A enfermagem nos cuidados ao paciente com dor



Partes: 1, 2, 3

  1. Introdução
  2. Objetivos
  3. Material e métodos
  4. Revisão de literatura
  5. Considerações finais
  6. Referências bibliográficas

1. INTRODUÇAO

 

Todo indivíduo em algum momento de sua vida vivenciou a experiência de dor. A dor é uma manifestação do organismo para sinalizar algo que não se encontra dentro dos padrões fisiológicos, sendo esta, a responsável por alterações na pressão arterial e frequências respiratória e cardíaca, gerando transtornos no bem estar físico e mental do paciente, uma vez que, é pelo incômodo que a mesma traz ao dia-a-dia dos indivíduos que a sentem, que leva aos mesmos a procurarem atendimento médico. (KAZANOWSKI; LACCETTI, 2005)

Segundo Rigotti; Ferreira (2005, p.50) "em muitos casos, mais do que um sintoma, a dor é a doença em si, e o seu controle é o objetivo do tratamento". A dor é referida como uma percepção particular devendo ser analisada individualmente, no que tange a sua localização, tipo, intensidade e frequência, pois, cada cliente possui capacidade de percepção de dor diferente do outro. Segundo Smeltzer e Bare (2002) a existência de encefalinas e endorfinas em maior ou menor quantidade explicam o porquê de algumas pessoas sentirem dor em diferentes níveis de intensidade a partir de mesmos estímulos, contudo, há autores que afirmam que a dor não é um fenômeno puramente fisiológico, havendo influências de fenômenos psico-sócio-culturais que cercam o indivíduo.

Quando se fala em dor, a tendência é associá-la a um fenômeno neurofisiológico. Admite-se, cada vez mais, que existam "componentes" psíquicos e sociais, na forma como se sente e se vivencia a dor. Esta concepção, no entanto, implica a dor como uma experiência corporal prévia, à qual se agregam significados psíquicos e culturais (SARTI, 2001, p.04).

Conforme Sousa (2002) a dor deve ser mensurada e registrada tanto quanto os sinais de temperatura, pulso, respiração e pressão arterial, sendo esta, considerada também, como um sinal vital que todo ambiente clínico deveria registrar em qualquer admissão hospitalar.

A esse respeito, Fontes e Jaques (2007) afirmam que "pulso, temperatura, respiração e pressão arterial, podem ser mensurados por meio de instrumentos físicos, diferenciando-se da dor, que se trata de um fenômeno subjetivo, em que, o relato do paciente é o indicador mais fidedigno".

Assim, a dor revela-se como uma experiência individual, subjetiva e complexa, pois somente àquele que a sente é capaz de mensurá-la quantitativa e qualitativamente. "A sua quantificação e qualificação são fundamentalmente definidas e baseadas no relato verbal e nas atitudes dos doentes" (SANCHES; BOEMER, 2002, p.387).

"Alguns métodos consideram a dor como uma qualidade simples, única e unidimensional que varia apenas em intensidade, mas outros a consideram como uma experiência multidimensional composta também por fatores afetivo-emocionais" (SOUSA, 2002, p.447).

A exemplo, desses instrumentos, o método unidimensional composto por escalas de categoria numérica/verbal e escalas analógico-visuais, e como multidimensionais indicadores fisiológicos, comportamentais, contextuais e, também, os auto-registros por parte do paciente. O curso e a resolubilidade do tratamento da dor dependem de uma avaliação e mensuração confiáveis e válidas. (SOUSA, 2002)

Existem diferentes tipos de dor e esta variedade dependerá do período de manifestação, local de ocorrência, causa e a resposta individual que cada cliente possui a determinado estímulo doloroso. (KAZANOWSKI; LACCETTI, 2005)

Como exemplos, a dor aguda se diferindo da dor crônica, devido ao período em que esta se manifesta, podendo se estender por um curto período de tempo até que seja solucionada. As dores superficial e visceral ocorrem de acordo com a região acometida. A dor somática se manifesta de acordo com o motivo da lesão, podendo ser este, uma laceração no tecido ou uma carga intensa de exercícios sem o devido preparo. As dores fantasma, neuropática e a resultante de carência ou excesso metabólico, se manifestam de acordo com sua causa.

A dor fantasma é resultante após a amputação de um membro, a dor neuropática é um produto de lesões no sistema nervoso periférico ou central e a dor resultante de carência ou excesso metabólico, ocorre quando há comprometimento circulatório. A resposta que cada indivíduo manifesta mediante a um estímulo de dor dependerá tanto de fatores intrínsecos, como o estado fisiológico e psíquico do cliente, quanto extrínsecos, como os valores sócio-culturais que o norteiam. (KAZANOWSKI; LACCETTI, 2005)

Assim, a dor se mostra como um sinal universal e comum, podendo atingir qualquer organismo, que não se encontre dentro dos padrões fisiológicos.

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