jornal Educacional, Escola de Notícias, Diário Escolar, Notícias & Informações, Conhecimento da Escola, Educação & Aprendizagem, Conhecimento em Ação, Ação & Notícias, Informação Escolar. Os dez nomes sugeridos passaram por uma votação, sendo que o nome escolhido com 38% dos votos foi "Notícias & Informações".

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Figura 2: Alunos usando o computador para editar textos.

7º Passo: Nesse momento inicia-se uma nova etapa de visitação à sala de informática, onde foi feito o elo entre os alunos e a nova ferramenta, por meio do editor de texto previamente apresentado, sendo que a partir daquele momento o monitor seria seu caderno e o teclado seu lápis, foi interessante observar como era difícil para alguns alunos o manuseio do teclado e do mouse, mas com toda dificuldade eles mesmos queriam fazer, tornou-se gratificante ver tais alunos, que diante de um quadro e giz eram desinteressados, estavam ali tão interessados e motivados em escrever e ler o que o outro havia escrito (Ver Fig. 2).

8º Passo

Outro momento importante para a concretização do jornal foi a escolha das noticias que comporiam a 1ª Edição do jornal. De todos os temas apresentados e abordados anteriormente foi realizado um sorteio, e os assuntos sorteados foram: sociedade, esporte, humor, cultura, educação, meio ambiente, ciências e lazer. Após esse momento, os alunos reuniram-se em grupos ficando desta forma, cinco grupos com três alunos e três grupos com dois alunos e as temáticas foram sorteados entre os grupos. Lembrando que houve um sorteio, porém, os alunos ficaram com livre escolha dos temas, assim, dentro dos grupos eles faziam troca dos temas que mais lhe agradassem. Cada grupo já com os seus respectivos temas foi em busca de informações, sempre sob a tutela das professoras orientadoras.

9º Passo

Após informações coletadas, fotografias tiradas, ilustrações criadas, os alunos se dirigiram novamente para a sala de informática para a digitação das noticias, onde os próprios alunos, agora mais familiarizados com a ferramenta, digitaram as noticias obtidas.

Essa nova experiência de se criar e elaborar um jornal escolar e com a total participação dos alunos, principalmente das séries iniciais estará ajudando os alunos a ampliar seu universo de conhecimentos, formando escritores e leitores competentes nesse mundo digital. Quanto aos leitores do Jornal escolar "Noticias & Informações", poderão está descobrindo que o jornalismo escolar é um aliado do ensino e que a aprendizagem torna-se mais prazerosa possível. A publicação do jornal "Noticia & Informações" terá um significado: um ato de criação que possibilitara aos alunos o direito de brincar de "gente grande" para descobrir novas opções de ler e escrever sem achar que tal ato do ensino/aprendizagem é um bicho papão, novas possibilidades de interação com o grupo e, no final, cumprir o desafio com a satisfação do dever comprido e o mais importante o enriquecimento intelectual e pessoal.

7 RESULTADOS E DISCUSSAO

Os alunos do 5º ano "D", turma esta composta por vinte e um alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Médio Major José Tenório, do município de Moju, PA, elaborou um jornal cujo nome escolhido foi "Noticias & Informações", com o intuito de trazer o currículo escolar para a realidade cotidiana dos alunos.

A aplicação do processo de elaboração do jornal "Noticias & Informações" visa, além de melhorar o rendimento dos alunos, a partir da melhoria da leitura e da escrita, também como estimular a expressão oral e produção textual, emprestando o valor de relação que esta prática pedagógica atribui ao processo, visto que os alunos passam a se integrar socialmente, dada a necessidade do uso da comunicação e do relacionamento entre si. Tal mecanismo aliado ao domínio de informações resulta na formação de pessoas com sentimento de cidadania, e com potencial para intervir ou manifestar-se diante do que se constata ao seu redor.

Quanto ao teor informativo abordado pelo jornal, as matérias publicadas incluem tipos e gêneros textuais diferentes, presentes no convívio social e na vida do aluno: artigos de opinião, poesias, notícias, acrósticos, charges, dicas (saúde, esporte, trabalho, vivências, lazer, leitura, livros, cultural), recados, bilhetes, cartas, crônicas, contos, receitas, entrevistas, histórias em quadrinhos, adivinhações, charadas, desafios matemáticos, passatempo, classificados, educação, meio ambiente, humor, jogos dos erros, sociedade (política, economia e ciências) etc. Tais contribuições são realizadas observando o critério da contextualização, figurando como tendência educacional de grande valia por apresentar o conteúdo a ser trabalhado pelo professor aliado a uma atividade que mescla o lúdico com o experimental.

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Figura 3: Perfil dos alunos pesquisados.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2011.

