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Ética (página 2)


Quando começa a especulação ética, concepções como as de dever, responsabilidade e vontade – tomadas como objectos últimos de aprovação e desaprovação moral – já estão dadas e já se encontram há muito tempo em operação. A filosofia moral, em certo sentido, não acrescenta nada a essas concepções, embora as apresente sob uma luz mais clara. Os problemas da consciência moral, no instante em que essa pela primeira vez se torna reflexiva não se apresentam, estritamente falando, como problemas filosóficos.

Ela se ocupa dessas questões justamente porque cada indivíduo que deseja agir correctamente é constantemente chamado a responder questões como, por exemplo, "Que acção particular atenderá os critérios de justiça sob tais e tais circunstâncias?" ou "Que grau de ignorância permitirá que esta pessoa particular, nesse caso particular, exima-se de responsabilidade?" A consciência moral tenta obter um conhecimento tão completo quanto possível das circunstâncias em que a acção considerada deverá ser executada, do carácter dos indivíduos que poderão ser afectados, e das consequências (à medida que possam ser previstas) que a acção produzirá, para então, em virtude de sua própria capacidade de discriminação moral, pronunciar um juízo.

O problema recorrente da consciência moral, "O que devo fazer?", é um problema que recebe uma resposta mais clara e definitiva à medida que os indivíduos se tornam mais aptos a aplicar, no curso de suas experiências morais, aqueles princípios da consciência moral que, desde o princípio, já eram aplicados naquelas experiências. Entretanto, há um sentido em que se pode dizer que a filosofia moral tem origem em dificuldades inerentes à natureza da própria moralidade, embora permaneça verdade que as questões que a ética procura responder não são questões com as quais a própria consciência moral jamais tenha se confrontado.

O fato de que os seres humanos dão respostas diferentes a problemas morais que pareçam semelhantes ou mesmo o simples fato de que as pessoas desconsideram, quando agem imoralmente, os preceitos e princípios implícitos da consciência moral produzirão certamente, cedo ou tarde, o desejo de, por um lado, justificar a acção imoral e pôr em dúvida a autoridade da consciência moral e a validade de seus princípios; ou de, por outro lado, justificar juízos morais particulares, seja por uma análise dos princípios morais envolvidos no juízo e por uma demonstração de sua aceitação universal, seja por alguma tentativa de provar que se chega ao juízo moral particular por um processo de inferência a partir de alguma concepção universal do Supremo Bem ou do Fim Último do qual se podem deduzir todos os deveres ou virtudes particulares.

Pode ser que a crítica da moralidade tenha início com uma argumentação contra as instituições morais e os códigos de ética existentes; tal argumentação pode se originar da actividade espontânea da própria consciência moral. Mas quando essa argumentação torna-se uma tentativa de encontrar um critério universal de moralidade – sendo que essa tentativa começa a ser, com efeito, um esforço de tornar a moralidade uma disciplina científica – e especialmente quando a tentativa é vista, tal como deve ser vista afinal, como fadada ao fracasso (dado que a consciência moral supera todos os padrões de moralidade e realiza-se inteiramente nos juízos particulares), pode-se dizer então que tem início a ética como um processo de reflexão sobre a natureza da consciência moral.

A ética, independente da dimensão em que se apresenta social ou individual, tem como objectivo, servir à vida, sua razão é o ser humano, seu bem estar, de forma que provenha a felicidade.

A especulação ética na Grécia não teve início abrupto e absoluto. Os preceitos de conduta, ingénuos e fragmentários – que em todos os lugares são as mais antigas manifestações da nascente reflexão moral –, são um elemento destacado na poesia gnómica dos séculos VII e VI a.C. Sua importância é revelada pela tradicional enumeração dos Sete Sábios do século VI, e sua influência sobre o pensamento ético é atestada pelas referências de Platão e Aristóteles. Mas, desde tais pronunciamentos não - científicos até à filosofia da moral, foi um longo percurso. Na sabedoria prática de Tales, um dos sete, não conseguimos discernir nenhuma teoria da moralidade. No caso de Pitágoras, que se destaca entre os filósofos pré-socráticos por ser o fundador não apenas de uma escola, mas de uma seita ou ordem comprometida com uma regra de vida que obrigava a todos os seus membros, há uma conexão mais estreita entre as especulações moral e metafísica.

