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Um estudo de caso sobre o pecado original e como acontece a transferência da natureza pecaminosa do homem (página 3)


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A melhor maneira de definir "distúrbio" é caracterizá-lo como deficiência psicológica com repercussão na área emocional e interpessoal. Este termo caracteriza uma faixa que vai desde formas neuróticas leves até a loucura, na plenitude do seu termo.

Normal seria aquela personalidade com capacidade de viver eficientemente, manter relacionamento duradouro e emocionalmente satisfatório com outras pessoas, trabalhar produtivamente, repousas e divertir-se, ser capaz de julgar realisticamente suas falhas e qualidades, aceitando-as. A falha de uma ou outra dessas características pode indicar a presença de uma deficiência psicológica ou "distúrbio" da personalidade.

DISPOSIÇÕES LIGADAS À AÇAO

Necessidades, Motivos e Interesses

Enquanto "temperamento" refere-se à forma do comportamento ou da ação, necessidades, motivos e interesses dizem respeito à direção da ação, ou seja, aos seus objetivos - estando assim intimamente ligados à motivação.

As pessoas variam com relação ao significado de diferentes necessidades, que determinam, por sua vez, suas ações e seu comportamento. Motivos são disposições ligadas ao valor atribuído às consequências dos atos - como por exemplo a "busca de sucesso" ou a "evitação de fracassos" podem ser fins mais ou menos desejáveis - e são fruto de uma interação entre necessidades e pressões externas. Interesses também incluem uma valoração, mas direcionadas para a ação em si, independente do resultado - por exemplo jogar xadrez ou escrever na wikipédia podem ser consideradas ações mais ou menos agradáveis, independentemente do sucesso atingido.

Convicções ligadas à ação

Os motivos são, como visto, disposições ligadas ao valor dado às consequências de uma ação. Eles estão assim intimamente ligados às expectativas do indivíduo com relação a suas ações. Há diferentes estilos de expectativas (al. Erwartungsstile), como por exemplo é o caso de a pessoa ser mais ou menos pessimista ou otimista. Durante a realização de uma atividade agem os chamados mecanismos de controle da ação (al. Handlungskontrolle), que têm por objetivo, por assim dizer, proteger a ação contra intenções concorrentes.

Aqui podem manifestar-se diferentes estilos de controle da ação. Por exemplo, pessoas perseverantes são capazes de "desligar" por algum tempo outras atividades a fim de alcançar um determinado resultado enquanto as menos perseverantes distraem-se mais facilmente.

Quando a ação atinge o seu resultado surgem juízos relacionados a sua causa: por que determinada coisa aconteceu? A esse tipo de juízo dá-se o nome de atribuição. Também quanto à atribuição há diferentes estilos - por exemplo algumas pessoas tendem a colocar a culpa sempre nos outros ou a se sentir sempre reponsáveis. Esses três grupos de características da personalidade (estilos de expectativas, de controle da ação e de atribuição) foram chamados por Asendorpf convicções ligadas à ação.

Estilos de superação (coping)

O termo coping foi gerado no contexto da pesquisa sobre o estresse e designa os mecanismos que auxiliam o indivíduo a superar uma situação estressante. Lazarus (1966 diferencia entre dois tipos de coping: coping orientado para o problema, que é a busca de uma modificação da situação que causa o estresse, e coping intrapsíquico, que é praticamente uma mudança na maneira da pessoa lidar com a situação - quer por uma mudança na maneira de lidar com a situação ou com as emoções provocadas pela situação (ex. técnicas de relaxamento, tentativa de ver o lado positivo da situação, etc.).

Por exemplo uma pessoa estressada por morar em más condições, em uma rua barulhenta e não conseguir dormir pode tentar resolver esse problema mudando de casa (coping orientado para o problema) ou, por exemplo, tentar aprender alguma forma de relaxar apesar do barulho ou começar a direcionar sua atenção para os bons amigos que moram no bairro e os bons momentos vividos na casa (coping intrapsíquico).

Posteriormente um terceiro tipo de coping, o "coping por expressão emocional" foi acrescentado, que é uma mudança na forma da reação emocional ao estresse - ex. sorrir quando se está triste.

Essas três categorias de coping reúnem uma série de diferentes formas de lidar com uma situação de estresse. Dentre essas, o indivíduo tende a esolher e dar preferência a algumas - a esse traço da personalidade se dá o nome de estilo de coping.

Disposições ligadas à valoração (ou ao juízo de valor)

Temperamento, competências e as disposições ligadas à ação são traços de personalidade ligados ao comportamento. Um outro grupo de traços está ligado às particularidades da valoração ou do juízo de valor. Valorar um objeto da percepção ou imaginário é dar-lhe um valor e esse valor gera preferências - e estas podem tornar-se relevantes para o comportamento.

Postura

Por postura de valores (Werthaltungen) entende-se a tendência individual de se julgarem detrminados objetivos (ex. liberdade, igualdade) ou disposições de ação (ex. honestidade, prestatibilidade) como desejáveis ou indesejáveis. Entre os diferentes tipos de postura e as disposições de comportamento correspondentes há uma relação de correlação - ou seja, pessoas que valorizam novidades (postura) tendem a ser curiosas (disposição de comportamento); pessoas ansiosas (disposição de comportamento) costumam valorizar a segurança (postura).

Atitude

Atitude designa as particularidades individuais na valoração de objetos específicos, quer da percepção, quer da imaginação. As atitudes influenciam não o comportamento diretamente em uma dada situação, mas o comportamento em uma série de situações diferentes. Assim uma pessoa com uma atitude positiva com relação a uma alimentação saudável pode gostar de comer frituras (comportamento isolado), mas pode cozinhar ela própria, comprar alimentos naturais e integrais e fazer cursos sobre a alimentação.

Atitudes coletadas através de perguntas não influenciam o comportamento real quando tal comportamento é socialmente desejável ou indesejável. Assim, pessoas com atitudes preconceituosas contra um determinado grupo de pessoas talvez não se comporte de acordo com essa atitude por ser um tal comportamento socialmente condenado.

