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O ensino/aprendizagem da interação discente de medicina/paciente no acolhimento na área de saúde (página 3)


Partes: 1, 2, 3

"O Polo de Comunicação Clínica, ministrado pelo Professor José Pinto de Queiroz Filho, faz abordagens de fundamental importância para a conduta médica adequada. Os textos, específicos para cada aula, ensinam como ter (construir) uma boa interação médico/paciente, realizar uma entrevista de sucesso, abordar o paciente de forma multiaxial, fazer com que o paciente se sinta satisfeito, respeitado, ouvido, acolhido.

A partir da avaliação crítica escrita (e individual) e da apresentação em grupo, os alunos ficam bem inteirados do tema e têm oportunidade de discuti-lo com o autor do texto. O formato desse polo é muito agradável, pois o contato com o doente e a oportunidade de colocar o aprendizado em prática faz com que se tenha um retorno imediato, através dos depoimentos dos pacientes." Izabel Machado Chaves de Castro

"Da incapacidade de comunicação (do médico, na entrevista) e a consequente desqualificação da conversa ou invalidação do que o paciente está dizendo surgem as iatropatogenias. Para uma comunicação eficaz o médico deve atentar para técnicas de entrevista como adequação da linguagem ao nível social e cultura! do paciente, utilização de perguntas abertas, sempre que possível com reticências, uso de transições sempre que necessário, mudança de tópico durante a entrevista e utilização do tempo de acolhimento para que o paciente expresse sua subjetividade, isto é, suas emoções, dúvidas, ansiedades e temores a respeito de sua patologia.

Outro conhecimento importante foi o de que a patologia do paciente não está restrita ao somático. O acometimento somático pode estabelecer uma relação de causa ou consequência e ter implicações significantes em outros eixos mental, social e pessoal da vida do paciente. Por isso, é importante que seja avaliado nesses quatro eixos para um diagnóstico multiaxial." Alana Almeida Roxo

"A metodologia foi bastante satisfatória. O esquema de envio e leitura prévia dos textos facilitou bastante a comunicação e discussão do conteúdo em sala e, principalmente, foi fundamental no contato com o paciente, tanto em semiologia mental, quanto em semiologia médica (no meu entender a semiologia médica é uma só). A possibilidade de fazer a colheita das informações com o paciente e em seguida discuti-las em sala, enfocando a percepção dele a respeito do nosso atendimento foi muito interessante também, pois nos possibilitou ver de forma mais clara o que poderia ser feito para melhorar o nosso atendimento." Cecília de Oliveira Matos

"A metodologia utilizada foi muito bem aplicada às nossas necessidades. O contato com o paciente na entrevista foi de extrema significância, pois a gente, no papel do cuidador, entendemos o ser humano ao nosso lado (percebemos o paciente como um ser humano polissêmico). As emoções guardadas (escondidas) de todos, foram desabafadas perante nossos olhos através de palavras, choros e olhares. O alívio instantâneo que sentiam após a entrevista, a "limpeza da alma", tudo isso nos mostrou que esse é o caminho certo para o médico seguir. As apresentações coletivas tiveram sua importância no que diz respeito a integração entre os colegas e também no conhecimento passado. Um dos pontos mais fortes da aula foi sem dúvida o feedback dos pacientes pós entrevista. Ter conhecimento de como eles se sentiram durante e após a entrevista foi marcante e inovador, e só comprovava o que tínhamos discutidos anteriormente sobre o comportamento humano e a interação entre o médico e o paciente. Meu aprendizado foi nota dez, aprendi sobre a importância de escutar, de perceber os pormenores da entrevista médica, de saber ler nas entrelinhas a real necessidade do paciente e acima de tudo, de por em prática todas essas coisas." Carla Funato de Mendonça

