A Maternidade: A Construção de Um Novo Papel Na Vida da Mulher



Partes: 1, 2, 3

  1. Introdução
  2. A Maternidade: A Construção de Um Novo Papel Na Vida da Mulher
  3. Desenvolvimento da relaçao mãe e bebê
  4. Objetivos
  5. Método
  6. Resultados
  7. Conclusão
  8. Referências
  9. Apêndice a termo de consentimento livre e esclarecido

Introdução

Por volta do segundo ano de vida as crianças já começam a se diferenciar demonstrando algumas características referentes à sua sexualidade. Através de brincadeiras infantis, com bonecas ou bichinhos de pelúcia, pode-se observar um desejo aparentemente instintivo de ser mãe na menina. O desejo de cuidar de uma prole é algo notável mesmo entre os animais. A relação mãe e filho é algo observado durante toda a história da evolução das espécies, em que mãe e filho sempre estiveram unidos, cada espécie com seu tempo e sua cultura, conforme coloca Muraro (2000). Para esta autora o laço existente entre mãe e filho garante a sobrevivência através dos cuidados com a satisfação de necessidades fisiológicas e afetivas, uma vez que ao nascer os "filhotes" são indefesos e incapazes de sobreviver sem os cuidados do outro e, conforme coloca Winnicott (2001), o bebê já nasce com uma gama de repertórios que despertam na mãe estes cuidados, garantindo que suas necessidades sejam atendidas.

Segundo Osório (2002), "ao papel materno em consonância com a representação simbólica do corpo feminino, caberia, além das tarefas nutricionais, de agasalho e proteção da prole, uma função continente ou de receptáculo das angustias do bebê" (p.18).

O relacionamento entre mãe e filho inicia-se ainda durante a gestação. A gravidez é um momento único na vida da mulher, repleto de sentimentos de angústia, medo e felicidade. A gravidez representa a fertilidade o que a torna verdadeiramente uma mulher e tempo depois em mãe. O nascimento de um filho é um momento de grandes mudanças, na vida da mulher e na rotina familiar como um todo, exigindo adaptações como uma recolocação de papéis. Zimmermann e Colaboradores apud Eizirik (2001).

A mulher atual além da função materna de reprodução e cuidados com os filhos tem objetivos profissionais e pessoais, quer sua independência econômica, se preocupa como o seu crescimento profissional, quer sentir prazer nas suas relações afetivas e quer estar bonita e jovem. Com a maternidade precisa dividir o seu tempo com os cuidados com o bebê, os cuidados com a casa, o trabalho, cuidados estéticos, vida social e muito mais, sentindo-se dividida entre o amor a si mesma (sua vida como mulher) e a preocupação com o filho. Se por um lado ela protege os interesses do seu "eu", acaba por dificultar os cuidados com o bebê, o que causa insegurança e pode despertar um dilema entre ser mãe e continuar a exercer o seu papel de mulher realizando o seu trabalho, conforme coloca Zimmermann, e Colaboradores apud Eizerik (2001).

Este trabalho buscou identificar as mudanças que tem ocorrido no papel social da mulher ao longo da História, assim como compreender como a mulher tem se adaptado a estas mudanças principalmente no que se refere à maternidade, identificando seus sentimentos e as mudanças sociais e emocionais que ocorrem em sua vida.

O objetivo deste trabalho foi investigar o significado da maternidade para a mulher na atualidade, explorando os sentimentos despertados com a maternidade assim como as mudanças ocorridas em sua vida com a maternidade. Trata-se de uma pesquisa de Campo exploratória que segundo Lakatos (1991) visa "conseguir informações e/ou conhecimentos acerca de um problema para o qual se procura uma resposta, ou de uma hipótese, que se queira comprovar, ou, ainda, descobrir novos fenômenos ou as reações entre eles." (p.186).

Através da análise do conteúdo dos dados, percebeu-se que as mulheres na atualidade possuem grande preocupação com a estabilidade financeira antes de optarem por ter um filho, adiando a maternidade até se sentirem seguras para oferecer boas condições de vida caracterizada pelas entrevistadas como boa educação, boa alimentação e vestimentas, observou-se também que as mães na atualidade vivenciam sentimento de perda por passarem pouco temo com os filhos, que estão sendo educados por avós e professoras de escolas infantis. Portanto, verificou-se, com este estudo, que a mulher atual tem vivenciado a gravidez muito próxima de um estado não grávido, e a sua maior dificuldade está conseguir conciliar o tempo entre ser mãe e ser mulher, sentem falta de algumas coisas que fazia antes de tê-los, mas não se arrepende de ter tido um filho, sente falta de estar com estes, mas não conseguem ficar sem o trabalho que é visto como uma forma de garantir uma boa vida para eles.

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