Como se vê, a principal diferença entre postura e atitude é o grau de abstração dos objetivos a que se referem, referindo-se a atitude a elementos mais concretos. No entanto a difereça entre "mais" e "menos" concreto é uma diferença quantitativa e assim a distinção entre as duas disposições nem sempre é clara.

DISPOSIÇÕES LIGADAS À PRÓPRIA PESSOA

"eu", "mim" e "autoimagem"

Eu designa a instância interna da pessoa que é responsável pela ação e pelo conhecimento; mim (inglês me) (ou si-mesmo quando dito na terceira pessoa) designa a parte interna da pessoa que é objeto do conhecimento, ou seja, aquilo que eu sei sobre mim. Esse conhecimento tem, por sua vez, duas parte: uma descritiva, a autoimagem, e outra valorativa, a autoestima.

A autoimagem, essa descrição de si mesmo que cada um faz, é também disposicional, ou seja, é uma tendência relativamente estável que a pessoa tem de se ver de uma determinada maneira em determinadas situações. Ela é composta tanto de conhecimento universal, que diz respeito a todas as pessoas que são como eu (estudantes são críticos, brasileiros são simpáticos, etc.), como de conhecimento individual, ou seja, relativo somente a mim (eu tenho medo de altura, sou bom esportista, etc.). Como se vê esse conhecimento também é influenciado por preconceitos e idéias préconcebidas.

Autoestima

A autoestima, como parte valorativa do conhecimento de si mesmo, ou seja, o juízo que eu faço sobre mim mesmo, pode ser concebida como a atitude de uma pessoa sobre si mesma e assim também uma característica da personalidade, se bem que menos estável do que a autoimagem por ser sensível a variações do humor.

A autoestima é uma característica situação-específica, ou seja, ela varia de acordo com a situação: eu posso estar satisfeito comigo mesmo quando estou na universidade, mas insatisfeito quando estou na quadra de esportes.

Aspectos disposicionais da dinâmica da autoestima

Outros aspectos disposicionais ligados à autoestima são as chamadas cognições ligadas a si mesmo:

  • a) Autopercepção, a percepção do próprio corpo e do próprio comportamento;

  • b) A memória de si, as recordações ligadas à própria pessoa e às experiências feitas no passado;

  • c) O reflexo social, ou seja, a opinião que nós pensamos que outras pessoas têm a nosso respeito, e;

  • d) A comparação social, ou seja, a autoestima não é apenas baseada na nossa percepção de nós mesmo, mas também na percepção que nós fazemos dos outros a nosso redor.

Um dos motivos mais descritos na literatura psicológica é o motivo de aumento da autoestima: todas as pessoas desejam ter uma autoestima positiva e têm assim uma tendência a se supervalorizar.

Essa tendência é normal e saudável até um determinado ponto, em que passa a ser socialmente condenada. Nesse momento, caracterizado pela falta de empatia, hipersensibilidade com relação a críticas e variações do humor, essa tendência recebe o nome de narcisismo - mas não se trata ainda do trantorno de personalidade narcísico, mas ainda de uma variação normal da personalidade.

Um outro processo importante ligado ao conceito de si mesmo é a autorepresentação. O sociólogo E. Goffman comparou o comportamento social a um teatro público, em que nós nos representamos a nós próprios. Essa representação tem um determinado fim: a administração da própria imagem, ou seja, cada um procura controlar a impressão que ele provoca sobre os outros.

Momentos há em que temos a nossa atenção voltada para nós mesmo. A esse estado normalmente curto dá-se o nome de autoreflexão.

Alguns autores puseram-se a questão, se há uma disposição em direção a uma autoreflexão mais ou menos forte. A essa disposição Asendorpf deu o nome de autoconsciência. Esta é por sua vez é composta de três fatores (Feingstein et al., 1975):

  • a) autoconsciência privada, ou seja, a tendência de pensar muito sobre si mesmo;

  • b) autoconsciência pública, em outras palavras, a tendência de se preocupar sobre a impressão que se causa sobre outros, e

  • c) ansiedade social, que é a tendência a ter medo em situações sociais.

Bem-estar

O bem-estar designa a parte subjetiva da saúde mental. Apesar de ser também influenciado por fatores externos ao indivíduo e de suas capacidades, o bem-estar representa também um determinado traço da personalidade relativamente independente de tais fatores.

A estabilidade da personalidade

A pesquisa empírica conseguiu determinar quatro pincípios para descrever a estabilidade dos traços de personalidade.

  • Quanto maior o intervalo entre a primeira e a segunda medição, maior a mudança - ou seja, os traços da personalidade se modificam com o passar do tempo;

  • Em diferentes áreas da personalidade a estabilidade também é diferente - por exemplo: durante a vida a inteligência tem uma estabilidade muito alta; já o temperamento tem uma estabilidade mediana enquanto a autoestima pode variar muito.

  • Muitos traços da personalidade são tanto mais instáveis quanto mais instável é o ambiente social - assim mudanças bruscas no ambiente podem trazer consigo mudanças na personalidade da pessoa;

  • Na infância, quanto mais cedo é feita a primeira medição, mais instáveis são os traços da personalidade - isto é, com o aumento da idade há uma tendência de estabilização das características da personalidade, se bem que na puberdade possa haver alguns momentos passageiros de instabilidade. Duas razões são apresentadas para esse aumento na estabilidade da personalidade:

No decorrer do desenvolvimento a autoimagem torna-se cada vez mais estável - o conhecimento que a criança tem de si mesma cresce com o tempo e, se o ambiente for relativamente estável, também a estabilidade nas formas de reação a ele cresce;

Com o aumento da idade aumenta também a possibilidade de a criança modificar o seu ambiente a fim de que ele de adeqúe à própria personalidade - a criança pode escolher as atividades que lhe agradam, os amigos, etc.

Não apenas os traços individuais tendem a se tornar cada vez mais estáveis - o perfil geral da personalidade também tende a uma crescente estabilidade.

Personalidade é, como se viu, um conceito complexo, com várias facetas. A seguir serão apresentados alguns aspectos que costumam ser considerados como partes da personalidade ou que a influenciam de maneira especial.