"A atividade de apresentação em grupo foi bastante válida, pois se constituiu num momento de aprendizado mútuo. O texto lido e apresentado foi bem trabalhado e a idéia de confrontar o texto sobre comunicação normal com o texto de comunicação iatropatogênica, foi uma forma de trabalharmos com as diversas faces da comunicação. Ter trabalhos que tenham como objetivo explorar a comunicação entre médico e paciente é importante, pois apenas através da comunicação efetiva é que a interação médico paciente será bem-sucedida." Mariana Mascarenhas Assis

2.11. CRÍTICAS E SUGESTÕES

"Uma crítica que vou fazer é com relação as filmagens das aulas, pois dificulta a desenvoltura de alunos mais tímidos. Assim, há uma certa inibição de alguns alunos ou até mesmo colocações tendenciosas (confesso, não entendi) a partir desse método. (Nos dois semestres letivos, as aulas só foram filmadas no último mês do primeiro semestre de 2011, com a anuência dos/as pacientes que assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Sobre os/as discentes disse-me, Gerson, cinegrafista do Cedete, que outros professores consultaram o setor jurídico da Escola a respeito da filmagem dos/das discentes e foram informados que se eles estivessem participando de aulas curriculares não haveria nenhum impedimento legal. Mesmo assim, disponibilizei para os/as alunos/as o mesmo Termo de Consentimento. Durante as oito aulas nenhum formulário foi assinado) (...) A outra crítica com relação à matéria seria o tempo de cada módulo, pois sempre quando começamos a nos tornar mais aptos nas atividades de um módulo há o rodízio e isso nos impede de solidificar algumas "artimanhas" (melhor dizer, algumas técnicas, táticas e estratégias comunicacionais) que facilitam a interação médico paciente no âmbito daquele módulo."  Sâmara Fernandes Santos Martins

"Não acho muito proveitoso para o aluno a feitura de avaliações críticas sobre os textos. Sugiro que seja implantada a feitura de textos sobre o que se aprendeu ao fim de cada aula, talvez isso desse maior visão ao professor em relação ao aproveitamento de cada um.

Acredito que sejam válidas as apresentações coletivas, talvez fosse melhor uma organização, por parte do professor, em relação ao tempo para cada grupo. Vejo o acolhimento e o contato com os pacientes como o diferencial da matéria. Sugiro um pequeno treinamento prático, por meio de teatralização (prefiro o contacto do aluno com o paciente real), sobre o que irá ser feito antes do consultório para dar maior segurança aos alunos."  Zenon Rei de Brito Borges

"Os textos trazem uma abordagem muito boa sobre a interação do médico com o paciente, trazem técnicas e metodologias que ajudam no desenvolvimento de um comportamento médico que propicia ao paciente um ambiente confortável para a interação. Entretanto acho que os textos da segunda e da terceira aula são um pouco repetitivos eles trazem o mesmo assunto e poderiam ser condensados (Na verdade, trata-se de um mesmo texto sobre comunicação clínica, dividido em duas partes: a normal e a patológica). Já o texto da última aula (referindo-se ao texto, Semiologia das Funções Mentais) é muito denso e poderia ter sido dividido em duas partes, para uma compreensão e discussão mais aprofundada. A interação com os pacientes foi excelente, foi uma oportunidade ímpar de praticar o que estava nos textos e durante o curso de medicina talvez uma das poucas oportunidades de não termos de fazer uma anamnese engessada e termos tempo para verdadeiramente conhecermos o paciente". Francine de Sousa

"Uma crítica que tenho ao funcionamento do polo de Desconstrução de Paradigmas Médicos é quanto ao curto período de tempo que tivemos. Creio que quatro semanas são insuficientes para a grande quantidade de conhecimento que nos é exposto nesse polo. Não que quatro semanas sejam insuficientes para aprendermos algumas coisas, mas, caso tivéssemos mais semanas, tenho certeza que teríamos uma experiência muito mais enriquecedora. No mais, gostei bastante da experiência que tive nessas semanas e tenho certeza de que tudo que aprendi me ajudará muito nas minhas atividades futuras, como acadêmico em anos posteriores e como médico." Felipe Santos Passos