A doutrina dos pitagóricos de que a essência da justiça (concebida como retribuição equivalente) era um número quadrado indica uma tentativa séria de estender ao reino da conduta sua concepção matemática do universo; e o mesmo se pode dizer de sua classificação do bem ao lado da unidade, da recta e semelhantes e do mal ao lado das qualidades opostas. Ainda assim, o pronunciamento de preceitos morais por Pitágoras parece ter sido dogmático, ou mesmo profético, em vez de filosófico, e ter sido aceito por seus discípulos, numa reverência não - filosófica, como o ipse dixit do mestre. Portanto, qualquer que tenha sido a influência da mistura pitagórica de noções éticas e matemáticas sobre Platão, e, por meio deste, sobre o pensamento posterior, não podemos ver a escola como uma precursora de uma investigação socrática que buscasse uma teoria da conduta completamente racional. O elemento ético do "obscuro" filosofar de Heraclito ( 530-470 a.C.) – embora antecipasse o estoicismo em sua concepção de uma lei do universo, com a qual o sábio buscará se conformar, e de uma harmonia divina, no reconhecimento da qual encontrará sua satisfação mais verdadeira – é mais profunda, mas ainda menos sistemática. Apenas quando chegamos a Demócrito, um contemporâneo de Sócrates e último dos pensadores originais que classificamos como pré-socráticos, encontramos algo que se pode chamar de sistema ético.

Os fragmentos que permaneceram dos tratados morais de Demócrito são talvez suficientes para nos convencer de que reviravolta da filosofia grega em direcção à conduta, que se deveu de facto a Sócrates, teria ocorrido mesmo sem ele, ainda que de uma forma menos decidida; mas, quando comparamos a ética democriteana com o sistema pós-socrático com o qual tem mais afinidade – o epicurismo – descobrimos que ela exibe uma apreensão bem rudimentar das condições formais que o ensinamento moral deve atender antes que possa reivindicar o tratamento dedicado às ciências.

A verdade é que nenhum sistema de ética poderia ter sido construído até que se direccionasse a atenção à vagueza e inconsistência das opiniões morais comuns da humanidade. Para esse propósito, era necessário que um intelecto filosófico de primeira grandeza se concentrasse sobre os problemas da prática.

Em Sócrates, encontramos pela primeira vez a requerida combinação de um interesse proeminente pela conduta com um desejo ardente por conhecimento. Os pensadores pré-socráticos devotaram-se todos principalmente à pesquisa ontológica; mas, pela metade do século V a.C. o conflito entre seus sistemas dogmáticos havia levado algumas das mentes mais afiadas a duvidar da possibilidade de se penetrar no segredo do universo físico. Essa dúvida encontrou expressão no cepticismo arrazoado de Górgias, e produziu a famosa proposição de Protágoras de que a apreensão humana é o único padrão de existência. O mesmo sentimento levou Sócrates a abandonar as antigas investigações físico-metafísicas. Essa desistência foi incentivada, sobretudo, por uma piedade ingénua que o proibia de procurar coisas de cujo conhecimento os deuses pareciam ter reservado apenas para si mesmos. Por outro lado, (excepto em ocasiões de especial dificuldade, nas quais se poderia recorrer a presságios e oráculos) eles haviam deixado à razão humana a regulamentação da acção humana. A essa investigação Sócrates dedicou seus esforços.

Sua importãncia para qualquer homem na sociedade

A ética é importante porque os valores morais são expressos e adquirem um carácter normativo. A ética é a mais importante de todas as ciências porque visa o fim ultimo do homem no qual ele encontra a felicidade e, estima no outros homens e na sociedade, muito mais no seu lar, na família e na comunidade onde vive.

O estudo da ciência concebe solidez e bem estar porque traz consigo muita felicidade.

A ética tem vários princípios de grande utilidade no momento de orientar ou dirigir a conduta humana; sobre tudo nos lugares de trabalho, nas escolas em fim, em todos os lugares onde nos encontramos.

Ela serve bálsamo para certos assuntos.

Quando nos falta o conhecimento desta ciência, sempre facilmente nos deixamos pelos obstáculos, coisas ínfimas que não nos dignifica como um ser humano sendo racional. Por isso, o estudo da ética resulta imprescindivelmente para compreender as éticas que obrigam a todas as pessoas humanas o bom comportamento no pensar, no agir, falar, ensinar e fazer algo em actividade que a pessoa vir a fazer em cumprimento do seu dever moral na ordem natural.