FORMA FÍSICA E PERSONALIDADE

A relação entre forma física e personalidade estimula a imaginação de filósofos e pensadores desde a antiguidade. Kretschemr propôs nos anos 20 do século XX uma classificação dos tipos físicos que, supunha ele, estavam relacionados com diferentes transtornos mentais, posteriormente com diferentes temperamentos. Ele classifica três tipo físicos.

  • a) Tipo longilíneo ou leptossômico, de corpos delgados, ombros estreitos, peito aplainado, rosto alargado e estreito, membros longos e delgados. Teria uma maior tendência para a esquizofrenia e um temperamento mais sensível;

  • b) Tipo atlético ou muscular, de sistema ósseo e muscular desenvolvidos, ombros largos, cadeiras estreitas e pescoço grosso. Teria tendência para a epilepsia e um temperamento intermediário entre os outros dois;

  • c) Tipo brevelíneo ou pícnico, de rosto arredondado, abdome saliente, membros curtos. Tenderia à ciclotimia e a um temperamento mais tranquilo.

A relação correlativa entre essas características foi inicialmente empiricamente comprovada. Análises posteriores mais exatas, que levavam em conta outras variáveis - como a idade - e usavam métodos mais objetivos, acabaram por derrubar a teoria de Kretschmer.

No entanto a possibilidade de haver uma real relação entre forma física e características psicológicas não é improvável, mas não de maneira direta, como pensava Kretschmer. A forma física pode:

  • Através de um processo de autopercepção, ser considerada positiva ou negativa e, assim, influenciar a autoestima, influenciando assim os traços de comportamento;

  • Pode ainda influenciada pela percepção que a pessoa tem de si, influenciar os motivos e interesses da pessoa, influenciando assim também as tendências de comportamento da pessoa.

No entanto não apenas a autopercepção pode influenciar a autoestima e os interesses de alguém; o juízo de outras pessoas e a reação destas desempenham também um importante papel nesse processo, de forma que as características de comportamento estáveis são influenciadas indiretamente e de quatro maneiras diferentes pela forma física.

Fontes:

Disponível em Acesso em 12 de dez.2009

Disponível em Acesso em 12 de dez.2009

Disponível em Acesso em 12 de dez.2009

Disponível em Acesso em 12 de dez.2009

2.5 GENÉTICA HUMANA – HEREDITARIEDADE - GENES

A génetica é a ciência que estuda a herança genética.

A genética humana descreve o estudo da transmissão genética como ela ocorre em seres humanos.

HEREDITARIEDADE

Em genética, hereditariedade é o conjunto de processos biológicos que asseguram que cada ser vivo receba e transmita informações genéticas através da reprodução.

A informação genética é transmitida através dos genes, porções de informação contida no DNA dos indivíduos sob a forma de sequências de nucleótidos.

Existem dois tipos de hereditariedade: A especifica e a individual.

A Hereditariedade Especifica é responsável pela transmissão de agentes genéticos que determinam a herança de características comuns a uma determinada espécie.

A Hereditariedade Individual é o conjunto de agentes genéticos que atuam sobre os traços e características próprios do individuo que tornam um ser diferente de todos os outros.

Mecanismos de transmissão hereditária

Muitos aspectos da forma do corpo, do funcionamento dos órgãos e dos comportamentos dos animais e dos seres humanos são transmitidos por hereditariedade. Muitas das nossas características, quer em termos da nossa constituição física, quer em termos do nosso comportamento, são herdadas, já nascem conosco.

Cromossomas, ADN e genes são os agentes responsáveis pela transmissão das características genéticas.

Os descendentes de individuos de uma espécie pertencem sempre a essa mesma espécie. Contudo, entre indivíduos de uma espécie é possovel observar uma vasta gama de variações o que confere à vida uma enorme diversidade. Também na espécie humana existem diversas caracteristicas que nos diferenciam uns dos outros.

GENE

Na definição da genética clássica, é a unidade fundamental da hereditariedade. Cada gene é formado por uma sequência específica de ácidos nucléicos biomoléculas mais importantes do controle celular, pois contêm a informação genética. Existem dois tipos de ácidos nucléicos: ácido desoxirribonucléico (DNA) e ácido ribonucléico (RNA). Pensava-se que o ser humano possuía aproximadamente 100.000 genes nos seus 46 cromossomos, porém estudos sobre o genoma identificaram entre 20.000 - 25.000 genes.

Dentro da genética moderna, o gene é uma seqüência de nucleotídeos do DNA que pode ser transcrita em uma versão de RNA. O termo gene foi criado por Wilhem Ludvig Johannsen. Desde então, muitas definições de gene foram propostas. O gene é um segmento de um cromossomo a que corresponde um código distinto, uma informação para produzir uma determinada proteína ou controlar uma característica, por exemplo, a cor dos olhos.

Atualmente diz-se que um gene é um segmento de DNA que leva à produção de uma cadeia polipeptídica e inclui regiões que antecedem e que seguem a região codificadora, bem como sequências que não são traduzidas (íntrons) que se intercalam aos segmentos codificadores individuais (éxons), que são traduzidos.

O ácido desoxirribonuclico (ADN, em português: ácido desoxirribonucleico; ou DNA, em inglês: deoxyribonucleic acid), é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus. O seu principal papel é armazenar as informações necessárias para a construção das proteínas e ARNs. Os segmentos de ADN responsáveis por carregar a informação genética são denominados genes. O restante da seqüência de ADN tem importância estrutural ou está envolvido na regulação do uso da informação genética.

A estrutura da molécula de ADN foi descoberta conjuntamente pelo estadunidense James Watson e pelo britânico Francis Crick em 7 de Março de 1953, o que lhes valeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1962, juntamente com Maurice Wilkins.

Do ponto de vista químico, o ADN é um longo polímero de unidades simples (monômeros) de nucleotídeos, cujo cerne é formado por moléculas de açúcares e fosfato intercalados unidos por ligações fosfodiéster. Ligada à molécula de açúcar está uma de quatro bases nitrogenadas e é a seqüência dessas bases ao longo da molécula de ADN que carrega a informação genética. A leitura destas seqüências é feita através do código genético, o qual especifica a sequência linear dos aminoácidos das proteínas. A tradução é feita a partir de um RNA mensageiro que copia parte da cadeia de ADN por um processo chamado transcrição e posteriormente a informação contida neste é "traduzida" em proteínas pelo ribossomo. Embora a maioria do ARN produzido seja usado na síntese de proteínas, algum ARN tem função estrutural, como por exemplo o ARN ribossômico, que faz parte da constituição dos ribossomos.