"Penso que esse ramo de semiologia mental deveria ser dado no inicio do semestre, pois ele passando um conteúdo tão primário e essencial (substituo o primário por pragmático e exeqüível, mas concordo com o essencial) a interação medico-paciente, teria facilitado bastante o nosso primeiro contato no hospital. Embora a bibliografia tenha ajudado bastante, outros livros texto poderiam ter sido recomendados e discutidos em sala."  Cecília de Oliveira Matos

"Acho que esse estágio deveria ocorrer no início do curso para todos os alunos. Sei que é algo complicado de realizar, mas acho muito necessário. O quinto semestre é quando começamos a frequentar hospitais e interagir de maneira mais próxima com o paciente para fazermos as semanais anamneses em Semiologia Médica, sendo o contato inicial com o paciente muito difícil [principalmente no que diz respeito a saúde mental]. Me senti um pouco prejudicada pois não tive a oportunidade de colocar em prática, em um ambiente fora da aula, as técnicas aprendidas. Acredito que se tivesse tido essas aulas um pouco antes as entrevistas realizadas no hospital teriam uma qualidade e rendimento superior." Izabel Machado Chaves de Castro

"A única crítica que eu tenho a fazer é em relação ao tempo. Acho que quatro encontros nesse polo é muito pouco, mas sei que infelizmente fica difícil estender a matéria(...) Algumas apresentações foram comprometidas devido ao tempo da apresentação de outros colegas, acho que antes das aulas os alunos deveriam ter em mente um tempo pré-definido para se apresentar, por exemplo, 5 minutos sem acréscimos.  Fora isto não tenho outras sugestões ou crítica." Bruno Corrêa Lordelo

"A única coisa que tenho a reclamar é o pouco tempo para cada polo. Tanto no primeiro polo que passei, com a professora Célia no AMA, como neste, tive a sensação de que quatro semanas é pouco tempo e que aproveitaríamos mais se tivéssemos mais aulas." Gabriela Novaes Brito

"As atividades de apresentação foram um tanto quanto trabalhosas, não pelo fato de serem cansativas, mas pela rotina de estudo e o ritmo imposto pela faculdade, que não propicia um aprofundamento adequado em determinadas matérias que serão importantes para o futuro de todo médico. As avaliações individuais são interessantes, mas acho que deveria haver um maior retorno quanto ao conteúdo das mesmas. O processo de atividade com os pacientes foi muito bom, sendo uma surpresa o fato de como fluiu facilmente em todas as suas etapas, desde o acolhimento até a entrevista e o repasse final. Todavia o preenchimento das fichas deveria ser mais explanado para os alunos, pois de início houve um grande desentendimento do que deveria ser feito." Luiz Aberto Bouzas Regueira

2.12. A CONTRIBUIÇAO DE AUXILIARES DE ENFERMAGEM E ADMINISTRATIVOS

Foi fundamental para a feitura da pesquisa. As auxiliares de enfermagem ficaram encarregadas de buscar os/as pacientes na recepção e trazê-los para a consulta. Alex, o administrador do ambulatório, arrumava a sala de aula (com as cadeiras dispostas em semicírculo, conforme as minhas instruções) e disponibilizava o sistema audiovisual e os consultórios para a abordagem multiaxial.

3.00. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O atual modelo focado no corpo físico e sustentado pelo cartel da indústria farmacêutica, desde há muito vem mostrando suas limitações consubstanciadas na comprovação factual de que a mera supressão transitória dos sintomas das enfermidades ajuda, alivia sofrimentos, mas não cura as doenças.

A proposta deste trabalho foi a de explicitar de maneira categórica um modelo de consulta médica -, a abordagem multiaxial -, que pretende estabelecer um novo paradigma semiológico/terapêutico na busca da saúde integral.  