O homem e o trabalho

O trabalho é antes de mais um processo que se realiza entre o homem e a natureza, um processo em que o homem com a sua própria actividade estabelece, regula e controla o metabolismo entre si na natureza (Siussiukálov, 1982).

A interacção entre a sociedade e a natureza é importante para o homem, não somente sobre o ponto de vista da produção, mais também da saúde e da morais, tendo ao mesmo tempo um valor estético e científico.

Urgência da educação ética

As normas da sociedade que estamos falando têm muito a ver com os valores morais. Esses são os meios pelos quais os valores de uma socidade são expressos e adquirem um carácter normativo, isto é, obrigatório.

Quando todos aceitam os costumes e valores morais estabelecidos na sociedade, não há necessidade de discussão sobre elas. Mais quando surge questionamento sobre a validade de determinados valores ou costumes surge a necessidade de fundamentar teoricamente estes valores devido uma norma prática.

Os homens diferenciam-se mais pelo carácter ético ou moral que imprimem as duas vias do que quaisquer outras habitações ou categorias humanas. Ocorre-se hoje o perigo mais do que nunca do vazio ético na vida pessoal familiar, profissional, social e política.

Da mesma forma ocorre-se o perigo de dar mais importância ao ter do que ao ser da pessoa humana; a pessoa, só está eticamente educada na medida em que descubra livremente e assuma por convicção os valores éticos. A sociedade não devem só interessar-se por determinados fins materiais, também devem olhar a honestidade dos meios e a bondade do coração e da vida, porque, isto é, por uma sociedade ao serviço autêntico de todos os homens e do homem todo o combate pela vida e pela sua significação.

Ética dos direitos do ser humano

Ética ou moral é a disciplina cujos objectivos são valores morais. Foi Cícero que traduziu o termo grego da ethica pelo termo latino moralis. Ambos se referem aos costumes (ethos, mos) ao carácter, as atitudes e aos comportamentos.

Os direitos do ser humano dizia Rivero "uma ética juridicamente sancionada fundada no respeito do outro que se impõem a todos e cujas exigências ainda não foram todas a validade".

A ética do direito do ser humano é uma ética intercultural universal e transtemporal com força jurídica e exigências políticas, pedagógicas e outras.

É uma ética:

  • Da dignidade, liberdade, qualidade, diversidade, reciprocidade e solidariedade de todos os seres humanos;

  • Da não discriminação, da tolerância, da democracia, do desenvolvimento e da paz;

  • Da reacção entre a vida humana e o seu meio ambiente;

  • Da responsabilidade das gerações presentes para com as gerações futuras que implica protecção de património genético natural e cultural, material e imaterial da humanidade.

A ética dos direitos do ser humano é património da humanidade, constitutivo da inviolabilidade e inalienável identidade ética da espécie e de cada um dos seus membros.

Porque a dignidade humana estará definitivamente protegida e engrandecida é uma construção sempre inacabada aberta ao possível como lugar ético e ontológico da perfectividade humana.

Código Profissional da Educação

Contudo, a sistematização dos deveres, o código da fala apenas dos deveres do educador.

Profissional da educação em seu sentido restrito é quem que tem como actividade permanente e principal fonte de rendimento a formação de seres humanos entendida como a realização das aprendizagens correspondentes as suas necessidades e capacidade. São aprendizagens diversas e relativas a valores, conhecimentos, sentimentos, atitudes, comportamentos, capacidades através de um processo de comunicação interpessoal institucional, social cujas formas variam conforme a idade de quem aprende os objectivos.

Próprios das aprendizagens diversos sucessivos assim como o contexto cultural e a política em que se realiza.

O que é um professor?

Professor etimologicamente é quem expõe um assunto em voz alta.

O sucesso depende da crença do professor na dignidade e valor de todos os seres humanos da dignidade e valores de todos dos ser humanos e no potencial que existe em cada criança. Os professores não trabalham tipicamente de modo interpessoal com os estudantes durante longos períodos de tempo, porque são responsáveis por grupos. Todavia, entre deste constrangimento, estão atentos à humana variabilidade e sua influência na aprendizagem.

O professor trata o estudante com equilíbrio, o professor é responsável pelo auto – conceito do estudante, sua motivação, efeito de aprendizagem nas relações entre pares e desenvolvimento do carácter, e virtudes cívicas.