Dentro da célula, o ADN pode ser observado numa estrutura chamada cromossoma durante a metafase e o conjunto de cromossomas de uma célula forma o cariótipo. Antes da divisão celular os cromossomas são duplicados através de um processo chamado replicação. Eucariontes como animais, plantas e fungos têm o seu ADN dentro do núcleo enquanto que procariontes como as bactérias o têm disperso no citoplasma. Dentro dos cromossomas, proteínas da cromatina como as histonas compactam e organizam o ADN. Estas estruturas compactas guiam as interacções entre o ADN e outras proteínas, ajudando a controlar que partes do ADN são transcritas. O ADN é responsável pela transmissão das características hereditárias de cada ser vivo.

Funções Biológicas

O DNA ocorre normalmente como cromossomas lineares em eucariotas, e como cromossomas circulares em procariotas. O conjunto dos cromossomas numa célula perfazem o seu genoma; o genoma humano tem aproximadamente 3 mil milhões de pares de base dispostos em 46 cromossomas. A informação transportada pelo DNA está contida nas sequências de pedaços de DNA chamados genes.

A transmissão da informação genética dos genes é conseguida via a complementaridade do emparelhamento das bases. Por exemplo, na transcrição, quando uma célula usa a informação num gene, a sequência de DNA é copiado para uma sequência de RNA complementar através da atração entre o DNA e os nucleotídeos de RNA corretos.

Normalmente, esta cópia de RNA é depois usada para fazer uma sequência proteica correspondente no processo de tradução que depende da mesma interacção entre nucleotídeos de RNA. Alternativamente, uma célula pode simplesmente copiar a sua informação genética num processo chamado replicação do DNA.

Genes e Genomas

O DNA genômico está localizado no núcleo celular dos eucariontes, assim como em pequenas quantidades em mitocôndrias e em cloroplastos. Em procariontes, o DNA está dentro de um corpo de forma irregular no citoplasma chamado nucleóide. A informação genética num genoma está nos genes, e o conjunto completo desta informação num organismo é chamado o seu genótipo.

Um gene é a unidade básica da hereditariedade e é uma região do DNA que influencia uma característica particular num organismo. Genes contêm uma open reading frame que pode ser transcrita, assim como sequências reguladoras tais como promotores ou enhancers, que controlam a transcrição da open reading frame.

Transcrição e Tradução

Um gene é uma sequência de DNA que contêm informação genética e pode influenciar o fenótipo de um organismo. Dentro de um gene, a sequência de bases ao longo de uma cadeia de DNA definem uma cadeia de RNA mensageiro, que por sua vez define uma ou mais sequências proteicas. A relação entre a sequência de nucleótidos de um gene e a sequência de aminoácidos de uma proteína é determinada pelas regras de tradução, conhecidas coletivamente como o código genético.

O ADN armazena mutações com o tempo, que se herdam, e portanto contém informação histórica, de maneira que comparando sequências de ADN, os geneticistas podem inferir a história evolutiva dos organismos, a sua filogenia.

O campo da filogenia é uma ferramenta potente na biologia evolutiva. Se se compararem as sequências de ADN dentro de uma espécie, os geneticistas de populações podem conhecer a história de populações particulares. Isto pode-se utilizar numa ampla variedade de estudos, desde ecologia até antropologia; por exemplo, evidência baseada na análise de ADN está a ser utilizada para identificar as Dez Tribos Perdidas de Israel. Por outro lado, o ADN também se utiliza para estudar relaciones familiares recentes.

Vida

Cada ser vivo que habita a Terra possui uma codificação diferente de instruções escritas na mesma linguagem no seu ADN. Estas diferenças geram as diferenças orgânicas entre os organismos vivos.

Diferentes níveis de condensação do ADN.

(1) Cadeia simples de ADN .

(2) Filamento de cromatina (ADN com histonas).

(3) Cromatina condensada em intérfase com centrómeros.

(4) Cromatina condensada em prófase. (Existem agora duas cópias da molécula de ADN).

(5) Cromossoma em metáfase

A dupla cadeia polinucleotídica constitui a molécula de ADN, cuja seqüência de nucleotídeos codifica as instruções hereditárias, organizadas em genes, que codificam as inúmeras proteínas existentes nas mais variadas células. As moléculas de ADN contêm portanto a informação genética necessária para a codificação das características de um indivíduo, como a cor do cabelo em humanos, o formato da folha em Angiospermas e a sua morfologia. Para melhor entendermos vejamos o papel dos alelos.

ALELO-DOMINANTE

Um alelo é cada uma das várias formas alternativas do mesmo gene. Por exemplo, o gene que determina a cor da flor em várias espécies de plantas - um único gene controla a cor das pétalas, podendo haver diferentes versões desse mesmo gene. Uma dessas versões pode resultar em pétalas vermelhas, enquanto outra versão originará pétalas brancas.

Alguns organismos são diplóides - isto é, têm pares de cromossomas homólogos nas suas células somáticas, contendo, assim, duas cópias do mesmo gene. Um organismo em que estas duas cópias do genes são idênticas - isto é, têm o mesmo alelo - é um organismo homozigótico, no que diz respeito àquele gene, especificamente. Um organismo em que o mesmo gene é representado por alelos diferentes, é um organismo heterozigótico. Muitas vezes, um dos alelos é "dominante" e o(s) outro(s) "recessivos" - o alelo "dominante" determina qual a modalidade de uma característica a expressar-se. Por exemplo, no caso da cor das pétalas de uma flor, se o alelo vermelho for dominante em relação ao branco, numa planta heterozigótica (com um alelo vermelho e outro branco), as pétalas serão vermelhas. O alelo recessivo expressar-se-á apenas nas plantas homozigóticas recessivas (com dois alelos para a cor branca).

