Projeto ellos. Pessoas e corpos no espaço da rua: uma vivencia



  1. Resumo
  2. Introdução
  3. Do espaço da rua
  4. Das pessoas e dos corpos
  5. Projeto ELLOS, Pessoas, Corpos e o espaço da rua
  6. Resultados
  7. Glossário
  8. Referencias

Resumo:

Este trabalho apresenta o projeto ELLOS, desenvolvido em parceria livre entre UESC e Grupo Humanus, lançando um olhar a cerca das pessoas e dos corpos que trafegam em nossas ruas, em especial população LGBT, e profissionais do sexo, as composições que estas pessoas realizam em múltiplos tratados de convivências. Essas regras inerentes ao próprio meio e somente a ele pertencentes rompendo os padrões normatizadores da sociedade. Essa busca por um entendimento quanto à comunicação de corpos e seus pares na confecção de um novo cenário nos espaços das ruas que cortam nossos centros urbanos e o poder das diferentes sexualidades lidando com o espaço urbano onde requer força e esperteza para a sobrevivência das novas identidades constituídas neste meio. Em inúmeras visitas aos meios freqüentados por estas pessoas e corpos, em sutis aproximações e entrevistas semi padronizadas, quando permitidas nasce o material que é apresentado neste relato de experiências

Palavras Chave: ruas; pessoas; corpos; sexualidades.

Introdução

O projeto ELLOS, nasce da crescente e urgente necessidade de inserção efetiva nas políticas sociais dos "outros" que vivenciam em nossas ruas e nelas (re)constroem uma teia de relacionamentos no dia/noite. Dentre estas pessoas encontramos as populações dos LGBT, HSH, MSM e profissionais do sexo, o espaço onde estas pessoas encontram-se, não os diminui quanto cidadoes de direitos, e nem os impede do exercício da cidadania. Contudo o processo de coisificação destas pessoas foi algo construído secularmente os colocando a margem de todos os mecanismos social, essa desqualificação das pessoas que expressam de forma clara a suas orientações e preferência sexuais e que através das mesmas constroem relações nas quais existam ou não ganho ou lucro financeiro. Neste olhar o foco do projeto mira nas e nos travestis por entender que estas pessoas com seus corpos em constante mudança na construção de suas sexualidades interagem diretamente com as mudanças do

meio urbano onde estão expostos, em contato direto com significados íntimos e só entre eles revelados. É externamente difícil de serem trabalhadas entendidas e respeitadas, tanto para a família, quanto a escola, e principalmente pelo conjunto social que rege e regulamentam as normas e padrões sociais de comportamento a partir da dicotomia macho/fêmea, homem/mulher. A ausência de ferramentas de auxilio na compreensão destas pessoas e de suas relações coloca-nos todos em um estado de negação de possibilidades visto que o não entendimento de algo nos impulsiona a primeira atitude, que é tornar invisível, a ponto do aniquilamento. É a partir desta negação e da criação de um estado de aniquilamento da condição de pessoa humana e de seus direitos que este projeto se dispõe a discutir o cenário visualizado e vivenciado na perspectiva de contribuir para a construção de uma rede de proteção de gente e suas diferentes expressões sexuais.

Do espaço da rua.

Neste espaço, é onde encontramos o publico alvo deste projeto que em sua maioria são migrantes de diversos espaços urbanos e até mesmo rurais, e neste espaço constroem relações atemporais com fatores e regras que obedecem a uma dinâmica própria recriando e acompanhando as novas vivencias como diz Pierre Lévy: "A virtualização reinventa uma cultura nômade, não por uma volta ao paleolítico nem às antigas civilizações de pastores, mas fazendo surgir um meio de interações sociais onde as relações se reconfiguram com um mínimo de inércia." (LÉVY, 1996).

Essa grande mobilidade na qual estas pessoas encontram-se em seu fazer diário associado à virtualização dos espaços e relações com põem o espaço onde encontramos a maioria das travestis e garotos e garotas de programas em nossas cidades em relação a configuração deste espaço e a segurança de que nele está e dos padrões de relações que nele brotam, Ivana Souza Marques ela nos fala:

"As ruas antes possuidoras de uma magia encantadora, agora se tornam um espaço carregado de violência e refúgio de um segmento marginalizado da população.

(...) a rua é o lugar onde se dão as relações formais e informais, expostas e visíveis, mediadas pela legalidade e pela ilegalidade, pelo dinheiro e pela miséria. É o lugar do social e do espetáculo. (MARQUES, 2008).

O estagio social em que estas pessoas na sua grande maioria encontram-se advêm de diversas formas e conseqüências nas quais estas pessoas e suas relações extras e intra familiar estão expostas nem todas as pessoas que estando neste espaço encontram em conflito ou emergindo de um, contudo em uma grande maioria destas pessoas no seu dia a dia, por não entender as regras de convivência neste espaço acabam por gerar em torno de se nesta nova família conflitos e dificuldade na sobrevivência.


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