Como resultado, emergiu este relato que expôs, sem reservas, as entranhas de uma sala de aula onde se desenvolveu um processo ensino/aprendizagem que foi posto em prática, testado, validado por resultados semiológicos e terapêuticos qualitativos e quantitativos. Incluso a humanização da consulta médica que é a essência da política de saúde do SUS, na qual o acolhimento representa uma "atitude" relacionada ao componente ético do cuidado que se produz ou não, no campo da assistência.

A abordagem multiaxial pode substituir, com vantagens, o tosco e dinossáurico[23] tópico complementar da anamnese engessada intitulado "Avaliação psicossocial e personalidade" ou "Perfil pessoal e social", título incluído na" Ficha de Consulta do ADAB" e localizado simbolicamente no final da anamnese e antes do exame físico. Trata-se de um item da anamnese engessada reconhecidamente de pouco proveito e pouca serventia para orientar o médico e ajudar o paciente.

A abordagem multiaxial (com destaque para a etapa de boas-vindas ou acolhimento) é um procedimento técnico da ordem das práticas e das interações que se estabelecem entre os serviços, os trabalhadores e os usuários configurando espaços de encontro e de escuta entre seres humanos, na sua dimensão mais ampla.

Para concluir, entendo que a grande, premente e crucial questão a ser enfrentada na implementação do procedimento multiaxial é a constatação de que, até o presente momento (2011), ele ainda não é a práxis de rotina da maioria dos médicos brasileiros. Tal fato indica que para ser legitimado faz-se urgente que se ensine como fazer, e se divulgue, à exaustão, o seu contundente sucesso semiológico/terapêutico que resulta fundamentalmente do aprofundamento da troca de saberes entre o paciente, o médico, a família e a sociedade. Tenho dito!

APÊNDICE.01

ANÁLISE CRÍTICA DO TEXTO  SEMIOLOGIA DAS FUNÇÕES MENTAIS

Escola Bahiana de Medicina e saúde pública Professor: José Queiroz - Aluna: Mariana Tinoco Lordello de Souza Número: 57 Turma: Terça-feira

"O texto Semiologia das Funções Mentais se mostrou, a meu ver, inovador e me apresentou, por várias vezes, afirmações que a princípio me pareceram equivocadas, mas que logo depois me convenceram completamente e abriram a minha visão quanto ao que foi afirmado. Exemplificarei a seguir:

Dizer que "é a memória, e não a consciência, a nossa função mental mais importante" me trouxe certa discordância a princípio, pois a consciência sempre me pareceu uma função não só mais importante como também mais nobre e complexa. No entanto a justificativa para tal colocação, relacionando a memória à materialização e possibilidade de existência do passado, que é sabiamente descrito como a única coisa que realmente possuímos, fez-me enxergar o quanto essa função é vital e rege todas as demais.

Seguindo a leitura, me deparei com a consideração de que a mente teria essência física, já que só o físico pode agir sobre o físico. A frase seguinte logo me elucidou: os eventos mentais são físicos/químicos sem, no entanto, deixar de ser subjetivos. A subjetividade, no senso comum, está geralmente ligada a algo etéreo. Um simples raciocínio nos mostra que ela pode, sim, estar relacionada a algo físico, material e palpável.

No mais, de uma forma geral, o texto é bem escrito e não dá margens a muitas discordâncias por tratar de questões factuais, comprovadas e estudadas previamente; sendo assim é mais uma fonte de informação que de reflexão." Ana Carolina Souza Coelho

"O texto passeia pela análise do cérebro como órgão cujo desenvolvimento histórico foi julgado sobre muitas hipóteses e misticismo, e desbrava esses fatos com análises que considerei muito interessantes. Em especial, me chamou a atenção o esclarecimento acerca das funções cerebrais, além da distinção entre cérebro e mente, a qual nós conseguimos diferenciar de forma intuitiva, mas costumamos não saber verbalizar essa distinção.