O professor dá valor ao modo como conhecimento nas suas matérias é criado, organizado e relacionado com outras disciplinas.

O professor precisa de um conhecimento especializado, como comunicar uma matéria ao estudante, inclui o conhecimento das maneiras mais apropriadas de apresentar a matéria ao estudante.

Um dia o pai decidiu expulsá-lo e o filho conhecia a nossa casa e veio ter comigo dizendo que o pai não queria mais vê-lo em casa, eu fui ter com o pai o porquê da expulsão do filho em sua casa? E ele respondeu-me que já estava cansado de aturar tal filho porque sempre castigava-o, batia-o e nunca resultou algo positivo e seu pai dizia ao menino que não é só de castigo ou surra que se deve educar o filho ele respondeu-me: no tempo colonial um branco educou assim os angolanos e deu resultado positivo e eu olhava para o pai do menino como falava, como dava as respostas não tinha nada de ética; voltei para a minha casa, no dia seguinte lá fui de novo, quando cheguei, continuei com o mesmo assunto, batendo na mesma tecla, falando-lhe dos direitos humanos e deveres, as tantas responde a esposa dizendo: nesta casa as pessoas não têm valor porque uma pessoa é que fala e nenhuma age. Mais tarde o senhor pediu desculpa ao filho e a esposa, prometendo valorizá-los e respeitá-los e dar-lhes os seus deveres e que nunca tornaria cometer tal falta.

Isto é para dizer que a ética como já se faz, referencia, preserva todos direitos e deveres, responsabilidade da pessoa, isto demonstrando os seus actos, comportamento na sociedade ampla ou restrita na comunidade onde eu vivo que antes ou quase o que a pessoa não era respeitada como tal hoje em dia graças a Deus há já luzes verdes no tocante aos respeitos e deveres do ser humano; conquanto isto varia de pessoa para pessoa e de instituição para instituição, de igreja para igreja, em geral algo está a mudar sobretudo a partir do Concílio Vaticano II, ouve renovação se bem que deves em quanto sempre nota-se falha, mas é próprio do homem.

Nesta dinâmica deve reunir as qualidades humanas, conhecimentos e competências especializadas e empenho profissional.

Comentário

De facto na Filosofia clássica a Ética se dedicava a buscar o melhor estilo de vida tanto na vida privada como em público. Incluía a maioria de conhecimento dos campos que não eram abrangidos noutros ramos.

Daí a urgência de recordar para a ciência e a técnica os critérios fundamentais da moralidade:« Devem estar ao serviço da pessoa humana, dos seus direitos inalienáveis e do seu bem verdadeiro e integral, segundo o plano e a vontade do Criador».A ciência sem a consciência não conduz senão à ruína.

O factor principal é cada um ter confiança em si próprio, reconhecer as suas capacidades e tentar minimizar as incapacidades. A partir daí a recordação dos inúmeros factos da vida a serem analisados de um modo objectivo e realista pode ajudar a imaginar um tipo de vida em que se possa tentar descobrir o modo de ultrapassar cada uma das dificuldades que afligem a pessoa.

Por este motivo, é importante que as pessoas conheçam os mecanismos do comportamento humano, compreendam o seu próprio comportamento e façam as opções com racionalidade.

Conclusão

Conclui-se que nunca se pode deixar de parte a nossa capacidade de julgar segundo os critérios éticos, o mais importante deste critério é o da vida humana.

Daí, a necessidade de conhecer as normas de funcionamento dessas instituições para se saber se elas estão ou não respeitando o direito à vida de cada ser humano.

Portanto Ética é o conjunto de valores que visa orientar o comportamento do homem em relação a outros, na sociedade onde está inserido garantido assim o bem-estar de todos.

Bibliografia

  • 1. PEINADO,José Vico, El comienzo de la vida humana, San Pablo, 2ª edição, 1993.

  • 2. CABRAL, Álvaro e NICK, Eva, Dicionário Técnico de Psicologia, Editora Cultrix, São Paulo, 1990.

  • 3. BONET,José – Vicente, Sê Amigo de ti mesmo, 2ª Edição, Bilbao, 1994.

  • 4. AAVV, Para que serve a Psicologia?, Plátano Editora, Braga, 2004.

 

Autor:

Feliciana Tchiloca

thilocafelicina[arroba]yahoo.com.br

Curso de Pedagogia, Pós-Laboral

4º Ano

O orientador:

Alfredo Peña



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