Contudo, existem excepções na forma como um heterozigoto se expressa no fenótipo. Uma excepção é o da dominância incompleta quando os alelos misturam os seus traços genéticos no fenótipo. Um exemplo deste fenómeno pode ser observado quando se cruzam bocas-de-dragão, flores com alelos codominantes brancos e vermelhos para a cor das pétalas, da qual resultam flores cor-de-rosa no caso de a planta ser heterozigótica. Outra excepção é o da codominância onde ambos os alelos são activos, podendo ambos os traços expressarem-se simultaneamente. Por exemplo, através de pétalas brancas e vermelhas na mesma flor ou dois tipos de flor diferentes na mesma planta. A codominância acontece também no caso dos tipos sanguíneos. Uma pessoa com um alelo para o tipo sanguíneo A e outro para o tipo sanguíneo B, resulta no tipo sanguíneo AB.

Um alelo selvagem é aquele que é considerado "normal" para o organismo em questão, opondo-se aos alelos mutantes que se referem a modificações genéticas relativamente recentes para a espécie.

Fontes:

Disponível em "" Acesso em 12 de jan.2009

Disponível em "" Acesso em 12 de jan.2009

Disponível em "http://pt.wikipedia.org/ wiki/Gene" Acesso em 12 de jan.2009

Disponível em "http://pt.wikipedia.org/ wiki/Alelo_dominante" Acesso em 22 de jan.2009

2.6 O PECADO ORIGINAL

O que seria esse pecado?

O pecado original faz parte da doutrina cristã e, entre outros objetivos, pretende dar explicações sobre a origem da imperfeição humana, do sofrimento e da existência do mal.

Segundo esta doutrina, e baseando-se no relato bíblico do livro do Gênesis, os primeiros seres humanos e antepassados da humanidade, Adão e Eva, foram advertidos por Deus de que, se comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, no mesmo dia morreriam, o que fizeram tendo sido instigados pela serpente, tendo Eva aceitado a instigação primeiro e oferecido a fruta a Adão, que aceitou.

No entanto continuaram vivos, mas foram expulsos do Jardim do Éden ou Paraíso. Existem polêmicas quanto ao significado dessa narrativa, bem como em que constituiria tal pecado original. Na perspectiva cristã, contudo, a morte (imerecida) de Cristo é recorrentemente suposta como necessária para salvar os seres humanos desse "pecado de origem" que seria congênito, de geração em geração.

Nenhum trecho bíblico traz esclarecimentos que pusessem fim à essa que é uma das maiores diatribes cristãs. As doutrinas sobre este pecado têm sido historicamente um dos principais motivos de cismas, heresias e divisões entre os cristãos desde os séculos iniciais do cristianismo e várias hipóteses divergentes sobre o significado da narrativa existem também entre estudiosos laicos do texto (antropólogos, psicanalistas e outros).

Cristianismo

A questão do pecado original aparece recortada no cristianismo em Santo Agostinho, que sugere que vem da fraqueza da alma (liberdade) e não do corpo, que já é impuro, imperfeito. Tal fato ocorre porque Adão e Eva sucumbiram ao pecado, ao orgulho, ao amor próprio e não ao amor a Deus. Deste modo, o pecado original tem para Agostinho um caráter hereditário, toda a humanidade recebeu o pecado através deles. E eis que surge então a questão do Pelagianismo.

Pelágio (360-435) vê no pecado original uma espécie de exemplo a não ser seguido, o que faria com que a salvação dependesse exclusivamente do ser humano. Agostinho discorda e vê nesse entendimento pelagianista uma presunção humana, uma vez que supor que a salvação humana dependesse apenas de seus próprio atos negaria o caráter salvador de Jesus Cristo. O corpo apresentaria os sintomas de um problema que está na alma, e tal fato decorre da liberdade humana e não de uma falha do criador.

Judaísmo e Islamismo

Para os judeus e no Islam, que compartilham essa história, não há pecado original que toda a humanidade herde de geração em geração. A Igreja Católica Romana, no século XIX, introduziu em seus dogmas uma única exceção, a Maria, mãe de Jesus, que teria sido concebida sem esse pecado: é o dogma da Imaculada Conceição, que é diverso e não deve ser confundido com os relativos a sua virgindade, a saber, de sua maternidade virginal e de permanente virgindade posterior.

Psicanálise

A perspectiva psicanalista sugeriu que o pecado mencionado no Gênesis teria sido o ato sexual, explicação anteriormente mencionada por Agostinho. Esta explicação não encontra, raízes nas tradições judaicas pré-cristãs, em que a união carnal entre o homem e a mulher foi estabelecida por Deus. Mas se o pecado original fosse o ato sexual, Deus mesmo teria levado o homem ao pecado, quando ordenou, crescei, multiplicai e enchei a terra.

Uma das explicações "antropológicas" (não se entrando em desacordo com o texto) é entender a narrativa no contexto de que o livro sagrado pretende a apresentar uma explicação ou uma construção explicativa das origens do universo, do nosso mundo, da humanidade, da civilização em geral e da hebraica em particular, e por fim, do bem e do mal. Até ter o conhecimento do bem e do mal o homem vivia num "estado de natureza", em oposição a um "estado de cultura", explicação essa totalmente compatível com o evolucionismo darwinista e a evolução das espécies.

O conhecimento do bem e do mal seria o divisor de águas e a maneira de reconhecer-se humano, com valores, crenças e objetivos, ou seja, a transição do animal para o hominal, como definiu o antropólogo Teilhard de Chardin, que era padre católico. Aí o homem se envergonhou da nudez, tomou consciencia da morte e da mortalidade, de que todo seu corpo veio da terra, à qual deverá tornar, e passou a trabalhar e acumular, "suando sob o sol".

Fonte:

Disponível em "http://pt.wikipedia.org/ wiki/Pecado-original" Acesso em 22 de jan.2009

2.7 O PECADO ORIGINAL E SUA TRASFERÊNCIA DE GERAÇAO A GERAÇAO

Como a bíblia apresenta o pecado¿

A bíblia nos apresenta o pecado como uma desobediência do homem a uma ordem dada por Deus ao homem no jardim do Éden conforme (Gn.2:15-17),

E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Podemos entender que ao criar o homem Deus lhe deu as condições para viver confortavelmente, deu-lhe também responsabilidades e as regras que este precisaria obedecer para que houvesse entre eles um relacionamento de respeito, amor, paz e harmonia.