A complexidade cerebral em números, em relação às sinapses e aos neurônios, como é mostrado no texto é impressionante e era por mim desconhecida. Demonstra a importância do cérebro e a dimensão do que ainda é desconhecido peíos cientistas e médicos. Essa clareza da ignorância em que ainda vivemos com relação a esse órgão possibilita aos cientistas conseguir cada vez mais descobertas e estimula o desenvolvimento de novas pesquisas.

Outra questão que me chamou atenção foi o não funcionamento isolado das funções mentais e os fundamentos do encadeamento causal a qual estão submetidas.

A neuroanatomia, bem como as funções básicas do cérebro e muitos conceitos contidos no texto deveriam ser de conhecimento de todo médico, tendo em vista a indissociabilidade entre a condição física e a condição mental dos indivíduos. Destarte, as patologias seriam tratadas de maneira mais ampla e, sem dúvida, mais efetiva." Mariana Tinoco Lordello de Souza

Aluna: Gabriela Biscaia Data: 27/10/2011 Turma: quinta-feira

Análise Crítica do texto Pequeno Guia de Entrevista Médica

"O texto Pequeno Guia de Entrevista Médica chama a atenção para diversas questões de extrema importância na prática médica, mas ultimamente muito esquecidas. Particularmente a primeira frase do texto, 'A entrevista médica que contém a anamnese, e não o contrario, como se costuma pensar" me chamou muito a atenção, eu nunca havia analisado a situação desta maneira. Na prática apenas chegamos ao paciente para colher a história de sua moléstia (física), e, como conseqüência, entrevistá-lo e tentar saber um pouco mais de sua 'vida além da doença'. Os resultados normalmente não são tão bons e o vínculo médico-paciente formado é frágil e debilitado, sem um bom grau de confiança mútua. Vale ressaltar também a questão da linguagem não verbal que é fundamental para uma entrevista bem sucedida, principalmente quando estamos no início do processo de aprendizagem e que não temos idéia de como isso afeta o resultado final.

Outra citação que faço questão de lembrar é "a entrevista funciona como um valioso instrumento propedêutico e terapêutico". A entrevista como instrumento terapêutico é, com certeza, algo em extinção no âmbito médico, e, portanto, não informado aos mais novos aprendizes. No sistema público de saúde, onde ocorre a maior parte da formação acadêmica dos estudantes de medicina, é algo ainda mais raro por conta das carências já bastante conhecidas. Por isso que chamar atenção para este papel do médico é algo que deve ser colocado desde o início do curso.

A forma como a entrevista será conduzida não deve ser aleatória e o texto esclarece muito bem essa questão, mostrando com detalhes as principais etapas que devem estar presentes em uma boa entrevista. A empatia com paciente nasce justamente deste momento, e é desta relação (interação) que se consegue a confiança necessária para um real entendimento do problema e uma posterior boa adesão ao tratamento."Gabriela Biscaia

"O texto (Pequeno Guia da Entrevista Médica) aborda aspectos extremamente importantes em uma entrevista clínica. O primeiro ponto que me surpreendeu foi a inserção da anamnese dentro da estrutura da entrevista e não o contrário, como sempre imaginei que fosse. Refletindo sobre o tema, achei muito coerente esta colocação, pois, realmente, a anamnese é apenas uma etapa de um processo muito maior de interação entre o médico e seu paciente.  (...) O texto traz muitas informações, deixa claro que a entrevista é um procedimento que concilia a linguagem verbal com a linguagem averbal, ou seja, o médico deve estar atento às entrelinhas da conversa. Além de um bom questionador, o médico deve ser ainda melhor observador e ouvinte.