Do ponto de vista do construtivismo, tendência educacional em que o aluno participa da construção do conhecimento a partir da prática pedagógica aplicada, tal quesito foi cumprido pelos alunos, visto que todos da turma direta ou indiretamente participaram na produção e elaboração do jornal, buscando noticias, registrando os eventos e fatos, desenhando, assistindo e ouvindo noticias televisionadas, observando o espaço ao seu redor etc. Por isso, todos os alunos que produzirem querem ver seus textos, seu desenho ou sua foto no jornal. O jornal dispõe de oito paginas, pois, inicialmente o jornal "Noticia & Informação" está sendo elaborado por apenas uma turma. Há ainda a necessidade de se fazer uma seleção cujos critérios adotados, entre outros, são: diversidade de tipos e gêneros textuais, priorização dos aspectos textuais (coesão e coerência); não discriminação de textos devido a erros gramaticais ou ortográficos, sendo que os textos com erros gramaticais serão corrigidos pelas professoras orientadoras e com o autor da noticia, uma vez que tais alunos ainda estão no período de aprendizado das convenções sociais da linguagem e da escrita. O uso do jornal escolar foi proposto como metodologia que possibilita ao docente dinamizar suas aulas, assistir seu alunado, conduzir suas atividades de modo a levar ao pensar e ao agir, chegando a uma aprendizagem significativa mais real e produtiva. O processo investigativo foi realizado na escola em questão, por meio de uma análise qualitativa, junto aos alunos do 5º ano, turma "D", visto que foram eles que participaram do processo prático do projeto, por meio do Questionário de Aceitação, que segue no Anexo A, proposto após a elaboração do Jornal Escolar. Foi inicialmente discutido com a direção e coordenação pedagógica da referida escola sobre o desenvolvimento do projeto e a aplicação dos questionários com perguntas abertas e fechadas para levantamento de dados sobre a aprendizagem dos alunos antes e depois da elaboração do jornal. Após a devida autorização (Anexo B), os questionários foram preenchidos pelos alunos, com o auxílio das professoras. A verificação do conhecimento sobre algum contato com o computador antes do projeto foi uma das questões levantadas já que ele seria a principal ferramenta auxiliar para o produto final do trabalho. Pode-se dizer até que o resultado foi satisfatório (Ver Figura 3) , pois, a maioria da turma 67% já teve um contato inicial com o computador e 33% admitiu nunca ter estava a frente de um para fazer qualquer tipo de atividade, porém, levando ao fato que tais alunos que já tiveram contato, relataram que este aconteceu no sentido de brincar, ou seja, o computador era visto apenas como entretenimento. A turma do 5º ano tem um dado muito preocupante: 48% dos alunos estão na faixa etária entre 12 e 16 anos, considerados fora da faixa etária escolar para a referida série e a maioria da turma 52% estão entre 09 e 11 anos.

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Figura 4: Conceito sobre a influência do uso do computador na aprendizagem.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2011.

Quando perguntados sobre a permanência do Jornal "Notícias & Informações" na escola, a turma foi unânime ao responder que isso seria muito importante para incentivar também outros alunos a participarem do projeto. Sobre a influência que o uso do computador teve sobre aprendizagem os conceitos foram significativos para esse projeto (Verificar Figura 4), pois, 53% colocaram excelente, 28% ótimo e 19% bom, confirma-se o papel educativo do computador que leva crianças e jovens a desvendar novos mundos e desenvolver seu raciocínio como nunca, por isso, o ensino já está se adaptando com essa nova ferramenta (CARVAS e COTES, 2004). Com a investigação feita constatou-se que durante a elaboração do jornal 95% teve alguma dificuldade, o que pode-se dizer que já era esperado já que atividade era nova (Ver Figura 3), dentre tais dificuldades pode-se destacar o manuseio do teclado 55%, no sentido de digitar, usar letras maiúsculas, minúsculas, sinais de pontuação, começar parágrafos, ou seja, domínios que eles só passaram a ter com a prática da escrita das noticias; o mouse também foi problema para os alunos, 20% responderam que foi bastante difícil devido não ter a coordenação motora preparada e 25% responderam que escrever a notícia foi mais difícil até mais do que ir atrás da informação, levando aqui a um agravante no sentido de detectar a dificuldade de ler e escrever dos alunos, sendo que alguns ainda não sabiam trabalhar com textos de uma forma organizada e produtiva.

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Figura 4: Dificuldades encontradas durante a elaboração do jornalismo

Fonte: Dados da pesquisa, 2011.

Sobre o significado do Jornal Notícias & Informações para o seu aprendizado 100% dos alunos responderam que teve relevância para seus conhecimentos, (Ver Figura 5) deste porcentual 19% considerou que o manuseio do teclado corretamente foi muito importante; 28% consideraram o fato de aprender por meio dos softwares educativos, desenhar e brincar foi relevante para a aprendizagem; 24% lembraram a questão de ler e escrever textos para os jornais e 29% levantou a questão inicial sobre o valor educativo do computador para a aprendizagem, que ele não serve só para jogos e que possui muitas outras formas de ser usado, inclusive para auxiliar no processo de aprender, lembrando também sobre a comunicação com os outros e a produção do conhecimento.