O homem não obedeceu a ordem de Deus e agora precisava ser corrigido e entender que o Seu criador, seu amigo seu Deus havia sido ofendido e que essa desobediência lhe custaria exatamente aquilo que Deus falará, pois apesar do seu grande amor para com o homem, era necessário educá-lo, mostrar para esse homem um amor incondicional, mas também justo, onde houvesse, acima de tudo respeito e confiança tanto da parte de Deus para com o homem, como da parte do homem para com Deus.

Agindo da maneira que agiu ele Adão demonstrou não acreditar no que Deus falará, é como se ele preferisse pagar o preço pra ver se realmente seria punido.

Por outro lado se Deus não tivesse corrigido Adão como é que o homem iria respeitá-lo como um Deus que vela por sua palavra para cumpri-la visto que o poder exige que aquele que o detêm cumpra com suas regras para mantê-lo.

Se Adão não tivesse sido corrigido ele não temeria a Deus, apesar de que, Deus no primeiro momento espera de Adão um ato voluntário de respeito e não ter que coagi-lo, jamais acreditaria na sua palavra como fez no princípio, jamais valorizaria a Presença de Deus e os benefícios que dEle recebia no paraíso.

Sendo criado de forma tridimencional, ou seja, com espírito, alma e corpo, Deus providenciou que o homem se sentisse completo desfrutando ali os seguintes confortos.

  • a) Conforto espiritual: A presença de Deus no jardim;

  • b) Conforto emocional: A presença de Eva tornando-se sua companheira e formando o seu relacionamento de amor com Deus e com seu próximo;

  • c) Conforto físico: Tudo que havia no jardim do Éden (com exceção da árvore do conhecimento do bem e do mal) estava a sua disposição e alcance para o seu bem estar físico.

Após pecar desobedecendo a Deus, Adão é corrigido de acordo com a palavra de Deus, perde os seus direitos do jardim do Édem e passa agora a conhecer o mal porque até então ele só conhecia o bem.

O HOMEM PASSA AGORA A CONHECER OS SENTIMENTOS DE DOR

Sentimento de dor espiritual

"Porque o SENHOR repreende aquele a quem ama, assim como o pai ao filho a quem quer bem, (Provérbios 3:12).

"Recompensais assim ao SENHOR, povo louco e ignorante? Não é ele teu pai que te adquiriu, te fez e te estabeleceu? (Deuteronômio 32:6).

Qual o filho que não sente saudade, dor com a ausência de seu pai principalmente no caso de Adão que desde o primeiro momento que Deus pensou nele já montou um berço de ouro, um lugar especial para Ele nascer (ser criado). É comparável aquela mãe que espera o seu filho tão desejado e prepara todo o enxoval do melhor que há para receber o seu filho, cheia de alegria, cheia de amor e emoção.

O jardim do Éden é a prova real que Deus sempre quis que o homem tivesse todo conforto que ele necessita para ser completo. Se Deus pensasse no homem como aquele que tem que sofrer ele teria criado primeiro o homem quando a terra ainda era sem forma e vazia conforme (Gn. 1:2),

"E a terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo; e o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas.

E depois Ele criaria o Jardim, mas não, Deus não fez assim, Ele criou o Jardim com todas as condições físicas, para o corpo, emocionais para alma ao dar-lhe sua amizade, a presença dos animais e de um trabalho intelectual, de acordo com (Gn. 2:19),

"Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe à Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome".

E a companhia da mulher que lhe geraria filhos formando uma família, conforme, (Gn.2:18) e (Gn.1:27-28).

"E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele.

"E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.

E espiritual sua presença no jardim e suas conversas com o homem de acordo com Gn.1:28-30 - 2:19 e 3:8-20.

E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda à erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será para mantimento; e assim foi.

"Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome.

E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Então disse Adão: A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi. E disse o SENHOR Deus à mulher: Por que fizeste isto? E disse a mulher: A serpente me enganou, e eu comi. Então o SENHOR Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isto, maldita serás mais que toda a fera, e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida. E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar. E à mulher disse: Multiplicarei grandemente a tua dor, e a tua conceição; com dor darás à luz filhos; e o teu desejo será para o teu marido, e ele te dominará. E a Adão disse: Porquanto deste ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida. Espinhos, e cardos também, te produzirá; e comerás a erva do campo. No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás. E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes.

Como é que um filho não vai sentir muita dor, pesar, vazio, tristeza, saudade, solidão diante de uma perca tão grande. Com toda certeza Adão passou a conhecer sentimento até então eram totalmente desconhecidos para ele. A palavra de Deus começou a cumprir "Certamente Morrerás". A partir desse momento ele começou a morrer porque ele passou a conhecer o mal até então ele só conhecia o bem e seus sentimentos eram bons, eram sentimentos que o tornava semelhante a Deus, sentimentos que eram frutos do amor.

Seu relacionamento com Deus, seu criador, com Eva, Seu próximo, e com a natureza o que levaria a sentir-se realizado e amado por Deus, por Eva, e por Ele mesmo. Aqui ele vivia amarás a Deus e ao próximo como a ti mesmo;

Como o amor é a fonte de todos os demais sentimentos bons, ou seja, sentimentos como bondade, longanimidade, paz, alegria, mansidão, temperança, domínio próprio, Adão possuía todos os sentimentos que a bíblia chama de frutos do Espírito Santo que são:

"Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança" (Gálatas 5:22).

O que faltou em Adão então se Ele tinha todos esses sentimentos? Faltou reflexão, vigilância em outras palavras, usar o domínio próprio que ele deixou de cumprir, pois Deus já havia lhe dado o domínio próprio de acordo com (Gênesis 1:26),

"E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.

Esse sobre toda a terra inclui o próprio homem, é a colocação de limites uma das mais poderosas características de Deus. Já imaginou com o poder que Deus tem se Ele não colocasse limite, Nele mesmo? Pois é, ele fez o homem semelhante a Ele nisso também.

O NASCIMENTO DOS SENTIMENTOS CONSIDERADOS PELA BÍBLIA E PELA CIÊNCIA COMO MAUS.