Acredito que de fato a primeira impressão é a que fica. Então o primeiro contato com o paciente deve ser amigável, o paciente deve se sentir confortável e seguro. O médico deve passar confiança e interesse pelo problema. Um paciente que não se sente seguro com o médico, provavelmente vai omitir informações que podem ser providenciais para uma consulta e tratamento bem sucedidos. (...) Acho importante estarmos sempre abordando esse assunto, para que nunca seja esquecido o quão é importante. Espero sempre poder valer desses ensinamentos me comprometendo a dar o melhor de mim e que o "saber adquirido, a palavra adequada, o carinho esperado, o apoio confortador" (Prof. Dr. José Pinto de Queiroz Filho) nunca me faltem."

"O texto traz um formato de abordagem novo, para uma nova proposta de atendimento ao paciente já preconizada pela EBMSP desde o seu processo seletivo, que visa dar a abordagem clínica um olhar ampliado, visando não só a doença física, e sim, todos as interfaces  humanas mentais, sociais e pessoais. Desta forma, possibilita-se uma releitura da relação (interação) médico-paciente, que está dentro do contexto atual de re-humanização da medicina, trazendo grandes benefícios para o paciente, para o profissional de saúde e para o sistema de saúde como um todo. (...) A divisão do diagnóstico multiaxial em eixos proporciona uma avaliação individualizada de cada paciente, pois ao final do atendimento, com o diagnóstico dado por cada eixo (mental, somático, interpessoal e pessoal), torna-se possível uma abordagem específica e diferenciada de acordo com a demanda de cada paciente." Renan Lessa Rodrigues

"O texto Pequeno guia da entrevista clínica é muito interessante e abre nossas cabeças para outras vertentes, que não são tão simples de ser abordadas nem aplicadas se não houver o direcionamento correto. E o texto nos dá essa orientação passo-a-passo.

O texto mostra a "anamnese" e a "entrevista" como dois conjuntos distintos em que o primeiro está contido no segundo. Esse conceito é imprescindível e, no mínimo, determinante, porque se confronta com a realidade da maioria dos atendimentos médicos que acontecem atualmente." Yasmin Luz

"Posso falar, por experiência própria, que existem médicos que não respeitam nenhum desses preceitos, como, por exemplo, o de deixar o paciente falar, se expressar, ou de apresentar um semblante que expresse pelo menos um pouco de prazer ou vontade de fazer aquilo que está fazendo. São inúmeros os médicos que simplesmente mandam você sentar no consultório, te fazem mil perguntas, somente à respeito da patologia (somática), escrevendo no prontuário tudo que está sendo dito, sem nem olhar para o paciente. É possível que, dois minutos depois, o médico não reconheça um cidadão que acabou de atender. Além disso, é muito importante ressaltar, o uso de expressões de acolhimento e de despedida que podem ser usadas que, a principio, não fazem muita diferença, mas somadas ao olhar, ao semblante do médico, sua postura e seu modo de falar, com certeza irá ser um momento de grande ganho na relação (interação) médico paciente.

Para encerrar, gostaria de deixar claro que sou a favor de que textos como o que foram apresentados sejas lidos por todos, pois, com certeza, não temos que ser médicos de doenças (físicas), mas sim de seres humanos, como um todo."  Nestor Moreira Neto

Habituei-me a construir uma interação docente/discente dinâmica, amigável, transparente, motivadora e produtiva buscando facilitar o aprendizado de conteúdos formativos e informativos. Os depoimentos relatados sinalizam o que obtive de retorno no que se refere aos resultados didáticos desejados.

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Referências:

[1] Acolher é dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crédito a, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975).

[2] Acolhimento nas práticas de produção de saúde, série B, textos básicos de saúde, Brasília, DF, 2006.

[3] O instrumento mais antigo da divisão do dia em horas é um relógio de sol egípcio datado de 1.500 a.C.  Foi utilizado para medir a sucessão das horas ou do tempo por meio da visualização da incidência da luz solar na terra em diferentes posições e era justamente essa variação que fornecia as horas. 

[4] O universo; o espaço universal composto de matéria e energia e ordenado segundo suas próprias leis.