Para as professoras orientadoras, esse é um projeto de suma importância que objetiva avaliar a aplicação do jornal como prática pedagógica no auxílio ao processo de ensino-aprendizagem. Acredita-se que se for bem trabalhado poderá resultar bons frutos tanto para a escola como para os alunos, que vivenciaram a oportunidade de desenvolver um trabalho a partir das suas próprias ideias, resultando em uma aproximação diferente e divertida da leitura e da escrita e, principalmente, oportunizando os alunos ao uso e o contato com o mundo da informática.

Vale ressaltar que a realidade da zona rural é um pouco distante da realidade urbana. Outro grande diferencial é a diversificação na metodologia de trabalho em sala de aula devido à diversidade de temas que serão explorados e abordado no jornal, possibilitando desta forma o desenvolvimento do senso crítico dos alunos, fazendo se cumprir os quesitos de uma outra tendência educacional, localizada na interdisciplinaridade, além da própria informática educacional.

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Figura 5: Relevância que a elaboração do Jornal teve para a aprendizagem dos alunos.

Fonte: Dados da Pesquisa, 2011.

8 CONCLUSÕES

A partir das atividades coordenadas no sentido de cumprir com as novas tendências para o ensino pautadas nos teores da contextualização, construtivismo e interdisciplinaridade, a elaboração do jornal na escola se mostrou uma prática pedagógica muito útil, visto que os resultados positivos da aplicação foram detectados em todas as suas dimensões, seja pelo interesse por parte dos alunos, seja pela predisposição apresentada em coletar informação, além de serem apresentados a uma importante ferramenta educacional que é o computador. Os alunos podem assim se tornar mais receptivos às disciplinas que estejam sendo abordadas pelo jornal.

O educador também muda de postura mediante a aplicação do jornal escolar, pois, já não é visto como dono do saber e sim como orientador, incentivador, um viabilizador do processo ensino-aprendizagem, um provocador de situações problemas e regulador destes conflitos; que respeite o tempo de cada aluno, aproveitando o conhecimento que o mesmo já tem e parta deles para novos conhecimentos, propiciando, assim, ao aluno o prazer de aprender e de construir numa descoberta constante.

Assim, o jornal na escola representa uma ferramenta promissora, pelo fato de que próprios alunos serão os autores, escritores e desenhistas, levando em consideração o desafio de levar informações e entretenimento a outras pessoas. Acredita-se ainda que, desta forma, tais atividades serão realizadas de maneira prazerosa por parte dos alunos/repórteres, que em situações normais e isentas de práticas pedagógicas inovadoras, apresentam-se desestimulados e desinteressados ao uso da leitura e/ou da escrita.

9 PERSPECTIVAS FUTURAS

O Jornal "Noticias & Informações" ainda não foi divulgado, porém, mesmo antes dos alunos da escola terem acesso aos seus conteúdos, ele já esta aguçando a curiosidade de outros alunos que não fizeram parte de sua elaboração, constatou-se assim que o projeto pode receber contribuição dos outros alunos e futuramente ter a participação ativa de toda a escola.

Pretende-se que professores das series iniciais do ensino fundamental também participem ativamente do projeto com seus alunos, reconhecendo o potencial de cada um, respeitando suas limitações. Com isso, professores das series finais valorizem o trabalho dos outros colegas e também contribuam com sua clientela escolar para o enriquecimento do processo educacional.

Vale ressaltar a participação dos pais no incentivo aos filhos quanto a contribuição no jornal e, principalmente, que ao ver o fruto desse esforço venham a valorizar a pratica pedagógica proposta e que esse incentivo venha a ser de todos os pais e da comunidade escolar em geral.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

  • AUGUSTO, Agnes. Jornal na sala de aula – leitura e assunto novo todo dia. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/jornal-sala-aula-423555.shtml. Acessado em18/01/2011.

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  • CORRÊA, Mara Lucinéia Marques. Disponível em http://www.fiama.edu.br/revista/2004/Dados/comunicacoes/importainfo.htm

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Autores:

Olivia Quaresma Xavier

oliviaquaresma[arroba]yahoo.com.br

Pedagoga, Especialista em Informática Educativa. Professora da rede municipal de Moju (PA).

Maria Dulcinéa Silva Reis

Pedagoga, Especialista em Informática Educativa. Professora da rede municipal de Moju (PA).

Waldinei Rosa Monteiro

Professor Dr. Universidade Federal do Pará.

Monografias.com

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS

CURSO DE ESPECIALIZAÇAO "INFORMÁTICA EDUCATIVA"

Monografias.com

PREFEITURA MUNICIPAL DE MOJU

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇAO

ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO MAJOR JOSÉ TENÓRIO



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