A partir daqui surge na vida do ser humano os sentimento maus. Ele começou a sentir um sentimento de culpa muito grande de acordo com (Gn.3:8-10),

E ouviram a voz do SENHOR Deus, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do SENHOR Deus, entre as árvores do jardim. E chamou o SENHOR Deus a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.

O sentimento de culpa é destruidor, ele causa no homem, a dúvida, a desconfiança em Deus, nele e no próximo é como se ele:

  • Desconfiasse dele: "falhei aquela vez quem me garante que não falharei novamente?

  • Desconfiança do próximo: "Quem garante que essa mulher não vai me fazer errar de novo? Quem me garante que o que ela me oferece é totalmente confiável, olha só o que aconteceu comigo depois que dei ouvidos a ela.

  • Desconfiança de Deus; Quem garante que o que Deus me dá é o melhor pra mim, olha só o que fez a mulher que ele me deu por companheira? O que fez a mulher que o senhor me deu?

O sentimento de um vazio na alma, a falta da presença de Deus, o espírito de Deus já não habitava nele porque ele havia pecado tendo sido criado para ser o templo de Deus conforme, (I Corintios 3:16 – 6:19),

"Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?

"Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?

Não habitando nele o espírito de Deus isso gerou em sua alma o vazio e não sentindo mais a alegria da presença de Deus ele conheceu a além do vazio a saudade.

Percebemos aqui o amor sendo maculado; a bíblia diz que o amor:

"Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; (I Coríntios 13:5).

Adão Passa a conhecer todos esses sentimentos e conhece também o sentimento de fracasso. Com certeza ele se perguntava por que fracassei¿ por que não fui capaz de obedecer a Deus que pôs em mim tanta confiança¿ Será que eu ainda sou capaz de recuperar o que perdi de levantar dessa queda e ter de volta aquilo que era meu?

O sentimento de fracasso e culpa nos leva a não confiarmos em nós e também a acharmos que Deus também não confia. Começamos a nos sentir indignos inferiores, Adão não via a possibilidade de ser aceito por Deus por que não foi a Eva que Deus Deu a responsabilidade do jardim Ele disse que ela seria apenas auxiliadora. A ele foi dado a responsabilidade de administrar o jardim ela era o seu complemento, sua assistente e ocuparia mais o seu tempo exercendo o papel de mãe e esposa e dentro desse conceito que o responsável era Ele vejamos o que diz o trecho em (Genesis 3: 15-17),

E tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás. E a Adão disse: Porquanto deste ouvido à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causa de ti; com dor comerás dela todos os dias da tua vida.

A palavra deixa uma pergunta. Eva já havia sido criada quando Deus deu a ordem a Adão de não comer do fruto da árvore¿ Veja bem o capítulo 2:15-17 relata que Deus pôs o homem no jardim para o lavrar e guardar, deu-lhe a ordem para não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, (2:15-17),

"tomou o SENHOR Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, Mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.

Estes versículos estão todos no singular dando-nos a entender que somente ao homem foi dada a ordem de não comer do fruto e que a mulher foi criada depois dessa ordem haver sido dada à Adão. Entendemos que estes versículos podem não haver sidos escritos em ordem cronológica, mas analisaremos os seguintes versículos:

Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome. E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo; mas para o homem não se achava ajudadora idônea. Então o SENHOR Deus fez cair um sono pesado sobre Adão, e este adormeceu; e tomou uma das suas costelas, e cerrou a carne em seu lugar; E da costela que o SENHOR Deus tomou do homem, formou uma mulher, e trouxe-a a Adão. E disse Adão: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada. Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne. E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam (Gn.2:18-25).

Estes versículos nos leva à acreditar que a ordem havia sido dada, primeiro a Adão e que este estava incubido de cumpri-la e de fazer-se cumprir esta ordem no jardim. Podemos ver que o apóstolo Paulo escreveu que Eva foi enganada e Adão transgrediu?

"Mas temo que, assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, assim também sejam de alguma sorte corrompidos os vossos sentidos, e se apartem da simplicidade que há em Cristo. (II Co. 11:3).

"E Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão. (I Timóteo 2:14).

Sentindo-se inferior por que em vez de dominar foi dominado, em vez de orientar Eva, foi orientado por ela ele passa a conhecer o complexo de inferioridade uma das fontes geradora de ciúmes e da inveja. Ninguém queira dizer que o homem herdou o ciúme e a inveja de satanás porque a bíblia me disse que nos somos a imagem e semelhança de Deus e não de satanás.

A personalidade de Adão estava sendo acrescentado mais um sentimento de dor.

Sentimentos de dor emocional como:

Porque foi rejeitado por Deus¿ Sendo expulso, envergonhado, passou por uma situação vexatória, constrangedora, diante de sua esposa sendo expulso do jardim onde ele com os animais tinham um relacionamento de amor, carinho e recreação.

A rejeição também é geradora do medo, a pessoa tende a sentir medo de agir e ser rejeitado. O medo é um trauma gerado que tem entre as suas causas a rejeição e gera perca de oportunidades. A pessoa tem desejo de agir, mas tem medo de ser rejeitado e passar por uma situação vexatória, constrangedora vivida por ele em ocasião anterior.

O Sentimento de frustração

Frustração é uma emoção que ocorre nas situações onde algo obstruí de alcançar um objetivo pessoal. Quanto mais importante for o objetivo, maior será a frustração.

As fontes da frustração podem ser internas ou externas. As fontes internas da frustração envolvem deficiências pessoais como falta de confiança ou medo de situações sociais que impedem uma pessoa de alcançar uma meta; causas externas da frustração, por outro lado, envolvem condições fora do controle da pessoa. Sintetizando o conceito de frustração podemos dizer que ela surge de expectativas erradas.

Quem sabe Adão sentia-se tão amado por Deus que acreditou que mesmo desobedecendo a Deus, por amá-lo tanto Deus não permitiria que ele morresse.

O sentimento de culpa

O sentimento de culpa é o sofrimento obtido após reavaliação de um comportamento passado tido como reprovável por si mesmo. A base deste sentimento, do ponto de vista psicanalítico, é a frustração causada pela distância entre o que não fomos e a imagem criada pelo que achamos que deveríamos ter sido.