[5] Equivoco análogo à relação que se faz, hoje, entre o cérebro e o computador. O cérebro pode ser tudo, menos uma máquina.

[6] Reducionismo é o procedimento ou a teoria que decompõe (reduz) todo fenômeno complexo a seus termos mais simples e considera-os mais fundamentais do que o próprio fenômeno.

[7] CAPRA, Fritjof, O Ponto de Mutação, Ed. Cultrix, décima edição, São Paulo, SP, 1985.

[8]  No século XVII, William Harvey desvendou o processo da circulação sanguínea; Claude Bernard, em cuidadosas experimentações, contribuiu decisivamente para a compreensão dos fenômenos fisiológicos do organismo; também criou o conceito de homeostasia (equilíbrio dinâmico do organismo); Rudolf Virchowpostulou como base da ciência médica, as mudanças da estrutura das células produzidas por doenças; Louis Pasteur demonstrou a co-interação entre bactérias e doenças infecciosas. Todos os citados, fundamentaram-se  nos princípios biológicos e mecanicistas

[9] DESCARTES escrevia em latim, e o seu nome latino era Cartesius. Daí surgiu o termo Cartesianismo para designar todo pensamento com as características racionais, rigorosas e metódicas de Descartes.

[10] BERTALANFFY, Ludwig Von in Teoria Geral dos Sistemas.

[11] Excetuam-se os casos de urgência, nos quais o ser humano precisa ser tratado como uma máquina defeituosa, ainda que de forma transitória.

[12] WATZLAWICK, Paul et autores, Pragmática da comunicação humana, Ed. Cultrix, 1973, São Paulo, SP.

[13] NINA Vasconcelos Guimarães, A Irreverência do Mestre Cecchin in http://www.abratef.org.br/artigos_imprime.php?id_artigo=3. 15.08.2011, às 18h e 10m.

[14] BRANCO, Rita Francis Gonzales y Rodrigues. A Interação com o Paciente: teoria, ensino e prática. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

[15] STEWART, M et autores, The impacto of patient-centered care on outcomes, Journal of Family  Practive, vol 49, no. 9, 2000, citado por SANDERS, Lisa in Todo paciente tem uma história para contar, mistérios médicos e a arte do diagnóstico, Zahar,  2010, Rio de Janeiro, RJ.

[16] SANDERS, Lisa, Todo paciente tem uma história para contar. Mistérios médicos e a arte do diagnóstico, Ed. Zahar, Rio de Janeiro, RJ, 2010.

[17]  PENDLETON, David et al., A nova consulta, desenvolvendo a comunicação entre médico e paciente, Artmed, 2011, RS.

[18] Problematizar – pensamentos plurais interagindo com respeito e ampliando o bom debate.

[19] Discentes do 3º. ano da EBMSP

[20] SANTOS, Maria Stella de Azevedo, Iyalorixá do Ilê Axê Opô Afonjá

[21] Os títulos dos demais textos foram:

Trabalho de grupo - Apresentação e debate;

Texto 01: Comunicando-se com o paciente, parte 1.

Texto 02: Iatropatogênica, - A comunicação mal sucedida entre médico e paciente, parte 2.

Texto 03: Semiologia das funções mentais.

Trabalho individual - Resenha crítica:

Texto 04: Diagnóstico multiaxial: Noções fundamentais.

Texto 05: Medicina: Novas competências, novos desafios.

Texto 06: Comunicando-se com o paciente terminal.

[23] Pessoa, procedimento ou instituição considerada ultrapassada, mantida pela força da tradição.

 

Autor:

José Pinto de Queiroz Filho

mrjsutice2010[arroba]hotmail.com

Ex-Professor adjunto de Psiquiatria e Semiologia Mental da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública de Salvador, Bahia, Brasil

Tema recortado do polo de Comunicação Clínica da disciplina Semiologia Mental1, da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública de Salvador, Bahia.

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