Há também outra definição para "sentimento de culpa", quando se viola a consciência moral pessoal (ou seja, quando pecamos e erramos), surge o este sentimento.

Para a Psicologia Humanista-existencial, especialmente a da linha rogeriana, um sentimento como esse, quando chega a ser considerado um obstáculo por aquele que o sente, é resultado de um inadequado crescimento pessoal.

As religiões, pelo menos, nunca desprezaram o papel desempenhado na civilização pelo sentimento de culpa. O sentimento de culpa, a severidade do superego, é, portanto, o mesmo que a severidade da consciência. É a percepção que o ego tem de estar sendo vigiado.

Nós podemos ver o quanto o sentimento de culpa condena e paralisa nos milagres que Jesus operava nos enfermos físicos quando o caso era paralisia e atrofiamento e no caso de restauração da personalidade. Ele sempre dizia: "seus pecados estão perdoados. Vejamos alguns casos:

"Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te são perdoados; ou dizer: Levanta-te, e anda? (Lucas 5:23)

"E Jesus, vendo a fé deles, disse ao paralítico: Filho tem bom ânimo, perdoados te são os teus pecados. (Mateus 9:2).

Jesus sentia que aquele homem carregava um sentimento de culpa tão grande que o impedia de tomar qualquer atitude. Ele tinha perdido o ânimo e estava sendo levado por amigos até Jesus que logo perdoou os seus pecados.

A quem demonstrava fé Ele dizia "tua fé te salvou. A quem demonstrava desânimo, perdoados estão os teus pecados, haja vista que os orientais tinham a crença que se uma pessoa estava sofrendo alguma coisa é porque estava em pecado, logo o paralítico demonstrava crer que estava naquela situação por algum pecado cometido e Jesus tentou explicar que naquela situação se dissesse teus pecados estão perdoados funcionaria da mesma forma que dizer levanta e anda. Ele liberava a pessoa da culpa e ela se reerguia.

Esse sentimento de culpa não tratado de Adão levou-o a conhecer a mágoa.

A palavra, mágoa que tem origem no latim macula, representa um sentimento de desgosto, pesar, sensação de amargura, tristeza, ressentimento.

É um descontentamento que, embora frequentemente brando, pode deixar resquícios que podem durar um bom tempo. Por vezes é possível percebê-lo no semblante, nas palavras e nos gestos de uma pessoa.

Após o pecado os sentimentos de Adão de sua personalidade formada a semelhança dos sentimentos de Deus estavam agora maculados e Adão sentia tristeza, sensação de amargura e ressentimento.

Quanto mais saudade sentia do seu tempo com Deus e do jardim, mas esse sentimento torna-se intenso e a medida que progredia Adão passa a conhecer a raiva.

Adão Conhece a Raiva

Raiva é um sentimento de protesto, insegurança, timidez ou frustração, contra alguém ou alguma coisa, que se exterioriza quando o ego (eu) sente-se ferido ou ameaçado. A raiva também pode ser um sentimento passageiro ou prolongado, quando prolongado gera o rancor.

Conseqüências da Raiva

A raiva é como uma doença que vai corroendo de dentro para fora, e que causa diversos prejuízos físicos, mentais e espirituais para o próprio enfermo e para as pessoas que a este acompanham.

Como conseqüências da raiva podemos ter:

A violência verbal, a violência física. E o ódio, que consiste numa ênfase de raiva, que geralmente dura mais tempo e acompanha um desejo contínuo de mal a alguém.

O comportamento agressivo, que se dá quando o indivíduo assume uma postura contínua de mau humor e raiva, pode ter sua origem em pequenas frustrações que no decorrer da vida se acumulam, e que não foram superadas através de diálogos compreensivos e do perdão ao próximo e a si mesmo.

O perdão consiste em desistir de qualquer ressentimento quando se é, de alguma forma, prejudicado. Por isso existe quem considera o ato de perdoar como uma possível "cura" para a Raiva.

No corpo humano a raiva gera problemas no sistema nervoso central, disfunção das glândulas de secreção endócrina, distúrbios no aparelho digestivo e desequilíbrio psicológico.

Nós podemos ver que Adão não conseguiu perdoar a si mesmo e que ele desenvolveu ao longo dos anos todos esses sentimento, pois os mesmos sentimentos são encontrados em Caim, aos quais estudaremos mais adiante.

Por falta do perdão os sentimentos de Adão tornaram-se em ira.

Ira

A ira é um intenso sentimento de raiva, ódio, rancor, um conjunto de fortes emoções e vontade de agressão geralmente derivada de causas acumuladas ou traumas. Pode ser visto como uma cólera e um sentimento de vingança, ou seja, uma vontade frequentemente tida como incontrolável dirigida a uma ou mais pessoas por qualquer tipo de ofensa ou insulto.

Ódio

O ódio é um sentimento intenso de raiva. Traduz-se na forma de antipatia, aversão, desgosto, rancor, inimizade ou repulsa contra uma pessoa ou algo, assim como o desejo de evitar, limitar ou destruir o seu objetivo. A palavra tem origem no latim odiu. O ódio pode se basear no medo a seu objetivo, já seja justificado ou não. O ódio é descrito com frequência como o contrário do amor, ou a amizade.

Raiva e ódio

O Ódio é mais profundo que a Raiva. Enquanto a Raiva seria predominantemente uma emoção, o Ódio seria, predominantemente, um sentimento.

Qual a diferença entre emoção e sentimento?

Etimologicamente, a palavra emoção provém do Latim emotionem, "movimento, comoção, ato de mover". É derivado tardio duma forma composta de duas palavras latinas: ex, "fora, para fora", e motio, "movimento, ação", "comoção" e "gesto". Esta formação latina será tomada como empréstimo por todas as línguas modernas européias. A primeira documentação do francês émotion é de 1538. A do inglês emotion é de 1579. O italiano emozione, o português emoção datam do começo do século XVII. Nas duas primeiras línguas, a acepção mais antiga é a de "agitação popular, desordem". Posteriormente, é documentada no sentido de "agitação da mente ou do espírito".

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